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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Eu até sou uma gaja esperta, é o que é!

Afinal, a ideia não era parva de todo.

Diz que a Halle Berry usa e pelos vistos resulta.

 

"Halle Berry

Com um corpo de dar inveja, Halle Berry de 46 anos, diz que usa pó de café para esfoliar as coxas, de forma a pôr fim à celulite."

 

Acho que finalmente vou passar a reciclar as cápsulas de café da Nespresso.

 

 

...

Aprecio bastante aquela malta que trabalha em cafés, papelarias, lojas várias, estabelecimentos comerciais, portanto, que prima pela simpatia, pelo ar de frete de quem se mostra muito afectado e incomodado com o facto de eu escolher ir gastar o meu dinheiro para comprar os produtos que vendem. Voltar a Lisboa significou voltar a passar à porta de alguns desses estabelecimentos. Não me surpreendeu que a maioria deles tenha encerrado portas. A crise não ajuda. Mas eu cá acho que quem atende assim os clientes não vende muito, com crise ou sem crise. E mais cedo ou mais tarde estala o verniz.

Mais uma previsão certeira do Instituto de Meteorologia

É caso para dizer: não falha!

 

Ah e tal, chuva para hoje, "lembre-se de trazer o guarda-chuva antes de sair de casa, vai fazer-lhe falta", diziam no rádio logo de manhã. Eu cá fiz orelhas moucas. E ainda bem. Chuva, só se foi miragem. O calor foi tal que ao final da tarde em Lisboa só se ouviam cigarras nas árvores, esbaforidas a gritar por socorro. Melhor assim! Verão prolongado, Outono adiado!

 

Oh pá, mas eu tinha tanta esplanada onde ir, e sítios para passear e montras para lamber e assim! E agora não posso!

Back to the real world

E, pronto, foi hoje. Acordar ainda no lusco-fusco e rumar a Lisboa. Passar o dia no aquário. Longe de Petit Me.

Petit Me deve ter pressentido qualquer coisa e estranhamente acordou pouco depois de eu acordar. Foi para me presentear com uns belos sorrisos matinais para eu ir cheia de energia. Mas não foi fácil, virar costas ao sorriso e sair porta fora, enquanto o ouvia dizer "" no berço.

O dia foi tranquilo, por cortesia e para me ambientar depois de uma tão grande ausência, não me foram dadas grandes tarefas para fazer, tirando o ler umas informações internas para me manter a par.

Estava com saudades, do trânsito ("Oh, meu Deus, o que é isto? 10 carros? O que se passa?" gritei ao volante de manhã), do cheiro a fritos e cebolada nas ruas de Lisboa logo de manhã, dos fumos dos carros, de pessoas com ar muito estranho na rua, das Amoreiras, das dondocas e tudo e tudo. Ri-me que nem uma parva ao volante com a Mixórdia de Temáticas de hoje. Ao menos voltei a ouvir o Ricardo Araújo Pereira. E a ouvir rádio. E vi pessoas, muitas pessoas. E falei com pessoas, algumas pessoas. E de temas diversos, se bem que com algumas ainda foi o tema do "Então, já de volta? Primeiro dia, deve estar a custar muito? E o bebé, como está? E isto e aquilo...". Mas ainda só vi tipo 10% dos colegas. Ainda me deixei estar enfiada na toca, com medo de multidões.

Foi giro e tal. Mas estava bem no mundo das fraldas.

Estou aqui que não sei se hei-de inventar uma crise de caspa para ficar em casa a mudar fraldas e a fazer coisas dessas. E a ver o Baby TV. E a cantar musiquinhas plim-plim.

Ai, é tão difícil esta separação, esta divisão entre "estava mesmo a precisar de voltar ao emprego, à civilização, ao mundo real" e "quero ficar em casa com o meu bebé, porque ele é muito pequenino e precisa muito de mim, e os bebés devem estar com as mamãs".

