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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

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Pois, isto quando se está em casa o dia todo, mesmo tendo TV por cabo, está visto que se pode perfeitamente ver TV apenas de 2 em 2 ou 3 em 3 dias. Estou desde segunda-feira a ver os mesmos episódios de séries e filmes repetidos! Isto considerando que ontem não vi TV senão a partir das 6 da tarde, porque até lá estive a ouvir rádio enquanto arrumava as papeladas!

Assim sendo, já me borrifei para a TV e pus o Petit Me a ouvir musiquinhas zen (da colecção Lovely Baby), para ele ficar calminho e eu também, senão daqui a pouco ainda me dá para ir aspirar! Ou limpar o pó! Ou mudar móveis de sítio!

 

 

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Há coisas que parecem mal e sabemos que não devemos fazer...mas...everytime! Can't help it!! 

 

E, quando tinha o Kypper por perto, era assim...

 

E no fim dava-lhe o copo, e ele adorava o mimo, e lambia aquilo até ficar a brilhar!

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Encontro-me em casa, em puro estado de nidificação e descanso, tranquilamente a ver os dias passar até que seja seguro começar a ansiar pelo dia em que Petit Me se fará anunciar. Petit Me já não pulula, porque o espaço não permite, e agora exercita-se com inúmeros alongamentos e muitos, muitos empurrões.

 

Estes dias são perfeitos para fazer aquelas coisas para as quais normalmente não temos tempo. Ontem foi dia de arrumar as papeladas todas. Pensava que era tarefa para uma manhã. Quando dei conta eram 6h da tarde. Mas valeu a pena. Quatro sacos de lixo depois, tudo arrumado, organizado, etiquetado. Até as papeladas para o IRS estão antecipadamente prontas, o que é uma raridade! A norma é no dia de submeter andar a correr tudo à procura de recibos e mais isto e mais aquilo.

 

E agora até a estante ficou mais apresentável! Mas é bom de ver que vai precisar de nova reorganização quando conseguir ler os livros que tenho na mesa de cabeceira, mais os dois que comprei anteontem em promoção maravilhosa no supermercado!

 

Hoje acho que não vou iniciar nenhuma tarefa organizativa (ainda tenho umas quantas à escolha). Vou descansar, ver TV, ler um livro ou assim. E tentar fazer uma escapadinha ao café, para apanhar sol e não ficar de neura.

 

 

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Adorei voltar a Braga, a Guimarães e ao Gerês! É bom voltarmos a locais bonitos que, com a companhia certa, ganham ainda mais beleza! O Hotel do Elevador tem a melhor vista sobre Braga e deve ser onde se respira o melhor ar naquela zona. E o restaurante com a vista panorâmica serve deliciosa comida! De notar também a simpatia dos funcionários. Se bem que, Braga by night foi uma desilusão! Depois de termos encontrado a cidade vibrante, repleta de pessoas durante o dia, à noite virou cidade fantasma, sem vivalma nas ruas (excepto alguns senhores com muito, muito mau aspecto - e mau cheiro para o meu nariz de grávida). Isso quer dizer que temos de lá voltar um dia, mas no Verão, onde a animação dura dia e noite.

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O Gerês voltou a supreender-me, mas foi lá que caí na real e me dei conta de que estamos realmente em seca! E, pronto, por um lado vou ficar muito aborrecida se a chuva decidir cair toda quando chegar a altura de estar em casa com o Petit Me e isso significar dias e dias enfiados em casa, enquanto que mamãs neste pleno Inverno puderam desfrutar de belos passeios ao sol, idas a esplanadas e à praia com os seus rebentos. Mas, de facto, precisa mesmo de chover! Qualquer coisa! Nem que seja só durante a noite...

 

 

 

 

Note to self

Aprende, Curly Maria! A maioria das pessoas não sabe apreciar quando alguém se mostra proactivo ou voluntarioso. So, why bother?

Just do what you need to do for yourself and worry not about what other people will think. Às vezes só nos dão valor quando não estamos!

Portanto, não vale a pena adiarmos coisas e prejudicarmo-nos!

 

 

O peer pressure...

