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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Nova leitura

Já está escolhida a nova leitura. Vai ser este livro. Porque sei de opiniões que dizem que este livro é muito bom e, depois de um Zafón, convém ler qualquer coisa boazita, senão uma pessoa sente-se meio murcha...

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Sinopse
Na sequência de um terrível drama familiar, e a fim de superar a sua mágoa, o doutor Kurt Krausmann aceita acompanhar um amigo às Comores. O seu veleiro é atacado por piratas ao largo do litoral somali, e a viagem «terapêutica» do médico transforma-se num pesadelo. Feito refém, espancado, humilhado, Kurt vai descobrir uma África de violência e de miséria insuportáveis onde «os deuses já não têm pele nos dedos de tanto lavarem as mãos». Com o seu amigo Hans e um companheiro de infortúnio francês, descobrirá Kurt a força necessária para superar esta provação? Oferecendo-nos esta viagem surpreendente de realismo que nos transporta, da Somália ao Sudão, para uma África Oriental alternadamente selvagem, irracional, circunspecta, orgulhosa, digna e infinitamente corajosa, Yasmina Khadra confirma mais uma vez o seu imenso talento de narrador. Construído e conduzido com mão de mestre, este romance descreve a lenta e irreversível transformação de um europeu, cujos olhos se vão abrir, pouco a pouco, para a realidade de um mundo até então desconhecido para ele. Um hino à grandeza de um continente entregue aos predadores e aos tiranos genocidas.

Hello, Monday!

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Mais uma semana, mais uma volta!

Este fim-de-semana começou mais ou menos lá para quinta-feira à noite, no sentido em que decidimos ir jantar ao Festival do Pão, ainda que já tivessemos combinado ir lá na sexta-feira com a família. Na quinta-feira fomos lá apenas eu, o Semi-Deus e o Marcos. Não resisti a ir provar umas pataniscas com arroz de feijão, abdicando do pão. Estavam uma delícia, acabadinhas de fazer e o arroz super saboroso. Ainda comi uma sopita de feijão verde, provámos uns croquetes de veado (blegh!!) e uns rissóis de javali (good), e rematámos com uma bolita de gelado caseiro.

Na sexta-feira lá fomos como combinado novamente ao Festival do Pão. Voltei a comer as pataniscas e o gelado, o resto da malta provou outras iguarias (que já não me lembro bem, até porque uma pessoa bebe uns copitos de sangria e fica meio zonza, coff coff!), o Marcos comeu arroz de pato e foi por aí.

Sábado foi mais uma rambóia. Almoço em casa da mãe do Semi-Deus (um belo arroz de polvo) e depois usar de serviços de babysitting e dogsitting para irmos para a borga, em celebração do nosso aniversário de casamento. Eles foram até à Feira Medieval em Sintra e nós fomos para outro lado. Começámos o final de tarde numa esplanada mesmo em cima do mar ali na Parede (não faço ideia do nome), mas aquelas jolitas ali com vista para o mar (e eu cheia de vontade de molhar os pés na água) foram uma maravilha. Jantámos numa pizzaria em Carcavelos, um sítio onde gostamos sempre de voltar, apesar de as pizzas serem cada vez mais pequenas e de ter sido uma desilusão eu ter apostado numa massa em vez de uma pizza (já fiz massas melhores em casa). Depois da barriga atestada, fomos curtir a sunset party (ainda que o sol já se tivesse posto há um bocado) no SkyBar, um rooftop no Hotel Tivoli na Avenida da Liberdade. A vista é maravilhosa, ainda que tivessemos ficado a pensar que teria sido melhor ir mais cedo, para se conseguir ver o Tejo, mas ainda assim vale a pena. As bebidas são caras, porque a vista paga-se, mas também aquilo não se faz todos os dias. Mas é um bom sítio para chillout. O bar fecha supostamente à uma da matina, mas a hora de ponta ali foi a partir da meia-noite. Ficou um bocado wild, com tanta gente à roda do bar a querer pedir bebidas. Estava a ver que não conseguia pagar, porque a demora, enfim! Mas lá se resolveu.