 

 

 

Teorias da conspiração #2

Outra teoria saída da cabecinha pensadora do Semi-Deus, que não é assim oco e nada pensante como eu, tem a ver com o aumento da contribuição para a Segurança Social contraposta com uma descida na TSU. Assegura o Governo que se pretende fomentar o emprego. Porque com uma redução na TSU os empregadores vão poupar imenso dinheiro e vão, naturalmente, usar esses recursos financeiros para contratar mais pessoas. Especialmente considerando que as pessoas vão passar a ter menos dinheiro na mão ao final do mês. Portanto, o poder de compra desce. E como desce, os empregadores vão contratar mais pessoas para assegurar o grande incremento na venda de produtos e serviços provocada pela diminuição do poder de compra dos portugueses. Adiante! Que isto até me dá calores e comichões! Mas, acha o Semi-Deus ou se calhar há mais pessoas que também acham, que esta cena da descida da TSU tem outro objectivo. A ser verdade, é grave, muito grave. O verdadeiro medo, tenham muito medo desta gente. Parece que há quem ache que a ideia é conseguir, com o que se vai poupar pela redução da TSU, criar um banco de indemnizações. Porque, apesar de o novo Código do Trabalho ter vindo facilitar os despedimentos, especialmente pela redução das indemnizações a pagar, ainda há empresas que não despedem porque não têm recursos financeiros para o fazer. Mas com o dinheiro que vão poupar passam a ter. Diz que uma Sonae vai poupar uns 20 milhões por ano, por exemplo. O próprio Belmiro veio no outro dia dizer que estas medidas do Governo vão provocar uma quebra no poder de compra das pessoas. Como quem diz, o tuga não tem guito para ir às minhas prateleiras comprar cenas. Então, se não tem, espera o Belmiro uma redução nas vendas. E vai contratar mais pessoas com esses 20 milhões que lhe sobram? Ou será que vai despedir em massa, porque se há menos vendas, precisa de menos funcionários?

 

E, pergunto eu, a contribuição para a Segurança Social, qual é a vantagem para o tuga? Deixa ver, abonos para os miúdos não há, reduziram os pagamentos das licenças de maternidade e paternidade (aliás, foi bom de ver que enquanto umas medidas foram anunciadas outras foram tomadas pela calada...o Semi-Deus vai ficar um mês em casa com Petit Me. No site da Segurança Social já tinha aprovada a licença e fixado o valor diário. No início desta semana o valor diário alterou-se, para menos uns 10€ por dia, sem qualquer pré-aviso), subsídios de desemprego é uma desgraça, qualquer dia não temos Sistema Nacional de Saúde ou temos mas quase que pagamos com se fosse privado, reformas é uma vergonha. E, depois de terem reduzido ou eliminado quase todos os benefícios sociais, aumentam a taxa de contribuição para a Segurança Social. Faz sentido. Então estou a contribuir para quê? Sinceramente, nesta altura deviam perguntar-me sequer se eu quero ou não descontar para a Segurança Social. Se não é para ter benefícios, então não tenho de estar a pagar por isto. Se é para nos virarmos sozinhos, então o dinheiro fica para mim, para eu gerir como quiser. Não é para ir para os bolsos destes ladrões e literalmente desaparecer para pagar dívidas que não são minhas e para garantir que de dia para dia eu tenho menos direitos enquanto cidadã. Quanto mais tento melhorar a minha situação profissional, menos ganho ao fim do dia, porque mais me roubam. E quanto mais me roubam, menos tenho de retorno.

É assustador isto...

 

 

Teorias da conspiração #1

Relativamente ao assunto Pingo Doce e os pagamentos com MB soube que há pessoas que decidiram fazer aquela velha manobra de pagar as despesas inferiores a 20€ com moedas de 1, 2 e 5 cêntimos. Tem sempre piada. Pois nós decidimos adoptar outra manobra. Desde o primeiro dia em que a medida entrou em vigor que a malta faz o esforço de se lembrar de ter sempre 20€ na carteira para as compras. E lá vamos muito contentes. E pagamos com dinheiro, pois claro, outra opção não temos. Mas, sempre que  chegamos à caixa o recado é o mesmo "Olhe, se a conta for inferior a 20€ vamos querer factura!". E o funcionário faz sempre aquele olhar de relance para os produtos no tapete e faz aquela cara como quem diz "Factura? Mas porque raio quer factura de alface, tomate, sumo, pepino, pão e bananas?". Queremos. Porque temos direito a pedir. E eles têm obrigação de a passar. Não gostam? Não. Sempre que pedimos factura percebe-se a troca de olhares com o gerente da loja e o ar de "Porra, outra vez?". É a vida. E pedimos factura quer a conta seja 19, 95€, seja 5€. No outro dia o Semi-Deus foi comprar pão e pediu factura para 1, 70€ ou lá o que foi. E a moça da caixa parece que bufou.

