Estes putos só sabem o que é andar de cú tremido num carro. Fazia-lhes bem experimentar algo de diferente. Ainda por cima é nestas idades que acham imensa piada aos transportes públicos (se crescerem e tiverem de acordar cedo e ir a correr apanhar um comboio para chegar a horas ao emprego, andarem sempre em horas de ponta e tal todos os dias, deve perder a graça).
Assim sendo, decidimos que o primeiro dia de férias ia ser o Dia do Transporte Público.
Saímos de casa e fomos apanhar o autocarro da Mafrense com destino ao Campo Grande (também não há muito mais hipóteses).
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No Campo Grande apanhámos o Metro para o Cais do Sodré.
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No Cais do Sodré perdemos imenso tempo para comprar bilhetes para o comboio, porque as filas eram grandes e as máquinas não davam vazão. Ainda tive de sair da Estação para ir com os putos ao WC (pago) - primeira pergunta do dia "Ó mãe, porque é que não há WC nas estações de Metro?". Quando voltámos ainda o Semi-Deus estava na fila.
Bom, lá conseguimos apanhar o comboio para Algés.
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Em Algés fomos apanhar o eléctrico para Belém - que demorou para caraças a aparecer. O que tinhamos gostado muito era de andar num eléctrico dos antigos, mas veio um dos modernos.
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Este foi o que saiu mais barato. Foi fuga ao bilhete. Ai ai, vamos para o Inferno!
Nós tentámos, mas a máquina só aceitava quantia exacta e não tinhamos. Nós e vários outros passageiros, que fomos à pala. É a vida! Eles é que têm de ter trocos.
Chegámos a Belém e abancámos no jardim à sombrinha a papar as nossas sandochas e croquetes e coisas assim. Depois levámos o Marcos a brincar um bocadinho no parque infantil e ainda fomos usar o WC dos Pastéis de Belém. Sim, também viémos com meia dúzia de Pastéis debaixo do braço.
Depois fomos apanhar o barco em Belém. Mas, quando lá chegámos, aquilo era preciso esperar uma hora pelo barco. Bah! Apanhámos o comboio de Belém para o Cais do Sodré e aí apanhámos o barco. A ideia era fazer Cais do Sodré-Cacilhas mas, na altura de comprar os bilhetes, o Semi-Deus enganou-se e pediu para o Seixal. Tivémos de esperar uns minutos mas depois até valeu a pena porque a viagem foi um nadinha maior (o que sempre é mais curtido) e pudémos experimentar andar num catamaran que é assim giro e tal (fazemos um Cacilheiro numa próxima oportunidade).
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O Seixal foi giro. Saímos do barco, demos a volta e entrámos de novo para apanhar o mesmo barco no regresso. Eu disse aos meninos "Meninos, e isto é o Seixal". Pronto, já podem dizer que Seixal já conhecem.
Chegados ao Cais do Sodré, foi apanhar o Metro de volta para o Campo Grande e o autocarro de volta para casa.
O Marcos delirou com tudo. Anda na fase em que adora os autocarros e os comboios e achou piada ao barco também. Acho que achou menos piada ao Metro, porque aquilo era escuro e não tinha grande vista.
No Metro de regresso o Marcos já vinha meio pisca-pisca. Assim que entrou no autocarro ferrou a dormir. Estavamos a ver que não acordava quando chegámos.
Vinhamos todos rotos. Uma pessoa farta-se de andar a pé e fica moída. Os putos tomaram banho e ficaram bem molinhos. À hora de ir para a cama aquilo foi um instante até adormecerem.
Acordaram foi muito cedo hoje de manhã, mas pronto!
PS - Quando é que neste país uma pessoa consegue comprar um bilhete diário que dê para os transportes todos?