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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

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Peguei neste livro assim que o recebi. Li umas 20 páginas e depois coloquei-o de parte. Não estava a conseguir entrar na história, não me estava a conseguir ligar à personagem Pedro. As primeiras páginas foram complicadas para mim. Pensei que não o ia conseguir ler ou que não ia gostar.

 

Li outros livros pelo caminho e ainda no Sábado voltei a pegar nele. E, não logo as páginas imediatamente a seguir, mas aos poucos fui conseguindo entrar na história, devagar, até que finalmente o livro se entranhou em mim e já virava páginas avidamente e assim foi até ao fim.

Aquela história do primeiro estranha-se, depois entranha-se.

Quando a história entra na parte do manuscrito e de nos dar a conhecer os outros amigos de Pedro, em particular o Alberto, mas todos os outros, os pescadores que deram o mote para a estória contida no manuscrito. Uma história meio sonhada, meio verdade, muito mística, que nos fala sobre espíritos, sobre pessoas que vagueiam pelo mundo pela sua necessidade de se manterem perto da Natureza e de defenderem um pedaço de terra e também perto dos que amam. Uma alerta sobre o problema da deflorestação agressiva e da destruição da Natureza. Uma história bastante fantasiosa, mas que me conquistou finalmente, esta alegoria sobre a importância da terra, de um rio, de uma árvore. Chegamos ao fim sem ter a certeza se foi tudo um sonho estranho, mas sabemos que realmente Alberto se perdeu naquela ilha, sendo que aos poucos vamos percebendo como e porquê. Todos sabemos sobre as forças da Natureza, mas chegamos ao fim e percebemos que por vezes a Natureza pode perder a guerra com o homem. 

 

Ainda que não me tenha conseguido envolver com as personagens no sentido de me identificar muito com elas, consegui envolver-me com a história, com o misticismo e o apelo da Natureza. Se calhar foi com Vitor que mas me identifiquei. 

 

É um livro de um autor brasileiro, escrito em brasileiro, mas que consegui ler bem e do qual acabei por gostar bastante.

 

Recomendo esta leitura!

 

Obrigada, Rodrigo Caiado e Chiado Editora por me terem feito chegar este livro!

 

chiado

 

 

 

Leitura Terminada

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Sobre a autora

Cláudia Santos Duarte

Nasceu a 24 de novembro de 1995, em Lisboa, tendo crescido em Mafra. Os livros sempre a rodearam, e o primeiro castigo de que se lembra é de ter um limite máximo de páginas a ler por dia. Passou depois à escrita, pequenas histórias de uma página, evoluindo depois em número, à medida que a sua idade aumentava. Actualmente encontra-se a tirar uma licenciatura, enquanto tenta combater o medo irracional de conduzir até Lisboa, e tenta diariamente suprimir a sua personalidade inconveniente e por vezes um tanto cómica.

 

Portanto, é aqui uma vizinha (onde será que já nos encontrámos?) e é uma moçoila bastante novinha.

 

Sinopse

"Num mundo outrora belo e cheio de vida, alguém aparece de forma inesperada. Recebendo ameaças de uns e ajuda de outros, vai conseguindo descobrir mais sobre o estranho motivo da sua chegada. 

Decorrendo em apenas seis pisos, entre correrias e a furtividade, esta é a história de alguém que se vê envolvida numa situação de contornos emocionantes.

 

Recebi este livro da Chiado Editora na sexta-feira, peguei-lhe no Sábado de manhã e foi daqueles livros de uma dentada só, até porque é um livro bastante pequeno (tem umas 88 páginas). 

Não consigo fazer uma review muito elaborada do mesmo. O livro é pequeno e é confuso, como o próprio título indica. Fala de um suposto local perfeito que a dada altura virou um caos porque se perdeu o equilíbrio e cabe à personagem principal restaurar o equilíbrio. É mais um pequeno conto. Eu diria que é um sonho estranho passado para papel. Contado de uma forma emocionante, mas pouco original em termos de nomes das personagens e, por ser tão curto, tem alguma falta de enquadramento e de contexto e não temos tempo nem espaço para nos envolvermos com as personagens. A acção decorre maioritariamente num elevador e em escadas, porque há imensa dificuldade em chegar onde se pretende. 

Foi um livro que me entreteve durante uma hora e pouco, mas acredito que é uma jovem autora com algum potencial para um dia poder escrever uma história bem mais elaborada e com personagens mais complexos. 

Não é que não tenha gostado do que li, mas foi demasiado curto para me sentir envolvida pela história.

 

Obrigada, Chiado Editora por me darem a conhecer mais uma jovem autora. 

 

chiado

 

 

Leitura Terminada

Sobrevi, pessoas, ao meu primeiro livro de fantasmas, de terror e o coiso!

 

 

Esta história envolve-nos imediatamente, desde logo se cria uma simpatia com as personagens principais, uma família jovem com uma filha adorável.

Depois vem a empatia com o desaparecimento de Naomi na véspera de Natal em Londres, na loja Hamleys, uma loja onde também me perco sempre que lá entro numa ida a Londres, mas por outros motivos.

E a tristeza com a descoberta do corpo de Naomi, brutalmente assassinada.