 

Acha o Semi-Deus, e depois de pensar nisso acho que se calhar tem razão, que o Pingo Doce deu duas petas à malta para esta coisa dos pagamentos por MB.

 

Peta #1 - a preocupação com os hábitos de poupança dos seus clientes. É certo! Além de ser peta não é muito coerente com as constantes promoções em vigor nas lojas. Dizem os estudos que tanta promoção tem levado os consumidores a gastar mais, a comprar o que não precisam e a gastar até o que não têm.

 

Peta #2 - as comissões que pagam à SIBS. Sim, pagam comissões mas o poder negocial de uma grande superfície é muito maior que o de um pequeno comerciante. Portanto, façam por negociar as comissões. E consta que um pequeno comerciante paga muito mais de comissões que um Pingo Doce. Por causa do volume de transacções. E mesmo assim traçam o limite mínimo para uso de MB em 5€ na maioria dos casos.

 

Acha o Semi-Deus que é uma grande coincidência virem com esta medida na mesma altura em que o Fisco passou a exigir a apresentação de todos os movimentos por MB para controlo fiscal. Diz que foi em Agosto. O Pingo Doce veio com isto em Setembro, logo no dia 1. E muitos se devem seguir. Porque assim, estão a fazer o possível por passar abaixo do radar do Fisco. E por isso até é melhor traçar o limite nos 20€. Sempre são mais pagamentos que passam por debaixo do radar. Só falta começar a fazer como se vê em alguns cafés em que passam o dia a aceitar pagamentos com a caixa registadora aberta. Sem registar porra nenhuma. Por isso, exigimos factura. Não só assim fica mais difícil a fuga fiscal, como gastam dinheiro na factura e perdem tempo precioso porque enquanto estão a passar facturas para o pão e para a salada atrasa-se a compra que vem a seguir. É porque tomam-se estas medidas para fugir ao Fisco e depois aqui o mexilhão é que leva com o aumento de 7% na contribuição para a Segurança Social, entre outras medidas de "esforço e sacrifício para todos". Ide-vos, levar onde levam as galinhas!!

