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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Sobre os incêndios

Vocês sabem que que não gosto de ver noticiários. A maioria das notícias são desgraças e aquilo mexe-me com os nervos e escolho não ver. Da mesma forma que escolho na grande maioria dos dias nem sequer olhar para a TV.

Mas foi impossível não me aperceber da desgraça que foram os incêndios da semana passada, em Pedrogão Grande, Góis e arredores. 

É sempre algo que me deixa muito assustada. O fogo é devastador e aquele de Pedrogão parecia ser tomado por um demónio. Uma pessoa já tem respeito pelas forças da Natureza, mas há momentos em que acredita em forças diabólicas.

O que aconteceu naquela estrada foi uma desgraça...é assustador o número de vítimas mortais, de feridos, de animais feridos ou mortos que nem sei se foram contabilizados, o número de homens e de meios necessários para dar conta daquele inferno, é tudo assustador.

Tanto quanto sei não conhecia pessoalmente nenhuma das vítimas. Mas não importa. Foi horrível ver e perceber a dimensão do acontecimento. Confesso que não percebi por que razão a GNR ou osBombeiros não fecharam o acesso áquela estrada. Foi essa a minha maior confusão. Como é que deixaram passar as pessoas por uma estrada estreita, com fogo de uma altura imensa, tocado a vento, de um lado e de outro? Era difícil não ser aquele o desfecho. As pessoas atiram-se directamente para a boca do inferno...

 

Contudo, um tio meu partilhou no Facebook que conhecia umas das vítimas mortais. Uma colega de trabalho que morreu naquele incêndio com as duas filhas. E isso torna as coisas tão mais próximas e viscerais.

Depois, um primo meu também partilhou no Facebook o falecimento de um colega de trabalho, juntamente com a mulher e as duas crianças (pequenas). 

E eu, estúpida, cliquei no link associado à notícia dos quatro funerais e fui parar ao perfil da senhora, que não conhecia, mas percebi que as últimas publicações dela tinham sido em Castanheira de Pêra, na Praia das Rocas, numas férias que pareciam estar a fazer as delícias daquela família e daquelas crianças. Eram só sorrisos.

 

Há uns anos passei umas férias ali, nesse mesmo sítio, com as nossas crianças. E lembro-me de ter achado a localidade extretamente quente (até achei mais abafada que o Alentejo) e sim, lembro-me vagamente de a caminho ter a sensação de uma paisagem verde mas perigosa, com muitos eucaliptos (de alturas imensas) e de ter pensado porque raio se continua a insistir tanto em eucaliptos, que dão cabo dos terrenos e que queimam tipo papel. 

E lembro-me de estar na Praia das Rocas (de que gostei muito) mas de me sentir num buraco, de ter muitas vezes a sensação de que o ar não corria. Na altura não comentei com ninguém, mas lembro-me de pensar que era um local onde, havendo um incêndio rapidamente se poderia ficar ali encurralado. 

Este fim-de-semana a notícia é de um incêndio grande perto de Huelva. Já confirmei com a minha família que vive lá perto que estão bem, mas tinham ido passar o fim-de-semana precisamente na zona do incêndio e uma das minhas primas (que por acaso até está de esperanças) foi, entre outras pessoas, evacuada do local onde estava.

 

E tudo isto me dá medo. Muito medo.

A Natureza impõe respeito.

Os incêndios dão-me muito medo.

E tenho muito, muito respeito pelos Bombeiros. Que ganham uma miséria para arriscar a vida e são muitas vezes pouco valorizados. Saem de casa e atiram-se às coisas, sem saberem se vão voltar a casa, sem saberem se vão voltar a ver as suas famílias, para ir salvar outras famílias.

 

É um nó na garganta que custa a desfazer...só de ver de longe...só de pensar "um dia estive ali"...

Nem imagino como ficam as famílias destas pessoas que se perderam neste desastre. Famílias inteiras que se perderam...

 

E é uma pena que se continue a investir tão pouco em pessoas e em meios para o combate aos incêndios. Depois quando acontecem é sempre andar a apagar fogos com baldes de água, como vi em algumas imagens...porque às vezes não dá para mais...

E é triste também que se perca o nosso verde, aquilo que torna certas zonas do nosso país tão bonitas...

 

 

 

Nova Leitura

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Sinopse

O pânico lançado por um misterioso contágio ameaça destruir amizades e famílias num subúrbio idílico

A família Nash é muito unida. Tom é um professor bastante popular, pai de dois adolescentes: Eli, uma estrela de hóquei adorado por todas as raparigas, e a sua irmã Deenie, uma estudante exemplar.

