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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

O dia em que comprei 2 pares de óculos graduados por 75€

Há uns meses atrás tive de comprar uns óculos novos, porque a Zoe apanhou os que tinha a jeito e roeu-os. Fui, como de costume, à Multiópticas. Vi-me muito limitada na escola de uma armação. A maioria dos óculos costumam ficar-me demasiado grandes na cara, mas sempre ia tendo uma escolha maior. Na última vez vi-me limitada a escolher entre 2 armações. Acabei por escolher uma preta, de massa. Gastei uma pipa de massa, esperei quase 2 semanas pelos óculos e, depois, tenho andado aqui há meses num desatino com os mesmos. Os óculos não me assentam na cara nem à lei da bala, já foram ajustados várias vezes e tenho sempre os óculos meio tortos na cara, o que me perturba bastante a visão. Para lá da parte estética da coisa. Quando os experimentei senti-me super bem com eles, de tal forma que às vezes questiono se não se enganaram na armação. 

 

Se houve coisa que também aprendi com o episódio da Zoe é que é sempre mau termos apenas um par de óculos. Claro que, quando se gastam uns 200 ou 300 ou 500 euros ou mais, como gastam algumas pessoas nuns óculos, uma pessoa já se benze em comprar apenas um par, quanto mais dois.

 

Na Multiópticas por vezes fazem aquelas promoções do leve 2 pares e pague 1, mas eu nunca consegui usufruir das mesmas, porque o limite de graduação era tipicamente 1,5 dioptrias.

 

Aqui há coisa de uns 2 ou 3 meses, dei-me conta de uma nova loja de óptica aqui na terrinha. Fui lá espreitar uns óculos de sol, porque andava com aquela miséria barata que tinha arranjado na Primark e já me andava mesmo a ressentir com aquilo. Entre picadas na vista e sensação de flashes que me deixavam encadeada, resolvi tratar do assunto antes que piorasse.

 

No processo descobri que a loja tinha uma bela promoção de 2 pares de óculos graduados (sim, armação e lentes) por 75€. E, pasme-se, eu conseguiria usufruir da mesma, porque estava dentro do limite em termos de graduação e astigmatismo.

 

Pensei no assunto, se deveria ou não aproveitar e acabei por me decidir.

 

Fartei-me de experimentar armações, porque gostava de várias e não me conseguia decidir. Até que aceitei a sugestão da funcionária da loja sobre duas armações que me ficavam bem e tinham cores giríssimas. Já que ia comprar armações novas, não ia novamente para pretas ou outras cores escuras. 

Acabei por trazer uma armação de um azul lindíssimo e umas em tom avermelhado/bordeaux. 

 

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A colocação das lentes era suposto demorar uns 3 dias, mas demorou 24h.

Portanto, bom preço e bom serviço.

 

Para quem não consegue usufruir desta campanha, têm uma outra de armação Ray Ban por 125€ (armação + lentes), que também tem um limite de graduação, mas bastante superior à minha. E ainda têm direito a uma segunda armação das genéricas (como as minhas) e lentes.

 

É de promoções assim que gosto! Se estiverem a precisar de óculos novos, porque não espreitarem as lojas Optika? Pode ser que encontrem algo de que gostem.

 

PS - isto não é um post publicitário. Simplesmente fiquei bastante satisfeita e gosto de partilhar isso mesmo.

 

PS1 - só um pormenor em relação às lentes: têm os normais tratamentos anti-riscos e anti-reflexo mas, nesta promoção, não serão lentes de espessura fina. Para terem destas é preciso pagar um suplemento e só colocam num dos pares. Contudo, com a graduação que tenho e, como as armações são de massa e ligeiramente espessas, mal se nota a saliência das lentes para fora das armações. So, I'm good with them!

Do fim-de-semana

Sábado

A manhã resume-se a banhos e arrumar quartos. Foi banheira para toda a gente e para a quatro patas também. Tudo pronto para ir almoçar. Em jeito de celebração do aniversário do Semi-Deus, que foi na sexta-feira, fomos encher a cara numa mariscada, que estava maravilhosa. Ainda por cima estava solinho, por isso depois do almoço levámos o Marcos ao parque infantil com vista para o mar. Depois viemos a casa, buscar a Zoe e os putos andaram na rua mais um bocado, a jogar à bola, a andar de trotinete, a fazer xixi e cócó (isto foi só a Zoe). Quando começou a ficar frio, foi altura de vir para casa. Mais tarde lanchou-se e vegetou-se muito pelo sofá. Na altura de ir fazer o jantar, acho que estava tudo demasiado cheio do almoço e do lanche, por isso fiz greve e o jantar foi tipo pequeno-almoço: cereais para uns, papas de aveia para outro, iogurtes, fruta e pronto, foi isso.

 

Domingo

O Marcos acordou cedo, eu levantei-me pouco depois e fui para a sala acabar o livro, enquanto o puto via bonecada na TV. Os restantes acordaram lá para a hora de almoço, já depois de eu ter terminado o livro e, finalmente, ido tomar o banho "matinal", porque senão nem me levantava do sofá o dia todo. Almoço feito, cozinha arrumada, brigadeiros feitos com a Madalena, casa aspirada e mais uma tarde de dolce fare niente no sofá, entre vegetar no computador e começar uma nova leitura. Para o jantar foi um salmãozito no forno, para mais tarde abancar no sofá para mais um episódio do Got Talent Portugal antes de ir para a cama.

 

Boa semana para todos!

