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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Notas ao Petit Me

Olá, Petit Me!

Escreve-te a tua mãe, aquela que te tem alojado com tanto gosto desde o dia um. Aquela que achou o máximo ver-te muito, muito pequenino na primeira ecografia, que marcava o teu tamanho em 1 cm. Aquela que ficou apaixonada pelo teu nariz quando finalmente decidiste mostrar a cara, sem vergonhas. Aquela que está constantemente com a mão na barriga a sentir-te, a fazer-te festas, a espicaçar-te para te mexeres. Aquela que ultimamente tem tido ataques de tosse, que te incomodam.

Estamos a chegar ao final desta viagem a dois, deste estado de dois em um, de te ter dentro de mim, aconchegado e protegido.

Eu sei, imagino que estar aí escondido seja simpático. Mas está prestes a chegar a hora de vires cá para fora, de te dares a conhecer e de conheceres os rostos e as vozes destes que te costumam falar, e estão ansiosos por conhecer.

Uma dessas vozes é a Madi, uma moçoila gira, inteligente, cheia de personalidade, que não podia estar mais ansiosa por te ver. Pergunta tantas, tantas vezes em que dia e a que horas chegas.

Outra dessas vozes é o Semi-Deus Junior, que está naquela idade do armário, a viver ao máximo as redes sociais e os amigos, sem expressar muito o que sente, mas que eu sei que também está ansioso por te conhecer.

E o Semi-Deus? Credo, o teu papá, aquela voz à qual reages sempre e quase instantaneamente, consegue estar mais ansioso que as crianças em viagem (are we there yet? are we there yet?). Já só pensa em te dar colinho e tirar muitas fotos.

E eu, vou sentir a falta dos teus pontapés e desta comunicação silenciosa que tens comigo, mas sei que já estás preparado para vir conhecer o mundo e os que te amam.

Cá fora é mais barulhento, e há frio, e há calor, e há pessoas boas e pessoas más, mas cá estaremos para te proteger e ensinar a encarar o mundo.

A cadeira de baloiço há muito espera por nós dois, ali sossegadinhos, enquanto te alimentas no meu peito.

Não tenhas vergonha, vem ter connosco...

 

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James Morrison em Portugal daqui a uns 5 dias.

Gostava, pois que gostava, de ir espreitá-lo no Coliseu.

Tenho uma panca com cantores de voz meio rouca.

E gosto das músicas do moço.

Mas, pronto, não tenho tempo!

Ele, se fosse simpático, vinha cá a casa fazer um Concerto aqui na sala. Era bonito! Eu até lhe oferecia um lanchito, com bolinhos bons aqui da terrinha, e uns sumitos (au natural, para não lhe estragar a voz).

Mas, pronto, se calhar não tem tempo!

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A Luciana Abreu, à saída da maternidade, teceu elogios ao maridão e disse “Ele nasceu para fazer partos…”.

Pronto, está explicado porque é que as contratações do futebolista andavam tão embrulhadas. Os directores dos clubes estavam hesitantes, porque depois é difícil para um treinador posicionar em campo um jogador cujo talento é fazer partos. Compreende-se!

 

PS - tenho de preparar o meu discurso brilhante para quando sair da maternidade e tiver de posar para os fotográfos e fazer declarações aos jornalistas! Ao menos fontes de inspiração não me faltam!

 

 

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Admito, estou a ficar com aquela ansiedade (saudável) [é mais um nervoso miúdinho] de conhecer o Petit Me. De conhecer o seu rosto, ver as suas maõzinhas, os seus pezitos.  Este jogo da espera tem a sua graça, mas há dias em que nos deixa impacientes. Como compreendo a Madalena, que pergunta em que dia e a que horas nasce o mano. Gostava de lhe poder responder. Mas sou pró parto espontâneo, deixar vir quando quiser, quando o corpo se preparar. Diz que os partos induzidos são menos naturais e mais dolorosos, porque as contracções são provocadas por medicação. Não sei se é verdade. Mas, pronto, a não ser que algum problema surja para mim ou para o bebé, não me agrada marcar o parto na agenda. Parece esquisito! E assim, pronto, fica-se neste jogo do gato e do rato. Agora uma contracção, agora uma dor aqui, uma dor ali. Ficar à escuta, ouvir o que o corpo nos diz, tentar perceber se é para ficar alerta. E fica-se! Mas depois passa. Ainda não é agora. Mas continua-se alerta, à espera do próximo sinal. E fica-se alerta porque quero ter a certeza de que percebo o sinal. E, entretanto, umas sestas, ver TV, ler livros, andar a pé. Não me queixo muito. Talvez só de alguns desconfortos e das noites mais dormidas. De resto, espera-se. Quando quiseres vir, Petit Me, podes vir. Cá estarei para te abraçar, e beijar, e embalar.

