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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

...

Madalena tem uma tara por comboios...
Para além de pular e gritar de contentamento sempre que vê passar um comboio, agora até decorou a lenga-lenga dos avisos dos comboios nas estações...

Conclusão:
Passa o tempo a dizer
"Mãe, a sinhora do comboio diz: Xinhor paxageiro, o comboio para Liboa vai entrar na linha número doij"

Por aí...

No WC:

- "Mãe, quero fazer xixi!"
- "Está bem, deixa-me só acabar..."
...
- "Mãe, tenho munta vontade, mãe..."


No carro:

- "Mããããe!"
- "Sim, Madi?"
- "Ontem amanhã não vimos o Shrek!!!"
- "Ah, pois foi...ontem depois de tomares banhinho e vestires o pijama eu esqueci-me...e tu também não te lembraste, não foi? Não faz mal, vês hoje."
- "Pois...és uma tonta, mãe, 'quecetes"

- "Mãe...ontem amanhã podemo ir à paia?"
- "Não, Madi...fomos à praia no Verão...agora já está frio, não vês que até está a chover? E amanhã a mãe tem de ir trabalhar."
- "Ah, tá bem...então mavos à paia amanhã, fazer catelos, dar migulhos e dadar"

(A Madi em vez de dizer "vamos" diz "mavos"...)


- "Mãe! Eu tenho o Nemo?"
- "Sim, tens o Nemo...porquê?"
- "Puque senão tens de comprar!!!"
...
- "E o Ruca? Eu tenho o Ruca?"
- "Não, o Ruca não tens...tens o Nemo, a zebra, o Shrek, o Becas..."
- "Então tens de comprar o Ruca, mãe, puque eu peciso!"

Enquanto a lasanha fumega no forno e o semi-Deus dormita no sofá...

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Olhos: Castanhos claros…no Verão são quase avelã;



Cabelos: Castanhos…a tonalidade também varia consoante a estação do ano;



Altura: Sou munto baixita…mas há quem me diga que sou pequenina, mas com muita arrumação…além disso as mulheres não se medem aos palmos…já os homens…bom, depende da parte do corpo…



Ascendência: Xi, pá! Tentei fazer essas contas uma vez e apontou o ascendente para Gémeos…mas melhor mesmo é perguntar à Maya;



Signo: Escorpião…e uso todos os seus defeitos contra mim própria;



Sapatos que estou a usar: pantufas, felpudinhas, daquelas tipo Serra da Estrela;



Fraqueza: Não, por acaso de momento até não…comi há pouco…outras fraquezas…hum, sou fraquita de pulsos…



Medo: Não é medo, são medos…e não me apetece falar deles;



Objectivos que gostaria de alcançar: Chegar ao cimo dos armários sem ter de subir a cadeiras ou escadotes…



Frase que mais uso no Msn: hehehehehe!



Melhor parte do corpo: Todas;



Pepsi ou cola: Cola;



MacDonald's ou Bob's: deve ser MacDonald’s…porque isso do Bob’s soa assim a suspeito;



Café ou Capucino: Café com açúcar;



Fuma: De vez em quando;



Palavrões: Foudasse! Ai, não era para dizer?



Perfumes: Colónias de Bebé;



Canto: no carro…depois também gosto muito de me sentar na mesa do canto em qualquer café, bar ou restaurante;



Tomo banho todos os dias: Sim, tirando umas baldas ao fim-de-semana de vez em quando;



Gostava da escola: Gostava da galhofa…das aulas era assim-assim;



Acredito em mim: acredito que preciso de acreditar mais em mim;



Tenho fixação com a saúde: Não, mas preocupo-me o suficiente porque sei que se não estiver bem não posso cuidar da minha filha;


 


Dou-me bem com os meus pais: Sim, quando não estamos com a neura ou rabugentos de sono;



Gosto de tempestades: Não…tolero ouvir chover quando estou de pijama e pantufas em casa enrolada no edredão a ver filmes…se tiver de ir para a rua passo-me….com trovoadas é que se me abalam os fígados;


 



No último mês...



Bebi álcool: eeer, próxima pergunta…



Fumei: Sim;



Fiz compras: Hoje…a malta come todos os dias;



Comi um pacote inteiro de bolachas: Há muito, muito tempo…bolachas não é a minha guloseima favorita…agora chocolates…a ultima vez que comi uma tablete inteira foi a semana passada;



Comi sushi: Há uns meses…só provei…depois optei por outras iguarias japonesas de longe muito melhores;



Chorei: Ontem…é bom para lavar as vistas…



Fiz biscoitos caseiros: Biscoitos nunca fiz…quando estou inspirada faço bolos…não tenho muito jeito para isso do amassar e moldar bolinhos;



Pintei o cabelo: Essa travadinha foi só uma vez há uns 4 ou 5 anos…foi uma muito má escolha porque como estava muito deprimida pintei de uma cor que não me favoreceu nada…next!



Roubei: Hoje…beijocas;



Número de filhos: Um…e tá bom!



Como quero morrer: A dormir;



Piercings: Nope; nem brincos…acho que nascemos com buracos suficientes para todas as necessidades;



Tatuagens: Também não…



Quantas vezes o meu nome apareceu no jornal: Por enquanto nenhuma;



Cicatrizes: Tirando algumas na alma, daquelas que não saram, tenho numa perna de uma operação.



