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Enquanto beberiquei agora um cházinho de lúcia lima, bem quentinho e com mel, para ver se ajuda a laringe/garganta/nariz estava a lembrar-me que este fim-de-semana foi o momento em que decidi que tinha contactos a mais no telemóvel e contactos a mais no MSN...
Não que tenha algum tipo de limite numérico, mas porque decididamente considerei que não vale a pena manter em agenda pessoas que adicionámos ou pediram para os adicionarmos no MSN e que nunca nos disseram um "Olá!" e pessoas das quais temos um contacto telefónico que não é usado há muito, muito tempo...
Critério de decisão:
- são pessoas que encontro pessoalmente a nível regular apesar de não falar no MSN? Não? DELETE
- são pessoas com quem não falo/escrevo há cerca de 3 anos? Sim? DELETE
- são pessoas que decidiram cortar relações comigo porque um dia na vida tomei a decisão de ser feliz e isso estragou uma amizade de muitos anos? Sim? DELETE
Se não tive necessidade de falar com essas pessoas durante tanto tempo e se essas pessoas não tiveram necessidade de se lembrar da minha existência então para quê manter o contacto?
Se são pessoas que decidiram julgar-me por decisões que tomei, que não lhes diziam respeito, para quê andar a enganar-me e a pensar que ainda as quero incluídas na minha vida?
Decididamente, quando tomamos decisões importantes na vida (a nível pessoal ou profissional) há pessoas que se podem manter, mas no geral as pessoas deixam de fazer sentido...não por algum tipo de inimizade, mas simplesmente porque a nossa rotina muda, o contacto perde-se, as pessoas esquecem e ocupamos muito tempo com as novas pessoas que nos entram na vida...
Obviamente que há excepções à regra e que são pessoas que, independemente das minhas decisões, do rumo que dou à vida, são um contacto importante a manter, porque são especiais, porque há muita amizade e respeito mútuo, porque não há julgamentos, porque não há esquecimento...
Isto de ter ficado com a sensação de ter entrado num novo patamar da vida, com a perda total da geração dos avós fez-me pensar que, por muito que nos custe, às vezes temos simplesmente de cortar relações com o passado, com situações que nos desgastam ou nos relembram maus momentos e com pessoas que nos magoaram ou negligenciaram...
Acho que quando entrei nos 30 entrei na fase do "Estou-me a borrifar para o que os outros acham"...com a perda da geração de avós acho que entrei noutra fase, na fase do "Não estou de todo para aturar merdas"...
Seguir em frente, amar os amigos presentes e futuros, mas quanto aos amigos passados, amar aqueles que conseguiram transpor a barreira do passado para o presente e impor-se no futuro!
:)