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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Em dia de aniversário, vou gastar dinheiro em livros!

A Wook e a Saída de Emergência enviaram-me vales de 5€ de desconto cada.

 

Na Wook já escolhi um livro. Infelizmente não era o que queria porque me queira já atirar a uma novidade, só que tinham de ser livros editados há mais de 18 meses e com valor igual ou superior a 20€. Por isso escolhi um que estava na wishlist já há algum tempo.

Na SdE não tinha a restrição da publicação, e era para valor superior a 15€. E escolhi um livro que já me tinha ficado na mente há uns tempos, até porque recebi recentemente duas novidades da SdE.

 

Quando os receber mostro-vos quais são!

 

 

 

 

 

 

Educar um rapazinho...

Não se deixem enganar pelo título. Educar uma rapariga também não é fácil.

 

Mas, como mãe, em certas coisas sinto um desafio muito maior na educação da cria mais pequena, por ser rapaz.

 

Apesar de ser um rapagão de tamanho e um bocado abrutalhado, é um bebezão ao mesmo tempo (e acabou de se vir enfiar na minha cama e de adormecer aqui ao meu lado, porque eu sou "fofinha para abraçar").

 

Sinto que em alguns momentos é díficil lutar contra aquilo que a sociedade tradicionalmente considera ser a forma de educar um rapaz e aquilo que eu acho correcto.

 

Há quem ache que educar um rapaz é perguntar-lhe com frequência "que é isso que tens aí no meio das pernas?" (como quem diz, tens aí um grande material, mesmo como o pai, é só orgulho e vamos ensinar-te a pensar com esse órgão), ensiná-lo a não respeitar as raparigas e a abusar delas, a andar constantemente à porrada e, claro, rapaz que é rapaz tem de gostar de jogar à bola. Se não gostar de jogar à bola ou não tiver grande queda para a coisa, é porque não é lá muito normal.

Idealmente um bom rapaz é aquele que é educado para se tornar um belo burgesso enquanto adolescente e homem feito.

Nada como um homem que coça a salada em público, que cospe para o chão, que diz todos os impropérios inventados enquanto vê um jogo de futebol e que se vira para uma rapariga por quem passa na rua e diz "eh lá, isso é tudo teu?" para começar.

 

Pois, mas é nestes pontos que me bato muito. Não quero educar o meu filho rapaz a ter comportamentos de rapariga, obviamente, mas detesto pensar na ideia de educar um pequeno burgesso. Tem de haver aqui um equilíbrio possivel!

 

Porque normalmente as crianças são um reflexo dos pais, do que escutam, do que vêm e depois de serem formatados dessa forma será difícil mudar.

 

Pois, os pirralhos cá de casa, apesar dos diferentes sexos, têm em si ambos uma componente artística e criativa bastante forte.

 

A Madalena adora dançar hip-hop e tem imenso jeito e quer muito seguir teatro. Finalmente este mês conseguimos desencantar um grupo de teatro, pelo que isso está encaminhado. E canta muito. Ela pensa que eu não dou conta, mas já a ouvi cantar e fico de coraçao cheio. Só não me lança aquela voz mais para fora por vergonha...o que me irrita.

 

O Marcos, adora dançar Zumba, adora música e cantar (mas sempre baixinho que é para ninguém ouvir), ao mesmo tempo que adora fazer Kempo ou correr e dar toques numa bola (sendo que este nunca foi o seu maior interesse).

 

No meio do que escrevi, quantos pais ficaram escandalizados com a parte da Zumba e deixaram de ler o resto?

É porque ele não adora dançar Zumba em casa. Ele pratica Zumba como uma das actividades no ATL que frequenta, da mesma forma que pratica Kempo.

Inicialmente só o iamos inscrever no Kempo, porque era o que tinha pedido, mas nas férias de Verão no ATL teve aulas de Zumba e a timidez foi só na primeira aula, depois foi sempre para a linha da frente e vinha do ATL com a felicidade estampada no rosto por fazer algo que descobriu adorar.

Quanto começou o ano lectivo, era suposto deixar de ir à Zumba, mas assim que via aparecer a professora (que por acaso é uma das minhas professoras de Zumba) lá ia ele a correr colar-se à aula, "ah e tal, mas eu quero fazer" e ninguém o conseguia mandar embora.

 

Conclusão, disse-nos com todas as letras que queria que o inscrevessemos nas duas actividades "porque eu gosto muito do Kempo mas adoro Zumba e quero continuar a fazer".

 

Continua a ter imensa vergonha em dançar à nossa frente, da mesma forma que nunca quer cantar, da mesma forma que a irmã dança às escondidas o hip-hop ou só canta quando acha que não estou a ouvir.

 

Mas choca-me saber que o Marcos é o único rapaz no ATL que vai à aula de Zumba, o resto são raparigas. 