E agora sinto-me completamente in, por já ter estado num rooftop e ter ido a uma sunset party!

 

Domingo, conseguimos dormir até mais tarde do que o costume, porque não tinhamos crias e 4 patas a fazer barulho com as galinhas. O almoço foi em família numa marisqueira na Ericeira, que é uma desgraça, porque uma pessoa gosta do marisco mas gosta ainda mais de molhar o pão no molho delicioso que aquilo tem. Perdemos a conta aos pães que vieram para a mesa. E sai-se dali pronto a ir tomar um duche, mas é uma maravilha. A seguir levámos os putos ao parque infantil e ainda andaram umas voltinhas ali nuns carrinhos que agora se podem alugar perto do parque e que são curtidos, para miúdos e graúdos. Fomos buscar a 4 patas e viémos para casa, que isto não pode ser só borga e tinha umas coisitas para arrumar. Até a cadela estava cansada da borga, chegou a casa e foi directa para a caminha ferrar a dormir.

O jantar foi coisa rápida para depois abancar no sofá a ver os Ídolos e a acabar a leitura do livrinho (só nos intervalos uma pessoa lê que se farta que aquilo é quase meia hora).

 

Segunda-feira chegou num instante e, com ela, chegou a Madalena, que regressou das férias com o pai. O mano está histérico de ter a mana de volta, a cadela já lhe deu um real banho de língua e, pronto, vamos ver o que ainda vamos fazer hoje, que eles têm de aproveitar para brincar com a priminha que está prestes a voltar para Inglaterra, sendo que eles também vão de férias com os avós.  

Leitura terminada

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Ontem à noite segurei as duas últimas páginas do livro, não só pela intriga ali criada, que me faz ansiar por um quarto livro que ainda não existe, mas porque não queria, mais uma vez, que o livro acabasse. É assim com Zafón.

 

Foi esclarecedor, de facto, em relação a alguns aspectos do livro anterior, mas continuam ali algumas pontas soltas e criou-se ali uma intriga no fim (pelo menos eu achei) que era capaz de merecer uma continuação da história.

 

O Fermín Romero de Torres é uma personagem super cómica, um homem extremamente espirituoso e sempre com respostas fantásticas na ponta da língua. Um gajo com muita piada.

 

 

O enredo que se cria, a forma como as personagens se tocam e a história se interliga com os livros anteriores é fantástica, mas ainda melhor é a forma como Zafón escreve, que nos faz virar páginas e páginas e ficar sempre com pena quando o livro acaba.

 

Deste livro não extraí tantas citações jeitosas, mas ainda assim aqui ficam algumas:

 

"As pessoas de alma pequena rebaixam sempre os outros [...]"

 

"Tudo o que é bom está sempre fechado à chave."

 

"Tudo neste mundo é falso, jovem. Tudo, menos o dinheiro."

 

"Por vezes, julgo que Darwin se enganou e que, na verdade, o homem descende do porco, dado que, em oito de cada dez hominídeos, haverá um chouriço à espera de ser enchido [...]"

 

"No que respeita aos bancos, tento evitá-los o mais possível, dado que [...], por norma, são eles que nos assaltam."

 

"O louco julga sempre que são os outros que estão loucos."

 

"Por que será que todas as guerras são vencidas pelos banqueiros?"

 

"Nesta vida perdoa-se tudo, menos dizer a verdade."

 

"Eu, por princípio, sou ateu [...]. Ainda que, na verdade, tenha muita fé."

 

Hello, Friday!!

Ontem um cadito de borga. Hoje talvez um cadito de borga. Amanhã um cadito de borga. Domingo um cadito de borga. E é isto...também não apetece mais nada senão borga. Excepto talvez (ou mesmo) ainda um engomanço hoje, e preparar as roupas dos miúdos para as férias. A limpeza já foi ontem, por isso, é aproveitar. 

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Mas quem é que decidiu isto de agora os MB não precisarem de PIN?

Aqui há dias fui ao supermercado, acho que ao Continente, e quando fui para pagar com o cartão a moça da caixa disse-me, ah e tal, pode só passar o cartão aqui no sensor, não precisa de PIN. E eu, desculpe? Ah e tal, para compras inferiores a 20€ isto funciona assim.