Nova leitura

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Sinopse
 
Keith Mabbut era escritor. Disso estava absolutamente certo.
Embora tivesse construído uma carreira baseada na palavra escrita, chegara aos cinquenta e seis anos sem nada que se assemelhasse ao sucesso dos seus grandes heróis literários. Consolidara a opinião de que o melhor da sua obra ainda estava para vir. E, da forma que ele menos esperava, assim foi...
Quando uma proposta de trabalho inesperada - escrever a biografia de Hamish Melville, um activista herói de causas humanitárias - o leva à Índia, Keith começa a questionar-se sobre o que é a verdade e em quem pode de facto confiar.

Leitura terminada

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Bom, para início de conversa, quem decidiu comparar este livro aos livros de Zafón não estava bom da cabeça. É porque o cú não tem nada que ver com as calças.

Os livros de Zafón são uma coisa maravilhosa e acho que a única coisa que podem ter em comum é o facto de a história deste livro se passar em Barcelona, cenário de alguns dos livros de Zafón. E, pronto, também aqui percebemos que Barcelona no início do século passado, não era aquele local muito cosmopolita e da moda, vibrante e cheio de turistas como é nos dias de hoje. Era uma cidade negra, cheia de segredos, de horrores, de pobreza e de morte.

 

Posto isto, vamos lá parar já aqui as comparações com os livros de Zafón.

 

Ultrapassado este pormenor, podemos então focar-nos neste livro.

 

Este livro foi super assustador e perturbador de ler. 

Li alguns comentários a este livro em que as pessoas diziam não ter gostado do livro, porque não é um bom thriller, já que se sabe à partida quem é a assassina. 

Pois, meus amigos, isso é o problema de se partir para um livro sem ler bem a sinopse. Porque, lendo bem a sinopse, este livro conta a história verídica (que é a parte mais assustadora) de uma mulher absolutamente horripilante que raptava, vendia, e comia crianças. A única coisa que este livro pretende, creio eu, é transportar-nos para a época, contar-nos o que aconteceu e mostrar-nos quem foram as pessoas envolvidas na resolução destes crimes hediondos, em particular o Inspector Moisés Corvo (um nome curioso).

 

O livro poderia tornar-se uma absoluta seca se fosse apenas uma descrição documental da coisa. Mas é aqui que entra um factor decisivo: a escolha do narrador. O narrador é a própria Morte, o que torna o livro muito mais interessante.

 

Moisés Corvo, um polícia agastado com a vida que leva, com um casamento infeliz, com 2 filhos levados pela Morte, que recorre a prostitutas, é o único que parece realmente interessado em resolver o caso do "Vampiro" que anda a raptar crianças, que nunca mais são vistas, e sem deixar qualquer rasto, colocando a própria carreira e vida em risco. O sarcasmo de Corvo, as suas respostas prontas são o que dá algum alento aos momentos mais tenebrosos do livro, que é onde percebemos o que Enriqueta Martí fazia às crianças e porquê. E temos constantemente de nos lembrar que, apesar do narrador peculiar e do sarcasmo de Corvo, não estamos perante uma história ficcionada, e que esta mulher absolutamente horrível existiu mesmo e fez mesmo aquelas coisas, deixando um rasto de corpos enterrados para serem depois encontrados pela polícia, quando foi finalmente apanhada. E, apesar de não ser excessivamente gráfico, é-o suficientemente, para me ter deixado bastante nauseada em algumas partes.

 

É um livro muito crú, muito duro de ler, especialmente para alguém que é mãe, mas é um livro que acabou por me envolver, porque só queria chegar ao fim e ter a certeza de que aquela mulher ia ser apanhada (ainda que não saiba se teve o que mereceu). Como é que é possível que haja pessoas que vêm ao mundo para ser tão más, tão implacáveis e desprovidas de qualquer sensibilidade?

 

Também assustador é ver a fotografia da mulher má, que aparece no livro. Eu juro que se visse a mulher na rua, fugiria a sete pés. Que medo!! 

 

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Em suma, é um livro que me deixou muita inquietação. Se calhar por pensar que continuam a existir por aí pessoas maquiavélicas, capazes dos maiores crimes, em particular contra crianças. E que dá vontade de nos fecharmos em casa e nunca mais deixarmos sair as nossas crianças à rua.

As coisas que os miúdos dizem e que têm graça

Hoje quando fui deixar a Madalena na Escola ela avistou a professora de História ao sair do carro. 

Comentário matinal: "Olha, a minha professora de História! E traz a mesma roupa de ontem, incrível!"

E eu ri-me, e disse-lhe "Ó Madi, então, qual é o problema?"

E fui-me embora ainda a rir.

 

Depois dei por mim a recordar um professor de Francês que tive algures entre o 7º e o 9º ano, a quem demos carinhosamente o nome de "O Porco".

Porque o senhor andava quase sempre com a mesma roupa e a parte pior não era essa. Ele usava normalmente uma camisa com um pullover fino por cima e um casaco tipo blazer. Se estivesse mais calor não usava o pullover. Mas o que ele tinha sempre, fizesse frio ou calor, era uma camisola interior por debaixo da camisa. E a camisola interior nunca era branca. Era amarela. Não era amarela por ser de cor amarela. A cor era branca. Era amarela de suja. E aquilo metia-nos uma beca de nojo, para não dizer muito. Já para não falar no cabelo absolutamente oleoso, a gritar por água, e o cheiro. Daí ter tido direito a uma bela alcunha. 

 

Por isso, afinal até percebo o comentário da Madalena. Uma pessoa até pode usar a mesma roupa mais do que uma vez, naturalmente. Mas convém sempre é tomar o banhinho. E mudar de cuequita e meias e camisola interior e isso. Especialmente quando a camisola interior deixa de ser branca e passa a ser amarela.