No ano passado, por alturas do Carnaval, andava ocupada com mil e uma coisas e tive dificuldade em arranjar tempo para procurar um fato de Carnaval para a Madalena [eu não gosto, mas ela adora e, pronto, eu faço o meu papel e ajudo-a a poder apresentar-se na escola mascarada, tal como as suas amiguinhas]. Se bem me lembro, só na véspera do dia em que era a festinha de Carnaval na Escola consegui enfiar-me numa loja, ao final da tarde, para procurar uma fatiota em poucos minutos. Para a Madalena a coisa resume-se a dois ou três disfarces adequados à sua condição de menina: Princesa, Fada e Dama Antiga (mais recentemente). Porquê? Porque as suas coleguinhas de sala são muito originais e vão todas mascaradas de uma entre estas três opções e ela queria ser igual. Azarito do caraças, quando entrei na loja, vasculhei todos os fatos e tudo o que eram fatos de Princesa, Fada e Companhia ou eram de tamanhos muito pequenos ou eram de tamanhos muito grandes. Não havia um fato do género que fosse para a idade (e tamanho) dela. Em busca de alternativas, encontrei um fatinho que achei catita (e diferente) que era de Pirata (mas feminino, diferente do fato de Pirata para rapaz). Lá trouxe o fato toda contente.

 

A Madalena quando viu o fato não achou piada nenhuma. Primeiro achou que fato de Pirata era coisa exclusiva de rapaz. Expliquei-lhe que aquele em particular era para menina. Lá se convenceu. Mas mesmo assim, ficou tristonha. E no dia de se vestir, ia pouco confiante, e cabisbaixa, apesar de estar super gira e de lhe ter dito que era um fato muito original e que assim até tinha mais piada, porque era diferente. O dia passou, disse-nos que tinha corrido bem e tal, mas não se manifestou muito sobre o assunto.

 

Há poucas semanas, quando veio novamente à baila a conversa do Carnaval, disse-nos finalmente que, no ano passado, quando saiu de casa até se sentiu gira e até gostou do fato, mas o dia lá na Escola foi muito triste, porque nenhuma das meninas quis brincar com ela, porque não estava vestida de igual a rigor. Se tivesse ido, vá, de Sevilhana ou de Gueixa, ainda era tolerada, mas de Pirata foi totalmente excluída e passou o dia a brincar sozinha. Coitadinha! São muito cruéis as crianças, quando querem!

 

Este ano conseguimos ter mais alguma disponibilidade e começámos a ponderar que fatiota lhe poderiamos comprar (dentro do socialmente aceitável naquele universo, claro está). Vimos algumas medonhas e depois enfiámo-nos na loja da Disney e o Semi-Deus perdeu a cabeça com o fato da Sininho, achou que era a cara dela, e decidiu comprar-lho. Só há dias lhe dissemos que tinhamos uma surpesa e lhe mostramos o fato. Ficou delirante! Histérica! Toda ela era brilho e sorriso de orelha a orelha! Passou a contar os dias, as horas, os minutos para se poder enfiar no seu disfarce de Sininho. E foi hoje o dia! Saltou da cama num ápice, vestiu-se em 5 minutos (há dias em que a coisa, enfim, demora bem mais) e lá foi ela toda lampeira para a Escola. Tenho impressão que hoje até anda em biquinhos de pés, quase como se flutuasse!

 

Espero bem que as fofinhas das amigas dela brinquem com ela hoje! E muito! Porque ela estava muito gira, fofinha e vestida de fada!

Senão, para o ano quem se mascara sou eu, de Bruxa Má, e entro pela Escola dentro e corro-as todas à palmada [psicológica, claro]!

 

 

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Não consigo acordar verdadeiramente de manhã até tomar duche. A seguir preciso de tomar o pequeno-almoço. O passo seguinte para começar bem o dia é ver o Strip diário do Dilbert. Sempre genial!

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Às vezes sinto-me realmente otária! Não faço como os outros e depois fico a perder e ainda me preocupo se não estarei a abusar!

De vez em quando a TV consegue ser uma boa influência...

Quando a Madalena nasceu, tinhamos um cão na família, que vivia com os meus pais. Um cão mimado, muito ciumento (especialmente com a minha mãe), friorento, comilão e melga, muito melga, sempre a pedir festas e a dar beijinhos. A primeira roupa da Madalena foi-lhe dada a cheirar para que a ficasse a conhecer ainda antes de ela entrar lá em casa. Quando lá entrou estranhou-a, cheirou-a e mostrou-se indiferente, e a seguir sentou-se no colo da minha mãe a dar-lhe lambidelas, a mostrar quem mandava. Quando a ouvia chorar, ia cheirá-la e depois virava-lhe costas, mas aos poucos passou a cheirá-la, a dar-lhe uma lambidela (sempre nas mãos) e a ficar perto dela, um pouco mais de cada vez. O tempo passou, e se primeiro estranhou, depois entranhou. A Madalena e o Kypper eram grandes amigos, dividiam comida (ele comia tudo o que viesse da mão dela), ele deixava que ela lhe puxasse o rabo, as orelhas e metesse o dedo no olho e ela deixava que ele abancasse em cima dela.