 

Mas que bela coisa! Eu sei que nas portagens se usa um cartão MB sem PIN, mas quer dizer, não vamos implementar isto em tudo, não é? Começarem-se a usar assim os cartões sem controlo de segurança vai ser uma festa. Olha aí os números dos assaltos a aumentar!

Estava na hora...

...de começarem a tratar os gelados como bens delicados. Isto de ultimamente os gelados me chegarem às mãos com um ar meio esmigalhado já chateia. Estar a tentar comer um Cornetto com a baunilha toda rachada é obra. Ou tentar comer um Magnum com o chocolate todo rachado, sem deixar cair bocados por todo o lado. Bolas, parece que andam com os pés por cima das coisas!

 

Sim, eu podia deixar de comer gelados e cessava este problema. E vocês podiam ir encher-se de moscas, sim?

Pois...

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Isto de o fim-de-semana serem só dois dias tem que se diga! Verdade?

 

Sexta-dia foi o dia da abertura do Festival do Pão. Como não podia deixar de ser, fomos lá cuscar e encher a cara. O pão, há que dizê-lo com frontalidade, é menor que nas edições anteriores (cena típica), mas continua bom e comer um pãozinho acabado de sair de um forno de lenha é maravilhoso. A sangria este ano estava razoável (o ano passado estava uma real porcaria e andei a cerveja). Comemos uns gelados caseiros que eram uma maravilha. Não havia muita escolha, mas os que havia eram bons. O meu era de limão e lima e era uma delícia. O Marcos comeu um de morango que era maravilhoso também. Nada de coisas artificiais. Depois de encher a barriga foi tempo de assistir ao concerto da Orquestra Ligeira do Exército (que vale a pena o tempo), enquanto os pirralhos andaram a experimentar os jogos tradicionais e a correr por ali fora.

 

No Domingo, almoçámos no chinoca/japonoca, levámos os miúdos ao parque infantil na Ericeira, fomos comer gelados e depois viémos para casa assentar as ideias. À noite voltámos ao Festival do Pão e foi a p#$a da loucura! Já fomos um pouco mais tarde do que devíamos ter ido e estupidamente de carro, era Sábado e era noite de concerto dos D.A.M.A. Perdemos tempos infinitos à procura de lugar, o Marcos adormeceu no processo, às tantas o Semi-Deus encostou o carro e eu saí para ir até lá acima, furando a multidão, para arrebanhar uns pãezinhos e pronto, vinhamos para casa. Vinha eu já para baixo quando vejo o Semi-Deus entrar com o Marcos, depois de finalmente ter conseguido estacionar. Foi um golpe de vista sortudo, porque se não tivesse sido ali naqueles segundos eu saía, ele entrava para o meio da confusão e eu nem telemóvel tinha comigo. Adiante, bebemos uma sangria e comemos o pão, ouvimos ao longe 2 ou 3 músicas dos moços e acabámos por vir embora, porque o Marcos estava rabugento e disse que queria ir para casa e ir para a caminha para o pai lhe contar uma história. 

Ontem foi dia de churrascada em casa da mãe do Semi-Deus, que se acabou por arrastar até ao jantar (havia tantos leftovers de carne que foi mais do que suficiente) e pelo o meio ainda houve tempo para gelados e para os putos brincarem um bocado na piscina no quintal (mas que não durou muito porque estava frio e não deu para mergulhos demorados - o Marcos até precisou de uma chuveirada quente porque já estava arroxeado). 

E é isto, hoje já é segunda-feira e quando dermos conta é sexta-feira novamente...

Nova leitura

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Esta vai ser a próxima leitura. Tem de ser a próxima leitura. Se estava confusa no final da leitura de O Jogo do Anjo, em conversa com a minha prima, outra fã de Zafón, ainda ficámos mais confusas. Ela disse-me que eu tinha de ler este para perceber umas coisas, mas ela está tão confusa quanto eu em algumas coisas mesmo depois de o ter lido. Entretanto peguei no livro A Sombra do Vento e li a sinopse e as últimas páginas, para me recordar. O que li na sinopse saltou-me à vista e pensei "isto não faz sentido nenhum à luz do final de O Jogo do Anjo". A sério, estou quase em burnout e acho que vou ficar pior depois de ler este volume. Mas tenho de ler, pode ser que encontre resposta a alguma coisa.