Se é porque nenhum outro rapaz gosta de Zumba? Não! Há outros meninos que adoram dançar Zumba, mas são obrigados a ir ao Kempo, porque é a única actividade mais máscula que o ATL tem e onde a maioria dos pais permite a inscrição dos filhos. Porque macho não dança. Mesmo que a criança peça muito.

 

E eu acho isto uma tristeza.

Já devíamos estar tão mais avançados nisto!

Porque raio fica uma criança impedida de fazer uma actividade que adora só porque não é máscula o suficiente?

É que se for uma filha a gostar de jogar futebol isso já é fixe, porque as raparigas também podem jogar (ainda que joguem mal e não cheguem aos calcanhares de um rapaz, segundo dizem). Porque continua a ser futebol.

 

Parece que os rapazes estão condenados a uma carreira futebolística, nem que seja na equipa dos Alguidares de Baixo, só para encher de orgulho um pai que verá a sua virilidade afectada por ter um filho que prefira aprender música ou dança ou teatro.

 

Eu então só peço que o meu filho queira experimentar coisas diferentes, sejam desportos, sejam actividades mais artísticas, tudo menos futebol. 

O ambiente que vivem crianças que jogam futebol é absolutamente horrível e sujeitar uma criança a esses ambientes devia ser crime. Um ambiente onde pais e mães se pegam pela competição, pelo "o meu filho é que é o maior" e o pior de tudo são os pais que vão ver um jogo de um filho para passarem o tempo a chamar-lhe todos os nomes, desde maricas, a "és um zero à esquerda", "és um merdas", só porque não marcam um golo ou perdem um passe. Acho vergonhoso!

 

Podem vir para aqui dizer que o meu filho está a ser educado como uma menina porque tinha mais era de passar o fim-de-semana a correr atrás de uma bola. 

Eu quero deixar o sangue artístico dos meus filhos correr-lhes nas veias, seja como um hobbie seja um dia mais tarde como algo que queiram mesmo fazer a sério.

Eles serão felizes a fazer algo que gostam e não algo que nós insistimos que façam, só porque a sociedade o exige ou para compensarem alguma frustração que temos.

Alguns pais colocam nos filhos uma pressão rídicula, porque querem que eles sejam capazes de alcançar sonhos e objectivos que os próprios nunca conseguiram.

 

Portanto, sim, a cria pequena faz Zumba, a cria gaja faz teatro e hip-hop e um dia mais tarde podem querer experimentar outra coisa e logo se vê. Cortar as pernas a talentos inatos para certas coisas é que é uma estupidez.

 

Já basta a escola para os formatar e vir exigir que sejam todos bons a fazer o mesmo. São competências importantes, com certeza, e são as bases para o futuro. Mas a vida é tão melhor com música e dança, por que não ter o melhor dos dois mundos?

Novidades na caixa do Correio #2

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Se há coisa que eu curto é ir aos CTT e vir de lá com uma pilhazinha de livros debaixo do braço!

 

Estes foram-me enviados pela Quinta Essência. Um deles é assim a dar para o picante, mas foi-me recomendado pela editora (parece que é um livro que vai dar que falar). O outro é uma novidade de Trisha, mesmo, mesmo bom para quando chegar o frio, o tempo das mantinhas no sofá e do cházinho e da árvore de Natal...já me estão a perceber, certo?

 

 

Memórias de Uma Cortesã

 

Uma odisseia sexual na cidade de Londres do século XVIII.
 
A jovem Tully chegou a ser a mulher mais desejada de Londres. Agora, todos disputam os melhores lugares para assistir à sua execução. Ela sabe que tem apenas uma hipótese de escapar à forca. Para tal, tem de conseguir contar a história da sua vida à única pessoa capaz de a salvar.
 
Nas catacumbas da prisão de Newgate, Tully aguarda... E escreve com a emoção de quem luta pela vida. Casada à força aos doze anos para saldar as dívidas de um pai alcoólico, consegue escapar apenas para ser despachada para o bordel mais sumptuoso da cidade, onde descobre a sua vocação como cortesã. Tully Truegood é órfã, cortesã e aprendiza de um feiticeiro. Será também assassina?
 
Pleno de erotismo e realismo mágico, Memórias de uma Cortesã é uma magnífica viagem ao submundo londrino do século XVIII. 

 

 

 ** acho que já estou a corar...zzz...uma odisseia sexual...ó meus amigos, zzz...**

 

 

Chá e Corações Partidos

 

Alice Rose foi abandonada na agreste charneca do Yorkshire quando era ainda bebé. Os anos que se seguiram não foram muito melhores, pois, apesar de ter sido adotada por um padrasto carinhoso, a madrasta sempre nutriu por ela um sentimento de raiva. Já em adulta, a tragédia volta a assolar a sua vida...
 
