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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

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Confesso que nunca tive muita paciência para os melodramas típicos de gaja. E com o avançar da idade, cada vez tenho menos. Nos últimos tempos então, talvez fruto do estado de nidificação em que me encontro, escondo-me no meu canto, não procuro muito as pessoas porque na sua grande maioria me aborrecem, ou me enervam, ou me decepcionam e, de certo modo, é como se quisesse proteger os ouvidos puros do meu bebé de conversas de merda e chachadas alheias, que em nada beneficiam o desenvolvimento do seu sistema nervoso. De vez em quando, deixo que me procurem, mas não dou muito espaço para operetas e períodos de introspecção, cheios de filosofias e complexidades. Ando demasiado voltada para o meu umbigo útero, para o meu lar, aquilo que é meu, me interessa e me apaixona. Sou uma cabra, portanto!

Cada vez mais tenho necessidade de me rodear de pessoas positivas, com uma boa energia, que sabem rir e que me fazem rir muito [não é a típica pessoa-palhaço, até porque palhaços me dão fanicos, mas pessoas que gostam de amena cavaqueira, de dizer baboseiras e rir das suas próprias e das alheias].

E, portanto, uma pessoa pouco dada a conversas parvas de gajas sofre um bocado quando constata que cada vez mais há gajos que são umas drama queens do piorio. E se não tem paciência para umas ainda menos paciência tem para outros.

Eu aprecio um gajo sensível, no sentido de não ser um perfeito trolha, com comportamentos altamente burgessos como coçar o escroto em público, arrotar e cuspir para o chão. Um gajo que sabe conversar e que não tem problemas em falar do que sente, do que gosta, do que não gosta e que, no processo, me trate com respeito enquanto gaja.

Mas a coisa tem de ter limites. Já me assusta pensar que qualquer dia vou ter de levar com gajos que se sentam ao meu lado, a conversar sobre os dramas da sua vidinha, enquanto sacam de uma lima e começam a tratar das unhas!

 

 

 

Movie Night

Sexta-feira foi noite a dois. Foi noite de ir ao cinema. Temos estado uns monstros de sofá, em constante modo pijama, pantufas e manta, e ver filmes tem sido em casa. Mas de vez em quando é preciso ir ao cinema, ir passear de mãos dadas, conversar e sair do ambiente caseiro. Apanhar ar, relaxar e depois sim voltar para o ninho.

Para filme da noite hesitámos entre "Os Descendentes", "O Moneyball" e "Os Homens que Odeiam as Mulheres" [brilhante tradução de "The Girl with the Dragon Tatoo"]. Em abono da verdade, qualquer um seria bom porque era questão de escolher entre o gajo mais sexy hot! He he!

Decidimo-nos pelo filme com o Daniel Craig e não nos arrependemos nada. Muito bom filme, adorei até o genérico do início, gostei do enredo e do modo como a trama se foi desenvolvendo e acho que foi o primeiro filme em que apreciei o Daniel Craig (porque com os filmes do James Bond não me aquecia nem arrefecia). Um pormenor que me fez apreciar ainda mais o filme foi o facto de não ter imagens de Nova Iorque, Los Angeles, Las Vegas, Califórnia, etc etc. Soube-me lindamente a mudança de cenário.

Acho que até fiquei com vontade de ler a trilogia do Steig Larsson, apesar de serem uns enormes calhamaços.

E entretanto, espero que surjam em breve os outros dois filmes da trilogia.

 

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O maior desafio desta mãe que tem uma filha no Ensino Básico e que, portanto, carece de carradas de material escolar, tem sido a dificuldade em encontrar lápis de carvão minimamente decentes. E tem sido um desafio difícil de superar. Pobre miúda, anda sempre em stress com os bicos dos lápis e depois fico eu em stress porque não consigo solucionar muito bem o assunto. A coisa está ali entre o problema ser dos (vários tipos de) lápis que já comprámos ou dos (vários tipos de) afia-lápis que já comprámos. Não me lembro de isto ter sido para mim algo de complicado, mas agora é! Há mesmo coisas que já não são como antigamente and I rest my case!

It's a permanent state of mind, dude...

Um colega entra no meu gabinete logo após as 9 da manhã e pergunta-me se está tudo bem. Respondo-lhe que sim, mas que tenho sono. Ele constata que é a minha resposta típica nos últimos tempos, seja a que hora do dia for. Pois, é a vida...

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A Princesita agora acha por bem dar uso ao mini aspirador que mora lá em casa. Anda constantemente de aspirador na mão a apanhar os cabelos da casa-de-banho e as migalhitas na cozinha [pelo menos as porcarias mais visíveis]. Eh pá, que chatice! Eu que nem tenho fanicos à conta de o chão estar sempre sujo! Ainda por cima agora que me custa andar de rabo para o ar, porque a comida me vem toda à boca, seguindo-se uma crise de azia! Ou isto são genes ou é a minha influência...

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Na Pastelaria:

 

- Quer o pastelito de nata que é oferecido com o café?

- Não! Quero só o bagaço que lhe pedi!

 

E o pivetão a bagaço que ficou logo no ar? E a aflição de uma gaja que anda sensível a cheiros fortes?