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Bom, levei este lindo livro a passear até à planície alentejana neste fim-de-semana comprido, de recarregar baterias e mudar de ares. Consegui acabá-lo hoje de manhã, ainda remelosa e despenteada, antes de a criançada acordar.
O que dizer? Já acabou? Sim, já acabou, com grande pena minha, que podia continuar a ler e a ler, porque fiquei com perguntas por responder, queria ter conseguido conhecer melhor a outra personagem principal. Queria ter "ouvido" coisas directamente dessa personagem. Faltou-me, faltou-me mesmo esse contacto directo com essa personagem misteriosa. Eu sei, assim ficou tudo envolto naquela neblina do mistério e ficamos naquele suspense, ou pelo menos eu fiquei. Se calhar por isso é que queria ter continuado a ler e a ideia era essa.
Mas adorei este livro. Esta história sobre a vida de Nella Oortman, uma jovem acabadinha de casar aos 18 anos e sobre todas as pessoas que vivem naquela casa com ela, para além de outras com quem se vem a relacionar. Uma força incrível numa "criança" de 18 anos, porque na verdade era isso que ela era quando chegou aquela casa. O enredo criado à volta da casa com as miniaturas, tentar perceber todos os quês e os porquês e conseguir ser surpreendida com algumas respostas, sempre aquela sensação de que a qualquer momento uma porta da casa se ia abrir e algo de novo iria ser revelado, os segredos, as intrigas, ficar chocada com o destino de algumas pessoas, enfim, a descrição de uma época que uma pessoa quase nem imagina quando pensa na cidade do Red Light District. As pessoas tinham algo de púdico na altura, imagine-se! Pronto, era só uma piada.
Adorei, adorei, pronto! Leiam se puderem.
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"Tudo e, porém, nada"
"Tudo o que o Homem vê toma por um brinquedo". "Daí ser sempre, para sempre uma criança."
"Cada mulher é a arquitecta do seu próprio destino."
"Eu luto para emergir."