Depois começam os arrepios na espinha, os pêlos sempre em pé, o coração acelerado. Os misteriosos sons na casa, o fotógrafo com as fotografias chocantes, as sensações demoníacas.

 

Uma noite estava na sala a ler, com a Zoe ao colo e o Semi-Deus por perto. Ele saiu da sala e pensei que tivesse ido ao wc. Depois dei conta de que tinha ido para a cama e mo disse, mas não ouvi porque estava embrenhada na leitura. E fui a correr para o quarto depois de colocar a Zoe rapidamente na cozinha. Não podia ficar ali sozinha com uma cadela que ia andar aos saltos e pedir festas se me aparecesse um fantasma, credo!!

 

Bom, a dada altura achei que a história ia ter ali um desfecho entre o filme The Ring e O Sexto Sentido, umas almas penadas que só precisavam de contar a sua história para poderem descansar. Mas foi completamente surpreendente o desfecho e gostei disso.

 

O que mais tinha medo com este livro era ser tudo muito grotesco, demasiado chocante, demasiados momentos em que desse por mim a saltar, a gritar ou a fechar rapidamente o livro. Mas não. A maestria da escrita está na discrição. Na subtileza. Há medo, há susto, há arrepios, há tremuras, mas há toda uma classe na escrita que torna o livro especial. O autor é um gentleman que quase nos pede licença para nos assustar. Thank you for that!

 

Portanto, foi um bom primeiro livro para este género, mas agora preciso de outras leituras que não me façam voltar um pouco aos ataques de ansiedade. É que a dose de Victan está a acabar! :-):-):-)

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Sempre boas as manhãs...

...em que uma pessoa vai tirar o puto da cama para ir para a escola e há xixi até ao pescoço e é preciso dar banho (com fita a condizer porque não quer tomar banho e quer ir para a escola a cheirar a xixi) e tirar a roupa da cama e pôr tudo a lavar juntamente com o pijama e tudo e tudo.
Uma pessoa já corre pouco de manhã para se despachar.
Fraldas, mas é!

PS - depois não há-de uma pessoa ter de pintar o cabelo

Nova Leitura

"Tormented by grief after his four-year-old daughter is murdered, Charles hears sinister whispers as he tries to discover the truth about Naomi's death. But long-buried secrets threaten to take Charles to a place where he could lose his very soul."

No que estou a meter! Aguenta, coração...😐

Leitura Terminada

Como vos referi anteriormente quis ler este livro porque me fez lembrar “Os Filhos da Droga” um livro que li na minha adolescência e que tanto me marcou. Aqui a temática era o álcool. Acompanhamos a história de Hannah mas, ao contrário do que acontece no “Os Filhos da Droga” o relato não é feito na primeira pessoa, mas sim por vários amigos, familiares e profissionais de saúde e outros que contactam com Hannah em diferentes momentos e situações e são eles que nos vão dando o desenvolvimento da história. Confesso que quando vi o índice de capítulos pensei “mas é preciso tanta gente? Isto vai ser muito superficial”. Mas até fizeram todos sentido e foi uma forma muito interessante de contar a história. Hannah apenas escreve na primeira pessoa no capítulo final, em que nos deixa em suspenso sobre qual terá sido o desfecho da sua história. Todas as pessoas envolvidas de uma forma ou outra contribuíram para conhecermos melhor a personagem principal e houve personagens de quem gostei mais do que outras (como é natural). Achei muito importante o papel de Sophie e dos seus pais, as pessoas que mais deram a mão a Hannah, mas achei os pais dela uma decepção como pessoas e como pais. E se calhar faltou-me um bocado mais de presença dos pais na história. A distância dos pais foi, provavelmente o que levou Hannah a se perder no mundo do álcool e assim foram ao longo do livro…distantes. “Os Filhos da Droga” é um livro muito mais chocante, muito mais descritivo e muito mais gráfico. Lembro-me de muitos momentos em que tinha de suspender a leitura e fazer uma pausa para evitar vomitar (sim, vomitar, que aquilo era pesado para o estômago). Este livro é muito menos assim, é mais psicológico e emotivo, mas não achei tão pesado (talvez pelo facto de ser criado aquele distanciamento da personagem principal ao termos a história contada por outras pessoas). É um livro que nos lembra o problema do álcool em Inglaterra. Os hábitos de bebida dos ingleses são conhecidos e deve haver muito mais alcoolismo do que pensamos. O facto de os jovens ingleses serem altamente reprimidos também é capaz de ajudar para isto. Quanto mais reprimidos são, mais vontade têm de experimentar o fruto proibido. Mas é chocante a facilidade com que menores de idade conseguem ter acesso a bebidas alcoólicas. E também há o que me parece uma “doença” genética ou a maior propensão para o alcoolismo quando há outros elementos da família que mostram como é bom beber com regularidade (o pai da Hannah também gostava da pinga, assim como o seu tio – irmão do pai, sendo que este para além do álcool teve um problema com as drogas). Anywhoo, foi um livro que adorei ler e que me alertou para os perigos e os sinais do alcoolismo, ainda que em alguns momentos me tenha faltado um pouco mais de contexto e de conteúdo.

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