Do que me arrependo de ter feito: De tudo ou de nada…um dia decido…



Cor favorita: Azul-bebé;



Disciplina favorita na escola: Inglês;



Um lugar onde nunca estive e gostaria de estar: Aquele que se chama Muitos…



Matutino ou nocturno: Nem uma nem outra…funco mais ou menos entre as 10h e as 17h; o meu momento favorito do dia é o pôr-do-sol, por isso as 17h pode não ser bem 17h se estivermos no Verão…



O que tenho no bolso: Nada…e raramente tenho alguma coisa porque não gosto de enchumaços nas calças;



Em dez anos imagino-me: Não me imagino…tenho de viver um dia de cada vez…


 


 


 

Last night...

No centro comercial:


 


- “Então, Madi, estás bem?”


- “Sim, mãe! Estou óptima!”


 


 


- “Onde está a minha mãe?”


- “Foi ali à casa-de-banho, volta já.”


- “Pois, tinha vontade…”


 


 


No centro de saúde:


 


- "Mãe, eu vou contigo...não podes ir sozinha ao sô doutore...precisas de ajuda..."


 


- “Mãe, deita-te aqui nesta caminha. É só um bocadinho. O sô dotoure mexe na tua barriga e na tua boca mas é só um bocadinho.”


 


 - “Sinhor doutore, eu também tenho aqui um dói-dói na minha perninha.”


 

Seguradora precisa-se!

Às vezes pergunto-me sobre qual será a seguradora que cobre os riscos da nova profissão coqueluche: os distribuidores de jornais gratuitos em Lisboa!


 


Já são tantos os gratuitos que talvez nem me recorde de todos. O Destak foi o pioneiro. Era distribuído em zonas de acesso a comboios. Rapidamente, outros carris seguiram o mesmo trilho e começa a estar disponível também nas estações do Metropolitano. Talvez por isto o jornal que se seguiu foi o Metro. Agora os últimos que me lembro são o Meia Hora e o Global.


 


Até tem a sua piada isto do jornal gratuito. A taxa de pessoal que surgia nas estatísticas como não lendo nem uma palavra por mês desceu, porque eis que de repente toda a gente e o seu cão passou a andar de jornal em riste logo de manha para abrir a pestana.


 


Contudo, acho que não seria necessário tanto jornal gratuito diferente acessível nos mesmos locais, porque se abrirmos um e outro aquilo é practicamente copy/paste.


 


Só que agora deixaram de ser jornais acessíveis em expositores colocados em certos pontos de passagem de multidões matutinas, para quem quisesse levar. Além de serem gratuitos agora trazem em anexo um(a) qualquer brasileiro(a) envergando a t-shirt, boné e alguns avental com o nome do respectivo jornal. E deixámos de ter de nos deslocar até ao expositor com o jornal, agora o jornal vem até nós. Já dizia o outro, se Maomé não vai à montanha…


Mas, o pior mesmo é a forma como chegam até nós, que é no mínimo abrupta e invasiva!


Deve ser em Portugal o paralelo ao que vemos nos filmes americanos em que o jovem ardina em cima da sua bicla atira o jornal para a porta das habitações, mas há sempre alguém que vai a sair de casa na hora errada e leva com ele na tola. Agora já não temos tempo para aproveitar os engarrafamentos para tratarmos de assuntos de beleza, negócios, cantar ou simplesmente colocar o coto de fora e saudar os jovens bem parecidos com um “Oh, grosso! Isso é tudo teu?”.


 


Actualmente, assim que chegamos ao centro de Lisboa e paramos no primeiro semáforo bem que temos de fechar as janelas à pressa e prepararmo-nos para dizer várias vezes graciosamente “Não, obrigada!”.


 


Aquilo é ver os novos ardinas, mal o sinal passa verde tinto a saltar dos passeios para a frente dos carros numa corrida para ver quem consegue dar mais. Como são vários os jornais também são vários os brasucas em saltos mortais por cima dos capôts e em loopings para acertar na melhor janela. Estão tão embrenhados nestas entusiasmantes funções que, quando o sinal passa a verde raramente conseguimos avançar logo porque primeiro temos de aguardar que estas lapas desgrudem das nossas pinturas metalizadas. Ora bem, com a quantidade de zonas em Lisboa que estão em obras ainda temos de contar como tempo que temos de despender dada esta pressão para deixarmos de ser um país de iletrados!


 


Cada vez saio mais cedo de casa e continuo a chegar sempre atrasada! Das duas uma, ou encontram uma nova forma de distribuir literatura ou, porque percebo que estas pessoas também precisam de se alimentar, deviam parar todas as obras em curso, com data a anunciar.


 


Apesar deste incómodo pessoal, o que me faz também muita confusão é o perigo que estas pessoas correm! Isto porque há muita gente de acelerador fácil e que não tem muita paciência e avança tenha alguém à frente ou não. E depois lá está, se acontecer alguma coisa a um brasuca, é mais tempo que temos de esperar!


 


Já agora era bom que a ultima tarefa do dia dos novos ardinas fosse limpar a lixeirada que fique no meio das ruas. Sim, porque há muita gente que aceita desesperadamente todos os jornais para ler as “gordas” e a seguir largar no chão!