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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

O estômago dos homens é uma coisa incrível

Às vezes para irem mudar uma fralda ao puto, daquelas com #2, fazem grande cara de enjoados e pedem socorro, anda-me cá ajudar que o puto não pára quieto e deumalibre que ainda ponho um dedo na caca e quase me gremito. Mas depois são capazes de estar uma tarde inteira a ver na TV programas tipo "Fear Factor" onde metade das provas é o pessoal a comer coisas absolutamente nojentas e inqualificáveis, desde intestino de vaca, testículos de não sei quê, mioleira do coiso, tudo crú, em bom. Isso já não enjoa? No outro dia tinham de mergulhar numa caixa de vidro cheia de sangue de vaca. Fosga-se! Coiso, prefiro que às vezes aconteça ficar com caca do puto nas mãos. A ver isso na TV não fico com as mãos sujas mas fico muito, muito enjoada. E as doenças que aquele pessoal pode apanhar de comer e banhar-se naquelas porcarias? Já para não falar nas provas de estarem fechados em coisas rodeados de cobras, ratos e escorpiões. Ai, TV do catano! É só qualidade!

Depois venham-me com cantigas...

e dizer que sou muito má e não tenho sentido de democracia e cidadania. Ah e tal e a greve, porque só assim é que o Governo cai e se consegue lutar pelos direitos. E estive eu a trabalhar até quase às seis para compensar o atraso da manhã. E depois ainda tive de esperar que passasse o grupo desordeiro de cidadãos democráticos participativos de caras tapadas e com máscaras porque iam tomar de assalto a Ponte 25 de Abril (good luck with that), porque é na Ponte que se faz frente ao Governo. Para a próxima podem tomar de assalto o Ikea ou um Centro Comercial qualquer, porque tem tudo a ver. Olhem, eu também tinha gostado muito de ter estado a queimar as bochechas do rabo, que bem precisam porque estão muito brancas. Mas enfim, não pude fazer greve, porque me dá jeito o ordenado para comprar o protector solar para quando for para a praia nas minhas férias. Às vezes até me sinto burra por não aderir às greves. Sempre tinha mais dias de férias. E, sim, reconheço o direito à greve, mas a forma como agora a tudo se chama greve reduz a um nada esse direito. E traz muito poucos resultados também.

 

Brega & Chique

Eu sou assim, um bocado bipolar e cenas, pelo que ou entro na Desigual e gasto uma pipa de massa em cenas que são giras e diferentes mas caras para burro (e é porque vamos ao Freeport) ou me dá para comprar cenas por tuta e meia. Com a saga de mais uns óculos de sol partidos em pleno Verão, lá tive de ir à procura de uns novos. Não gosto muito de gastar demasiado dinheiro nuns, se calhar porque já acho que não vão durar muito, e lá me enfiei na Multiópticas, porque costumam ter uns quantos ali entre os 20-30 Euros. Experimentei, experimentei e não gostei de nada. Ainda entrei numa outra Multiópticas, que tinha uns quantos modelos diferentes nessa gama de preços, mas também não foi bom. Logo a seguir entrei na Primark para comprar stock de roupas para Petit Me e vai que na loucura decidi parar no expositor dos óculos de sol. Depois de reinar um bom bocado com o Semi-Deus a experimentar uns óculos lindos que eles lá tinham em formato coração, com morangos, com palmeiras e flamingos, então não é que tinham lá um modelito que me ficava bem (ou pelo menos melhor que os da Multiópticas). Eh pá, deixa lá ver quanto isto custa. 1,5€? Isto não está enganado? Olha, na loucura trouxe dois pares, uns pretos outros castanhos. Enquanto durarem, está bom, e se as crias os decidirem partir não fico com tanta vontade de lhes dar uma palmadita ao de leve.

Eu já aplaudo as pessoas que andam para aí a correr que se fartam

São umas corajosas, porque eu correr é mais coiso. Não gosto, não me sinto bem, não é para mim. Caminhar sim. Agora, será preciso as pessoas serem tão sádicas ao ponto de andarem a correr na hora de almoço ou tarde, no pico do calor, num dia em que a coisa rondou os 38º em Lisboa? Devem desmaiar a seguir, não? Ou durante? Também admiro a coragem daquela malta que anda ali a correr nas Docas, quando os restaurantes de peixe, marisco e comida italiana estão cheios de pessoal nas esplanadas, com pratos cheios de coisas boas e cheirosas a passar-lhes à frente do nariz. A sério, não desistem da corrida e decidem sentar-se na esplanada? E não começam a salivar e a escorregar na própria baba? Eu acho que fazia uma dessas certamente.

Então que tal a ida ao baeta com Petit Me?

Olha, foi-se. Podia ter corrido melhor, podia ter corrido pior. No fundo, acho que correu bem, porque o puto veio de lá com penteado novo (sem caracolitos é certo, snif snif) e com as duas orelhas inteiras (houve um momento ou dois em que achei que ficava sem um bocado de orelha, por se mexer e mandar as mãos ao cabelo, mesmo a rasar a tesoura). Felizmente a experiência da cabeleireira ajudou, apesar do drama, das lágrimas e do ranho.  A primeira madeixa foi guardada, como manda a tradição, e o corte de cabelo foi de custo zero, como manda a tradição também. Nem todas cumprem. A Madalena veio sem a madeixa de cabelo, na primeira vez que foi cortar, fizeram-lhe um corte que parecia que a miúda tinha uma tigela ou penico na cabeça e cobraram uns 5 Euros ou mais à minha mãe, já na altura. É o que dá os maus profissionais. Pois, que Petit Me está muito giro com o novo penteado, notam-se mais os olhos grandes e pestanudos, que já andavam ali um bocado tapados. Parece mais rapazito, mas continua um bebé muito fofo. Cada dia mais crescido, é certo, mas ainda um bebé muito fofo. Apesar do cabelo mais curto, continua a acordar de manhã em modo "parece que viu bicho", mas isso, enfim, é defeito de família, que somos todos uns despenteados mentais matinais. Esta semana anda a fazer praia. Ontem tinha as orelhas com areia e normalmente, quando temos areia enfiada em sítios improváveis, é porque a praia foi boa. Se bem que me disseram que não lhe deu para provar a areia. Vinham todos moídos, o que dá jeito porque dormem belas sestas. Hoje mais um dia. Ia podre de sono, porque adormeceu tarde à noite, mas depois arrebitou quando chegou à Creche. Continua a não me deixar calçar as sandalitas para o areal, mas a Educadora dá conta do recado. E eu estou aqui, cheia de inveja, porque também queria estar na areia, a brincar com o balde e a pá, pronto! Eles crescem e eu quero ser cada vez mais pequena.

 

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