 

Um dia o Kypper foi-se embora, ficou velhinho e a Madalena perdeu esse amigo. Mais ou menos por essa altura, a Madalena, que estava habituadíssima ao Kypper, a outros cães e até a gatos, entrou na fase do ter medo de cães, de gatos e de quase todos os animais. Fruto da idade, talvez; influência de alguém, quem sabe.

 

A mãe do Semi-Deus tem 4 cadelitas rafeiras, que a Madalena conhece desde pequena, brincou com elas e depois passou a morrer de medo delas. Para entrar lá em casa as cadelitas tinham de ser fechadas numa parte do quintal e se estivessem soltas ela não saía lá de casa. Um pânico! Nem mesmo quando lá esteve a prima mais pequenita, que adora animais e passa o dia no quintal a brincar com as bichanas. A mesma fita com qualquer cão ou gato que passasse por ela na rua. No Badoca Park achava muita graça a tudo desde que estivesse longe, depois quis ir connosco dar comida aos Lémures, mas quando se viu dentro do recinto foi um stress, entrou em pânico, chorou e só queria sair dali para fora. Dizia que lhe iam fazer mal, com as suas grandes patas e unhas e bocas (?). Também quis assistir ao show das aves de rapina, mas depois começou a chorar por causa dos voos rasantes e da proximidade a que eram colocadas dos nossos pés.

 

O tempo foi passando e, porque também já fui muito medrosa com animais sei que precisamos de tempo para recuperar dos medos e quanto mais nos pressionam pior, apenas lhe iamos explicando que os animais são amigos, não fazem mal, é preciso termos alguns cuidados, claro, mas muitas vezes os animais só fazem mal se sentirem medo ou se lhes fizermos mal.

 

Aqui há uns tempos, começámos a ver o "Dog Whisperer" com o Cesar Millan na SIC Mulher, se não estou em erro. Apesar de ser dobrado (parece que agora já deixou de ser, felizmente) adoramos ver por causa dos cães, naturalmente. A Madalena começou sorrateiramente a sentir-se interessada pelo programa, a perguntar quando dava e a vir sentar-se muito animada ao pé de nós para assistir. Umas vezes fazia muitas perguntas, outras vezes ficava muito atenta e pensativa.

 

Um destes fins-de-semana fomos ao café na praia e a mãe do Semi-Deus foi ter connosco. E decidiu levar uma das cadelitas pela trela. Eu quando a vi chegar pensei que a Madalena ia fazer uma fita descomunal por causa do animal. Enganei-me e surpreendi-me! Eu e o Semi-Deus assistimos à Madalena a querer pegar na trela e ir passear a cadela, a fazer-lhe festas, a querer tê-la ao colo. Caiu-nos o queixo!

 

Este fim-de-semana passou uma noite em casa da mãe do Semi-Deus e quando lá chegámos no dia seguinte, tinham ido as duas alegremente ao café, cada uma com a sua cadelita pela trela. E a Madalena estava perfeitamente à vontade com as duas. Ainda mostrou receio quando lhe perguntámos se então podiamos soltar todas, para virem brincar com as amiguinhas. Disse que tinha medo da maior. Expliquei-lhe que era maior, mas era a mais meiguinha e mais submissa, por ser muito medrosa (alguém a maltratou bastante anteriormente). Lá acedeu e foi vê-la o resto do dia a brincar no quintal com as cadelas, 4x4 patas aos saltos, à volta e em cima dela, e muitas lambidelas. E ficou cheia de pena de virmos embora. E quer voltar rapidamente para ir brincar com elas.

 

Não é por nada, mas acho que ter visto aquele programa televisivo a fez pensar, a fez perceber alguma coisa sobre os cães e sobre como lidar com eles. E a mãe do Semi-Deus foi uma mestra de intuição ao ter escolhido levar a cadelita à praia. Mesmo na altura certa!

 

E é tão melhor vê-la brincar alegremente com os animais!

 

Quem sabe numa próxima ida ao Badoca Park ela finalmente desfrute do prazer que é dar frutinha aos Lémures ou de nos passar um falcão peregrino em alta velocidade junto às orelhas!

 

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