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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Por falar em almofadas

Não é só no Ikea, mas também noutras lojas, tenho reparado que agora as almofadas estão categorizadas nos seguintes tipos principais (para além dos diferentes materiais):

  • almofadas para dormir de barriga;
  • almofadas para dormir de lado;
  • almofadas para dormir de costas.

Pois, isto está tudo muito bonito, mas quer dizer, assume-se que a pessoa tem uma posição favorita, o que até é normal, mas que dorme a noite toda na mesma posição. Ainda não devem ter ouvido falar no conceito de a malta se mexer enquanto dorme. Quer dizer, por exemplo, assim uma pessoa como eu, nesta perspectiva tinha de comprar 3 almofadas e ir trocando de almofada consoante a posição, não? O que era uma grande maçada. Acho que acordava de manhã cansada e estava pronta para ir domir novamente. E depois não sabia que almofada escolher. Uma complicação só vos digo. Em vez de nos facilitarem a vidinha, só complicam.

Almofadas ou é assim que se traumatiza uma pessoa?

Sou só eu que acho estas almofadas muito feias esquisitas?

Credo! Que horror! Não percebo lá muito bem este coelho e as ovelhas. Eu até acho alguma graça a coisas com coelhinhos e memés, mas estes são esquisitos. E, não sei, talvez para uma casa de campo, mas mesmo assim, não gosto.

 

 

 

Estas então! Seriously? Mas o que são aquelas vacas? Parecem fantasmas! E aquela senhora? Credo, que cena tão creepy. Só se fosse para decorar uma casa assombrada, porque olho para a almofada da senhora e de repente acho que ela vai saltar da almofada para fora, tipo aquela cena do filme "The Ring", com a gaja a sair da TV e a escorrer água. Medo! Muito medo!

 

Senhores do Ikea, vá lá a ver se descobrem uns padrões mais simpáticos que isto assim não vamos lá.

 

 

Deve ser cena de suecos

Reparei agora que o site do Ikea tem uma Loja Online. Fui cuscar. Produtos para compra online: sofás e poltronas. E roupeiros. A escolha, para começar, é bastante alargada. Será que tem havido muitas compras online? Há malta que compra assim roupeiros pela internet? E sofás? É coisa que não me estou a ver comprar online. Jamais comprar um sofá sem sentar lá primeiro a peidola, dar uns pulinhos para ver se aguenta, ver se me fica bem (o sofá), sentar-me primeiro direita, depois meio de ladex com as pernas para cima, depois recostada. Uma pessoa tem de experimentar um sofá, valha-me Deus! E apalpar. Muito importante apalpar o sofá. Vai que é de um tecido que arranha, que pica ou isso? Não pode ser. Já punham era online outras coisas. Loiças, peças de decoração, espelhos, candeeiros, estantes e coisas assim. Agora sofás? Seriously?

Fónix, 'mas é meter a viola em casa!

Ida à rua para almoçar (para o que nos havia de dar!). Ida rápida ao Continente, para umas compras ligeiras. Era para espreitar também fatos de Carnaval, mas tanto o Continente como a Modalfa não estão para aí virados. Oh well! A Madi está safa que o fato da Sininho ainda está impec. Para o Marcos pode ser que tenhamos sorte no próximo fim-de-semana. Está frio, está chuva, está vento! Bah! Casa, mas é! Pantufas, já! Acho que vou ali perguntar à pirralha se quer vir sujar as mãos a fazer bolinhos de canela. Que ficam bons e perfumam a casa! E amanhã já é segunda-feira. :(

Um dia chega o dia

Sabia que esse dia ia chegar. O dia em que ia ter de contar, de explicar, de tirar dúvidas. Seria normal que viessem as perguntas um dia e que tivessem de vir as respostas. Achava é que seria mais tarde. No mundo ideal as perguntas viriam de forma mais espontânea e natural e viriam mais tarde, quando já estivesse crescida para conversar sobre isso. Mas, como não estamos no mundo ideal, as perguntas e as dúvidas vieram agora. Da pior forma. Daquela forma que não queria que viessem. Que não viessem sob a forma de um sistema nervoso alterado, de uma criança cheia de dúvidas, zangada, confusa, muito confusa, com sentimentos de culpa, porque é vítima de uma pessoa muito doente que a massacra. De uma forma muito cruél. E não percebe o que faz. Ou pelo menos prefiro acreditar que não percebe. Porque então se percebe ainda é mais cruél. Sempre soube que isto acontecia. Não sabia era a extensão. E acho que ainda só percebi uma parte muito pequena. É feio, muito feio este jogo. Brincar com os sentimentos de uma criança. Por vingança. Por orgulho ferido. Por ser incapaz de seguir em frente a sua vidinha e deixar de ser estúpido. É feio. Porque tudo isso é para atingir outra pessoa. Mas não atinge. Atinge-a a ela. Muito. Que se agarrou a mim ontem a chorar e a pedir ajuda porque não sabe lidar com isto. A pedir-me por tudo que lhe dissesse o que devia fazer. Porque tem medo. Tem medo de reacções. De zangas ou pior. Porque é recalcada. Porque a fazem sentir culpada. Porque sente que não pode abrir a boca. Porque sente que não é respeitada. E como tem medo, cala-se, encolhe-se, não responde, não pede que parem, e depois fica com tudo lá dentro, até que explode. Porque não quer ouvir nada daquilo, mas não consegue dizer. Porque não quer mais perguntas, mas não sabe dizer. Porque está farta da lavagem, mas não sabe dizer. E ontem contou muito. As perguntas intermináveis, as caras feias com o que responde, os comentários depreciativos, as mentiras, tantas mentiras. E foi nesse momento que percebi que tinha de lhe contar, que tinha de lhe explicar. Que tinha de fazer um esforço por que lhe explicar assuntos que não são para a sua idade de modo que percebesse. De uma forma verdadeira, clara, transparente. Sem nunca dizer mal de ninguém. Mas dizer-lhe a verdade. Porque não podia continuar a deixar que vivesse massacrada com mentiras e com chantagens emocionais. Foi difícil, muito difícil. A única coisa que me atinge é vê-la triste, confusa, com medos, com sentimentos de culpa por coisas que nunca, mas nunca lhe deviam ter sido ditas. E isto é só o início de uma caminhada. Há pessoas incrivelmente estúpidas. Incrivelmente más. Deviam era meter-se com alguém do seu tamanho. Cobardes!