 

Sinopse
Barcelona, 1957. Daniel Sempere e o amigo Fermín, os heróis de A Sombra do Vento, regressam à aventura, para enfrentar o maior desafio das suas vidas. Quando tudo lhes começava a sorrir, uma inquietante personagem visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo, enterrado há duas décadas na obscura memória da cidade. Ao conhecer a verdade, Daniel vai concluir que o seu destino o arrasta inexoravelmente a confrontar-se com a maior das sombras: a que está a crescer dentro de si.

Transbordante de intriga e de emoção, O Prisioneiro do Céu é um romance magistral, que o vai emocionar como da primeira vez, onde os fios de A Sombra do Vento e de O Jogo do Anjo convergem através do feitiço da literatura e nos conduzem ao enigma que se esconde no coração de o Cemitério dos Livros Esquecidos.

 

Leitura terminada

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Consegui finalmente terminá-lo ontem! Quase um mês para ler um livro de Zafón, credo! Ainda era um bocadinho calhamaço, com umas 560 páginas e nem sempre lhe consegui pegar.

Gostei muito deste livro. Voltar ao Cemitério dos Livros Esquecidos. O amigo Sempere e a sua livraria e esta história à volta dos livros e da alma dos escritores. Até onde estaria disposto a ir um escritor para orgulhosamente ver o seu nome escrito num livro?

Neste livro achei Zafón mais crescido, mais maduro na forma de escrever. Como de costume encontro sempre frases muito boas para guardar registo, porque de alguma forma me dizem algo.

 

"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente no sangue o doce veneno da vaidade e acredita que, se conseguir que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de lhe dar um tecto, um prato de comida quente ao fim do dia e aquilo por que mais anseia: ver o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobreviverá. Um escritor está condenado a recordar esse momento pois nessa altura já está perdido e a sua alma tem preço."

 

"Ninguém sabe o que é a sede até beber pela primeira vez."

 

"Nesta vida tudo são disparates. É só uma questão de perspectiva."

 

"As ideias más vêm sempre aos pares."

 

"Sabe o que é uma religião, amigo Martín? [...] Uma oração muito bonita e bem trabalhada. Poesia à parte, uma religião é no fundo um código moral que se expressa por meio de lendas, mitos ou qualquer tipo de artifício literário a fim de estabelecer um sistema de crenças, valores e normas com os quais regular uma cultura ou sociedade. [...] Como na literatura ou em qualquer acto de comunicação, o que lhe confere eficácia é a forma, e não o conteúdo. [...] Tudo são histórias, Martín. Aquilo em que acreditamos, o que conhecemos, o que recordamos ou mesmo aquilo com que sonhamos. Tudo são histórias, narrativas, sequências de acontecimentos e personagens que transmitem um conteúdo emocional. Um acto de fé é um acto de aceitação, aceitação de uma história que nos contam. Só aceitamos como verdadeiro aquilo que pode ser narrado."

 

"A justiça é uma extravagância da perspectiva, e não um valor universal."

 

"O silêncio faz com que até os ignorantes pareçam sábios durante um minuto."

 

"É impossível sobreviver num estado prolongado de realidade, pelo menos para o ser humano. Passamos uma boa parte das nossas vidas a sonhar, sobretudo quando estamos acordados."

 

"Um intelectual é habitualmente alguém que não se distingue propriamente pelo seu intelecto. [...] Atribui-se esse qualificativo para se compensar da impotência natural que intui nas suas capacidades."  -  nem sabem o quanto gostei desta!

 

"Não há nada no caminho da vida que não saibamos já antes de o iniciar. Não se aprende nada de importante na vida, apenas se recorda."

 

 "Todos os livros [...] têm alma. A alma de quem os escreveu, a alma daqueles que os leram e viveram e sonharam com eles. De cada vez que um livro muda de mãos, de cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se mais forte."