Acabou-se o que era doce

E, no dia em que Petit Me completou cinco meses, acabaram-se as férias. Foi dia de arrumar toda a cangalhada, enfiar tudo de novo no bólide, sabe Deus como, e rumar direitinhos a casa. Os próximos dias serão de muitas máquinas de roupa, arrumações e ultimar coisas antes do regresso, do recomeçar que é Setembro. Não me posso esquecer de ir com a Madalena cortar o cabelo, que está uma lástima depois de muita praia, sol e piscina. Sobre o regresso ao Algarve, pois que até correu bem. Não foi tão mau como pensei que pudesse ser. O resort onde ficámos era bastante razoável, as acomodações eram simpáticas e espaçosas, a cozinha toda equipada (ainda levei a varinha mágica de casa com medo de não conseguir fazer a sopa do puto, mas até isso havia por lá), máquinas de lavar loiça e roupa, máquina de secar roupa e tudo o mais que uma pessoa precisa. Até tinha ferro de engomar e tábua. Mas usei apenas o essencial para fazer as refeições de Petit Me, e os pequenos almoços, almoços ligeiros e lanches. Jantar era fora. E a loiça era lavada à mão. E pronto. Tinhamos um belo terraço, que fazia as delícias de todos, e por sorte era no primeiro andar e, portanto, mais resguardado. Adorei acordar de manhã e ir tomar o pequeno almoço ao ar livre. E o almoço ligeiro. E o lanche. À noite era o espaço para as jogatanas de Sueca, ou como por tuta e meia se compra um baralho de cartas e se conseguem entreter miúdos e graúdos durante horas. O resort tinha várias piscinas. Uma delas ficava mesmo ao pé do nosso apartamento e por acaso era a preferida dos miúdos. Porque tinha menos gente e porque era melhor para a Madalena por ser menos funda. Nas outras ela mal dava dois passos ficava logo sem pé. O área do resort era enorme, com muitos, muitos pinheiros, que adoro, porque fazem sombras maravilhosas e são perfumados. E era óptimo para andar a pé, fazer caminhadas para desmoer o jantar. Estávamos muito perto da praia Maria Luísa (aquela onde há pouco tempo cairam as arribas), podiamos mesmo ir a pé. Fomos lá um final de tarde espreitar e molhar o pé. Tinha alguma piada, mas estava completamente cheia de gente. E era daquelas que tinha pilhas de algas. Vi de lá com montes de "salada" agarrada aos tornozelos. Também ficava relativamente perto da freguesia de Olhos d'Água, conhecida pelos seus olheiros, nascentes de água doce, que brotam da areia. Infelizmente não os conseguimos ver porque apanhámos maré cheia quando lá fomos. A praia é muito simpática, mas mais uma vez, por ser daquelas praias pequenas e com pouco areal, cheia de gente. Fui molhar o pé com a Madalena e tivémos literalmente de passar por cima das pessoas. Junto à praia tem uma rua sem trânsito com imensas esplanadas, muito simpáticas, onde decidimos abancar para um último geladito enquanto respiravamos a maresia. Uma noite ainda tentámos ir ao centro de Albufeira. Pois. Era tal a confusão que já eram quase dez da noite e desistimos de tentar arranjar sítio para estacionar e jantar e voltámos para trás, acabando por jantar num restaurante perto do resort.  Noutra noite fomos até à Marina de Vilamoura, também com alguma gente, mas não tão confuso como o centro de Albufeira e sempre tinha um pouco mais de piada. Jantámos no Akvavit, um restaurante sueco, que não serve almôndegas do Ikea, mas serve algumas iguarias suecas e tem também comida francesa e portuguesa. Depois de tanto Masterchef, Top Chef e afins, assim que vimos Vieiras na ementa tinhamos de experimentar. Muito bom. Adorámos tudo o que comemos. A conta foi um bocado puxada, mas pronto, uma noite não são noites e foi assim a loucura das férias. E ainda deu para reencontrar alguns membros da família, residentes ali perto. Aliás, conseguimos lugar num restaurante tão concorrido através da simpatia do primo que lá trabalha e nos arranjou uma mesa simpática e sem grande espera. Gracias! Ah, e claro, também fomos ao Zoomarine. Pensávamos que, por já ser Setembro e ser dia de semana, iamos ter o espaço quase só para nós. Era! Estava cheia aquela cena! Mas pronto, os miúdos curtiram, nós também, foi um dia muito agradável e bem passado. Foi bom rever golfinhos. Adorei ter podido tocar numas raias que estavam no Aquário e onde havia o aviso (não comum) de que lhes podiamos tocar, assim como nas estrelas do mar e nos corais. Foi fantástico! Já se sabe que depois de um dia assim a malta vem de lá toda rota, cheia de calor e tal, mas nada que uma banhoca ao fim da tarde não resolva.  Em suma, esteve-se bem, porque conseguimos estar num local fora de confusões. Sem dúvida um local de referência para mais tarde voltar.

Cinco

Petit Me completou ontem cinco meses! Aos 9 dias de Setembro. Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro. Bate certo.

Parece impossível, cinco meses, assim de repente. Quase sem se dar por isso!

Ou, como diria o Semi-Deus, daqui a 7 meses estamos a organizar a festinha do seu primeiro aniversário.

 

Os finalmentes

Chegou Setembro. É aproveitar agora. Daqui a uns dias acaba-se o Verão e chega o Outono. Acaba-se a estação dos dias grandes, das noites quentes, dos dias solarengos, dos gelados (mentira, a malta tem sempre gelado no congelador e come-se todo o ano), de piscina, praia, cerveja e caracóis.

Amanhã chega finalmente a parte de mim que falta, e sem a qual não estou completa. As malas estão prontas à espera que ela chegue, para irmos a banhos. Aos últimos banhos (a não ser que venha aí um Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março como os últimos, que quase que dá para banhos também). Estou ainda para saber é se vamos caber todos no carro, nós e os sacos e todas as traquitanas. Ainda acho que, ou vamos nós sem tralhas (praticamos nudismo, colhemos frutos de árvores de quintais alheios, andamos descalços, tomamos banho só com água e não há cá cremes e tal), ou vão as tralhas e nós vamos de Expresso. Mas pode ser que sim, que com jeito caiba tudo. Em Julho coube, ocupando alguns espaços no habitáculo do carro. Mas agora há mais um ou dois volumes. Ai, os carros, que nunca são grandes o suficiente!

Depois das vacances, é altura de entrar em modo de mentalização para o regresso às aulas da pequenada, o regresso ao trabalho da mãe coruja (não queroooo!!!) e deixar esta boa vida de descanso.

Estava-se tão bem assim...

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