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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

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Dei a este livro 5 estrelas no Goodreads.

Apesar de a fórmula nos livros da Lesley ser sempre a mesma, uma coisa é certa, a senhora sabe escrever, conseque invariavelmente prender-me na primeira página e consegue fazer-me devorar livros que são uns calhamaços!

 

Este livro vem concluir a trilogia iniciada com a história de Belle Coope em "Sonhos Proibidos", que teve a sua continuação com "A Promessa". Neste livro acompanhamos a história de Mariette, a filha de Belle e Etiénne.

 

Bom, digamos que não é o livro da Matilda (que até agora continua no topo para mim) e não é tão bom como o da Mary Broad.

 

AVISO: isto pode ter um bocadinho de spoiler!!! Vou tentar controlar-me, mas não prometo.

 

A história de Mariette começa na Nova Zelândia, onde vive com os pais e os dois irmãos na altura em que é uma adolescente, mimada, rebelde, temerária, um bocado maria-rapaz, egoísta e sem qualquer capacidade de empatia ou compaixão pelos outros, apesar de adorar os pais, os irmãos e Mog.

 

Mas começa a envolver-se com rapazes e as coisas não correm assim muito bem, pelo que Mariette começa a tornar-se um bocado problemática para os pais. Portanto, num misto de os pais a afastarem de Russell, por ser uma terra demasiado pequena para ela, mas também para ver se evitam que se torne a chacota da aldeia por se andar a meter em sarilhos, mas também por Mariette sentir que Russel não lhe chega, que quer ter outras oportunidades na vida e conhecer outros locais mais vibrantes, acabam por metê-la num navio a caminho de Londres onde se vai alojar com uns antigos amigos dos pais, com todas as comodidades e confortos.

Com todo o deslumbramento que Londres e a vida que vive lhe provocam e com a imaturidade que ainda tem, continua a envolver-se em alguns sarilhos com rapazes e é um bocado gosta de todos mas não gosta de nenhum. É a fase da experimentação. 

Entretanto as coisas mudam, porque se dá início à Segunda Guerra Mundial. E as coisas em Londres deixam de ser o que eram.

Há coisas que começam a correr mal e é com todo o sofrimento associado que Mariette cresce e passa de ser uma adolescente imatura, irresponsável e egoísta para perceber que tem de olhar em volta e ajudar todos os que possa.

Deixa de viver em casas dos amigos, vai viver para uma parte pobre de Londres, é apanhada nuns quantos bombardeamentos (ainda que em abrigos), é magoada, é ferida, perde pessoas muito queridas e a dada altura ainda se mete em aventuras mais complicadas que a levam a correr perigo de vida à séria.

Sobrevive, mas com danos graves e reencontra aquele que afinal sempre foi o amor da sua vida.

Mais uma vez, a escrita é maravilhosa, com uma dinâmica fantástica e um ritmo alucinante. O enquadramento histórico está muito bem feito, sofremos a sério com os dramas e quase sentimos que estamos mesmo a ver o que está a ser descrito à frente dos nossos olhos.

Mas, desta vez, para lá dos dramas há um final que me deixou muito feliz. Um daqueles finais do amor supera tudo e sobre a importância da família e das raízes.

E porque na verdade "vemos" Mariette crescer e tornar-se uma mulher fantástica, com tudo de bom que herdou da mãe e do pai, com uma pitada de Mog, a sua "avó" do coração.

 

É, sem dúvida, uma escritora fabulosa e recomendo vivamente os seus livros!