Sozinha no mundo, Alice decide regressar a Haworth, a terra da sua infância. Ocupa um pequeno estabelecimento, acalentando o sonho de finalmente assentar e abrir um salão de chá. Mas a vida parece ser sempre uma provação, e o arranque é tudo menos tranquilo... Felizmente tem a escrita (para a confortar) e um vizinho grego, o belo Niles (para a distrair). Mas com tanto a seu desfavor, conseguirá algum dia ser verdadeiramente feliz?
 
 

 

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Novidades na caixa do Correio #1

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Chegado há alguns dias, em lista de espera para logo que seja possível!

 

Sinopse

 
Para Ronit, uma jovem solteira a viver em Nova Iorque, o Judaísmo Ortodoxo no qual foi educada é uma religião sufocante de que fugiu há muito tempo. Quando descobre que o pai, um estimado rabi da comunidade judaica de Londres, faleceu, decide regressar a casa pela primeira vez em anos.
O seu regresso confronta-a com memórias de infância. As amizades e os amores que formou na adolescência voltam para a assombrar e lembram-na, de forma dolorosa, que não só é uma estranha na sua própria casa, mas também uma ameaça à tradição.
Dividida entre os seus desejos pessoais e a obediência a Deus, que escolha resta a Ronit? Uma vida de conformismo… ou desobedecer a tudo o que lhe foi ensinado desde a infância?
 
 
 
A autora foi vencedora do Baileys Women’s Prize de Ficção 2017 e esta sinopse deixou-me bastante intrigada!!
 

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PS - sim, eu tenho uma capa de edredon com bolinhas, e almofadas com bolinhas e lençóis com bolinhas. :):)

 

 

Saída de Emergência ** Moonspell presentes no Festival Bang!

O Festival Bang! está a chegar, é já este sábado dia 28 de outubro, no pavilhão Carlos Lopes!!


Para além da presença Anne Bishop autora de sagas como Os Outros ou As Joias Negras, também os Moonspell irão estar presentes.

Os Moonspell vão revelar, pela primeira vez, alguns dos detalhes da biografia da banda, escrita por Ricardo Amorim e a ser publicada pelas edições Saída de Emergência em 2018.


Este momento único inclui ainda a leitura de alguns excertos da biografia, em exclusivo e ainda antes do lançamento da obra, no final desta sessão haverá a oportunidade de assistir a um show case da banda.

 

 

 

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Saída de Emergência ** Assassin´s Creed – Heresia - já em pré-venda com uma oferta especial

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Assassin´s Creed - Heresia + Oferta

Christie Golden  

Este produto tem como oferta o livro Assassin´s Creed - União

 

Simon Hathaway, membro da Ordem Templária, traz uma visão diferente ao seu novo papel como líder da Divisão de Pesquisa Histórica das Indústrias Abstergo. A sua curiosidade é insaciável e está fascinado com a possibilidade de experienciar a História em primeira mão através do seu antepassado Gabriel Laxart, que lutou ao lado da lendária Joana d’Arc.

Mas quando acede ao novo Animus, um projeto que lhe permite reviver a memória genética do seu antepassado, Simon descobre que não está preparado para as descobertas surpreendentes que revelam o conflito entre Templários e Assassinos, e que irão ter um impacto perigoso no seu presente… e no de toda a Ordem Templária.
O que fará Gabriel Laxart pela mulher que ama e reverencia? E estará preparado para enfrentar a verdade mais perigosa de todas sobre quem é o herético e quem é o verdadeiro crente?

 

 

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Wook ** Vencedor do Man Booker Prize 2017

Provavelmente já sabem disto, mas eu tenho andado com as coisas atrasadas aqui pelo blog por falta de tempo e de cabeça.

 

Ainda assim, vamos aqui assinalar isto.

 

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SINOPSE
 

Lincoln no Bardo é o primeiro romance de George Saunders. Nestas páginas, o autor revela-nos o seu trabalho mais original, transcendente e comovedor. A ação desenrola-se num cemitério e, durante apenas uma noite, a história é-nos narrada por um coro de vozes, que fazem deste livro uma experiência ímpar que apenas George Saunders nos conseguiria dar. Ousado na estrutura, generoso e profundamente interessado nos sentimentos, Lincoln no Bardo é uma prova de que a ficção pode falar sobre as coisas que realmente nos interessam. Saunders inventou uma nova forma narrativa, caledoscópica e teatral, entoada ao som de diferentes vozes, de modo a fazer-nos uma pergunta profunda e intemporal: como podemos viver e amar sabendo que tudo o que amamos tem um fim?

 

No site da Wook podem encontrar tanto a versão portuguesa como inglesa deste livro. É só questão de escolher a vossa favorita.

 

É um livro que vou querer ler um dia, sem dúvida...

 

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