Leituras Terminadas
E
Ele é o único homem que a fez sentir-se viva.
Mas também é aquele que a poderá destruir.
Lara Jean sempre teve uma vida amorosa muito atribulada, pelo menos na sua imaginação. Ela jamais imaginou que as cartas que escreveu a despedir-se dos rapazes por quem se apaixonou, mas a quem nunca teve coragem de confessar o seu amor, chegassem às mãos dos seus destinatários. E por causa disso meteu-se numa grande confusão. Para escapar à vergonha, começou um namoro a fingir com o Peter Kavinsky.
Lara nunca esperou apaixonar-se a sério pelo Peter. E por isso está mais confusa do que nunca.
Agora, ela terá de aprender a estar num relacionamento que, pela primeira vez, não é a fingir. Porém, quando um outro rapaz do seu passado reaparece na sua vida, Lara percebe que também nutre por ele sentimentos mais profundos. Será possível uma rapariga estar apaixonada por dois rapazes ao mesmo tempo?
Uma história dedicada e encantadora, que nos mostra que o amor não é fácil, mas que é por isso mesmo que é tão fascinante apaixonarmo-nos.
É o chamado ler dois livros de uma dentada só. Porque o segundo livro começa exactamente no ponto onde termina o primeiro. E foi um chamamento. Assim que acabei o primeiro peguei logo no segundo no mesmo dia.
Nestes dois livros acompanhamos a história de Lara Jean naquilo que é o seu desabrochar para a adolescência. Percebemos que desde cedo foi tendo paixonetas, mas chega aquela altura em que descobre o primeiro "amor", o primeiro beijo mais a sério. É um young adult mais "young", se é que me entendem. Não é daqueles young adults que me arrebatam, mas foi um young adult que, apesar do pouco conteúdo, de uma situação ou outra por vezes mais disconexa do resto, me fez criar empatia com a personagem principal e com a sua família. O Peter não seria a minha escolha. Seria giro para um primeiro beijo e umas primeiras borboletas na barriga, mas depois sinto que lhe falta o resto e por isso, no segundo volume a minha escolha seria outra.
Mas estes livros valem por nos transportarem para a altura em que tinhamos 14, 15 ou 16 anos e nos apaixonávamos todos os dias por alguém. Aquelas paixões platónicas que nem confessávamos a ninguém porque nem valia a pena de tão efémeras que eram.
Valem por nos lembrarem da altura em que eramos mais inocentes, ingénuas e em que acreditávamos que o amor era aquilo e chegava.
Acabei por me deixar envolver por isso, não tanto pelo conteúdo, mas mais pela inocência e pela ternura que me fizeram sentir, ainda que possa questionar as escolhas feitas, mas cada um faz as suas.
Não sei se existe um terceiro volume. Gostava que houvesse porque sinto que Lara Jean precisa de outro tipo de arrebatamento, precisava de ter um outro tipo de primeiro namorado.
São leituras rápidas de escrita ligeira, mesmo boas para aproveitar uns dias de folga ou um fim-de-semana com menos sol, mas não esperem daqui um young adult daqueles de fazer bater desalmadamente o coração.