Mas a estabilidade que os rodeia é despedaçada quando a melhor amiga de Deenie é possuída por convulsões na escola. Rumores de uma epidemia incendeiam-se como um rastilho de pólvora pela comunidade. O pior de todos virá ao de cima… e nada mais será igual.
À medida que cresce a histeria e o contágio se propaga, emerge uma série de segredos profundos que ameaça destruir amizades, famílias e a própria segurança da pacata cidade.
Deixe-se contagiar pelo talento de Megan Abbott, uma das vozes mais originais da sua geração, numa história tenebrosa sobre
culpa...
segredos de família...
e o poder letal do desejo.

 

 

Estou a precisar que este livro seja bem melhor que o anterior...

Leitura Terminada e uma decepção

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Sveva, não curti este livro e isso deixa-me descontente!

Ora, estando de castigo em casa com um puto com varicela, com muito calor e com vontade de viajar até Itália, decidi pegar neste livro, porque são normalmente leituras que avançam rápido e isso dá jeito quando se anda a dormir mal umas noites e não se tem cabeça para algo muito complexo.

 

E este livro tinha tanto, mas tanto potencial. Só que não!

Era a mulher forte à frente do negócio de família dos vinhos (e eu a imaginar um cenário muito Toscânia) e era um chef lindo e maravilhoso, e portanto toda uma combinação de vinho e comida gourmet à mistura, com romance pelo meio. Só que não foi bem o que estava à espera.

Entrou-se um pouco na história da família de Angelica e um pouco na sua própria história. Entrou-se na história do passado de Tancredi D'Azaro (que acho que foi a parte que mais gostei), mas acabou por ter muito menos detalhe gastronómico do que estava à espera (estava-me a apetecer assim babar com comida como me acontece com os livros da Trisha Ashley).

Portanto, falou-se um pouco de vinho, deu-se a entender que o D'Azaro era um chef deveras importante e conhecido, mas depois o romance ficou completamente em modo chama de isqueiro quase sem gás.

 

Malta, isto agora tem spoilers, portanto, para quem ainda não leu, é fechar a página e ir ver qualquer coisa ligeira na TV, sim?

 

Spoiler alert

 

Mas que porcaria é esta? Então a Angelica descobre que o marido a anda há anos a enganar com outras e depois quando parecia que ia começar qualquer coisa com o apetecível Tancredi, porque já se tinha decidido a avançar com o divórcio, ah e tal, dão um beijo terno e a coisa fica por ali? Então, assim out of the blue, dorme com o americano com quem quer fazer o negócio dos vinhos na primeira vez em que o conhece e depois com o outro, que diz que a ama e o coiso e por quem tinha sentimentos, troca um beijo terno, e volta para o marido? What?

Ah, mas depois na última página fica-se com a sensação de que volta a ficar com o marido, mas vai usar o Tancredi como amante. Um bocado se calhar para mais tarde ter uma vida como a sua mãe, que partilha dois homens (o seu pai e o amante) conforme lhe apetece num acordado threesome. Porque a senhora era especial e portanto era tudo na boa.

 

Olhem, não gostei da volta que esta história levou. Achei que tinha muito potencial, mas ficou-se ali a marinar em banho-maria e no fim aquilo soube-me um bocado a vinho azedo.

 

Bah!

 

Sim, estou a ficar de neura...

...tirar férias e depois afinal ficar de baixa para estar de castigo em casa com uma criança com varicela está a começar a bater-me. 

As noites sem dormir se calhar também não estão a ajudar...

 

Só quero é que estas borbulhas desapareçam daquele corpinho...tem uma borbulha tão grande e feia na bochecha que não sei se se vai escapar sem ficar com marca...numa cara tão fofa...

Até na língua, no céu da boca e na garganta tem bolhas...

 

Meh!

Merdas!!

Quando o carteiro chega com coisas boas

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Uma novidade da Saída de Emergência que me foi enviada esta semana!

Mal posso esperar por lhe deitar a mão!

 

Sinopse

O pânico lançado por um misterioso contágio ameaça destruir amizades e famílias num subúrbio idílico

A família Nash é muito unida. Tom é um professor bastante popular, pai de dois adolescentes: Eli, uma estrela de hóquei adorado por todas as raparigas, e a sua irmã Deenie, uma estudante exemplar.

Mas a estabilidade que os rodeia é despedaçada quando a melhor amiga de Deenie é possuída por convulsões na escola. Rumores de uma epidemia incendeiam-se como um rastilho de pólvora pela comunidade. O pior de todos virá ao de cima… e nada mais será igual.
À medida que cresce a histeria e o contágio se propaga, emerge uma série de segredos profundos que ameaça destruir amizades, famílias e a própria segurança da pacata cidade.
Deixe-se contagiar pelo talento de Megan Abbott, uma das vozes mais originais da sua geração, numa história tenebrosa sobre
culpa...
segredos de família...
e o poder letal do desejo.
 

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