 

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Chama-se ViRobi, mas eu decidi chamar-lhe Ambrósio.

É o novo ajudante cá de casa. Veio no saco do supermercado ontem e, depois de uma noite bem dormida ligado à corrente, hoje foi posto à prova.

Enquanto fiz o almoço o Ambrósio limpou-me o WC. Enquanto o almoço arrefecia uns minutos, passei a esfregona no WC.

Enquanto almoçámos e se arrumou a cozinha, o Ambrósio limpou-me o quarto. Descansou uns minutos enquanto passei a esfregona no quarto.

Fomos ao café e o Ambrósio ficou por casa, qual menino bem comportado, e limpou-me a cozinha. Quando voltámos, descansou uns minutos, enquanto passei a esfregona no chão daquela divisão que nunca está limpa!

Já tenho o Hall limpo e lavado e ele agora anda a dar uns retoques no quarto dos putos.

Se calhar a bateria não chega para ele ainda vir limpar a sala, mas depois de mais uma noite de alimentação eléctrica, fica pronto para o fazer amanhã.

 

Não é um substituto do aspirador, esse extremamente importante membro da família, até porque como o nome indica é uma mopa eléctrica. Não é bom para usar quando o chão está demasiado sujo, mas é óptimo para apanhar o pó e cabelos que andam sempre no chão e, se for usado de 2 em 2 dias por exemplo, a casa fica logo com outro aspecto. E a mopa, como o algodão, não engana e vê-se bem que o Ambrósio agarrou umas boas porcarias! E estas porcarias boas do cotão e amigos não são nada boas para a minha asma e alergias parvas!

 

E isto de fazer a tarefa sozinho é muito bom. De vez em quando vou espreitá-lo e até lhe dou uma orientaçãozita para ir a uma parte do chão onde ainda não passou, mas no geral, acho que ajuda. E acho graça poder virar-me para ele e dizer "Ambrósio, está a portar-se bem? Quero isso bem limpo, okay?"

 

War Horse

Damn!! Há muito tempo que não chorava tanto a ver um filme não via um filme tão bonito!

Valeu a pena cada segundo!

 

 

 

 

 

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E hoje também tempo para sessão de filmes e séries com o Semi-Deus (que isto o tempo está bom é para muita ronha).

Ele diz que sacou temos a Season 4 do IT Crowd...e eu que pensava que aquilo só tinha 3 Seasons! Que chatice! Uma maçada!

E diz que há filmes novos, desses dos nomeados para os Óscares e tal. Cheira-me que o jantar hoje vai ser uma cena daquelas muito rápidas!

 

[Ontem vimos os "Três Mosqueteiros", versão deste ano. Meh, não gostámos! Mania de estarem sempre a reeinventar a roda, depois não conseguem corresponder às expectactivas de algo diferente e inovador.]

Leituras

E já terminei os "Cem Anos de Solidão".

E em dois dias dei conta da "Lição de Tango" da Sveva (os livros desta senhora são normalmente lidos assim, praticamente de um trago).

E hoje vou começar o "Uma Vida de Cão", do mesmo autor do "Marley e Eu" (espero não chorar tanto com este, ou se chorar paciência que foi para isso que se inventaram os lenços de papel).

E ainda tenho na cabeceira o primeiro volume de "Os Pilares da Terra" do Ken Follet, e o "Amor em Tempos de Cólera".

One step at a time!

 

 

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Com o calor de Verão que esteve nas semanas anteriores, toda eu ansiava por morangos, e laranjas, e maçãs, e ananás, e melão, e...

O calor leva-me a fazer refeições baseadas em frutas, aliadas a um iogurte. Entretanto, chegou a chuva. Não que se tenha instalado seriamente, mas o solinho bom, o céu azul e o calor foram-se. E hoje já apanhei com umas pingas na tola. E estou aqui, a pensar em ir tratar do almoço, mas só penso na sobremesa, e no quanto me vou lambuzar em morangos.

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