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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Cenas

Eu ainda não sei o que vou cozinhar no Natal e já há malta a fazer o balanço do ano e planos para o ano seguinte!

Incrível!

 

Para já hoje tenho de aguentar o dia com dores de garganta e no corpo todo e gostaria de conseguir lavar e enxugar roupa no fim-de-semana.

 

Nova leitura

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SINOPSE
 

O que faria se descobrisse que a sua vida não é sua?

Louise tem tudo para ser feliz. Gere um café que adora numa ilha dinamarquesa, onde mora com o namorado, Joachim. E Louise é, de facto, feliz. Até ao dia em que um homem entra no café e vira a sua vida do avesso. Trata-se de Edmund, que jura que Louise se chama, na verdade, Helene, e é a sua mulher, desaparecida há três anos. E tem provas…

Depressa se torna evidente que Louise não é quem julga ser. É, sim, Helene Söderberg, herdeira de uma vasta fortuna, proprietária de uma grande empresa, mãe de dois filhos pequenos e casada com um marido dedicado. Mas há perguntas que permanecem sem resposta. Porque é que ela não se lembra de nada? Quais são os seus planos para o futuro quando desconhece por completo o passado? 

Conseguirá recuperar o amor dos seus filhos? E os sonhos que partilhou com Joachim?
Obrigada a retomar a sua vida misteriosamente interrompida, Helene é posta à prova de uma maneira tão brutal quanto comovente. Mas no seu coração continua a existir um lugar especial para Louise, a mulher que, por momentos, viveu a vida dos seus sonhos.

 

 

Este livro apareceu-me de surpresa na caixa de correio como prenda de aniversário atrasada da minha primocas!

E fiquei histérica quando li a sinopse. 

Aberto o embrulho e passado o momento histérico, o livro ficou na mesa de cabeceira, nem sei porquê. Não estava previsto pegar-lhe já, tinha planeado começar o novo livro da Trisha. Mas, quando terminei o último livro foi automático o gesto de pegar neste e começar a ler, sem pensar quase. Já lá vão quase 100 páginas em 2 dias, lidas já em modo pijama, cama e muito sono.

A minha ideia é devorá-lo avidamente ainda a tempo de pegar na Trisha mesmo na altura do Natal.

Leitura Terminada

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Recordo a sinopse.

 

Uma autora nova, uma temática nova, um livro pequeno e que, infelizmente me demorou algum tempo a ler. Enfim, uma pessoa faz o que pode com tanto multitasking!

 

Este livro conta-nos a história de Ronit, uma rapariga solteira a viver em Nova Iorque, mas que foi educada na religião do Judaísmo Ortodoxo, uma religião sufocante que a fez viver grande parte da vida em conflitos com o pai, o rabino da comunidade onde vivia e um dia fugir para nunca mais voltar.

Até que um dia o pai morre e Ronit acaba por dar consigo de volta a Hendon ao fim de muitos anos. O que mais queria eram os castiçais de prata que tinham pertencido à mãe (o que mostra bem o quanto era desligada do pai). Mas encontra também pessoas do seu passado. Pessoas que esperava estarem iguais e estavam diferentes, pessoas que esperava estarem diferentes e estavam iguais. 

No judaísmo ortodoxo as coisas mantêm-se inalteradas durante muito tempo, como se o tempo parasse sobre os locais e as pessoas, porque é assim que vivem a vida. Extremamente agarrados a um conjunto alargado de regras rígidas que lhes dizem tudo o que devem fazer e como se devem comportar.

Comportamentos desde a alimentação (a alimentação kosher preparada em cozinhas kosher), a comportamentos para com as mulheres (quando menstruadas não podem dormir com os maridos, dormem sozinhas, e depois de alguns dias de passar a menstruação têm de ser purificadas - mikvá -  e só depois é que podem voltar a dormir no quarto com os maridos), a divisão nas sinagogas entre mulheres e homens, com áreas distintas e papéis distintos para ambos, o silêncio esperado por parte das mulheres, seres não pensantes que basicamente existem para cuidar da casa e da comida e dos filhos e deixarem os homens em paz para pensar, porque apenas os homens são considerados eruditos e precisam de muito tempo e paz de espírito para estudar profundamente todos os mandamentos da Torá, o que devem vestir e por aí fora.

Uma das pessoas que volta a encontrar é Esti, mulher de Dovid, o pretendido sucessor do falecido rabino. O que é um choque, pois Esti fez parte da sua infância e adolescência e fica chocada por saber que tem uma relação heterosexual.

Ronit sente-se uma estranha na comunidade, continua a sentir que não pertence, continua a sentir a sua não aceitação pela maioria dos membros da comunidade, porque é diferente, rebelde, desobediente, tal como o foi na adolescência.

Depois de Esti manifestar o seu contentamento com o regresso de Ronit, descobre que Ronit a deixou no passado e não pretende continuar no ponto onde ficaram.

E, no fundo, tudo volta ao lugar que pertence. 

É uma história que alterna entre uma narrativa mais descritiva sobre as questões relativas à religião e um diálogo com as personagens principais, com algum foco na descrição de emoções e estados de espírito. 

É uma história que pensei que fosse tomar um rumo diferente, mas que ao mesmo tempo não me chocou que o rumo tivesse sido aquele. Porque quem vive acomodado numa religião sufocante, é assim que se vai manter e quem nunca se sentiu integrado volta ao seu lugar, ainda que Esti manifeste no final alguma desobediência em relação a algumas regras o que, apesar de inicialmente ser chocante (porque era uma dessas mulheres perfeitas por ser tão obediente e silenciosa), até veio introduzir pequenas mudanças na comunidade.

 

Achei um romance bastante original na forma como foi escrito. A escrita não é nada densa e consegue transmitir muito bem as emoções e as descrições sobre a religião são ao mesmo tempo detalhadas, mas nada densas ou confusas ou aborrecidas.

 

Apenas duas citações que assinalei, entre várias outras, e que vos deixo aqui:

 

"Quanto mais poderosa é uma força, quanto mais sagrado é um lugar, quanto mais verdade existe no conhecimento, mais estas coisas devem ser privadas, profundas, acessíveis apenas áqueles que trabalham para as alcançar. É por isso que os textos cabalísticos devem incluir erros, para que só aqueles com sabedoria suficiente possam penetrar os seus mistérios. É por isso que uma mulher esconde as suas visitas ao mikvá até da sua amiga mais chegada, para que os seus tempos e marés interiores permaneçam sigilosos. É por isso que os rolos sagrados da Torá estão envoltos em panos de veludo. 

Não devemos apressar-nos a abrir portas, a deixar que a luz incida sobre locais reservados. Pois aqueles que já viram os mistérios secretos falam-nos não só de beleza mas também de dor. E é melhor que certas coisas não sejam vistas, e que certas palavras não sejam ditas."

 

"Aqui, não toleramos o espancamento de mulheres, ou a mutilação genital, ou homicídios para lavar a honra. Não exigimos que as mulheres se cubram da cabeça aos pés, ou que andem de olhos baixos, ou que não apareçam em público desacompanhadas. Somos modernos. Vivemos vidas modernas. Apenas exigimos que as mulheres se mantenham nas áreas que lhes são atribuídas; as mulheres são reservadas, enquanto os homens são figuras públicas. A conduta correcta para um homem é o discurso, enquanto a conduta correcta para uma mulher é o silêncio." (Ronit)

 

Recomendo vivamente esta leitura e agradeço à Saída de Emergência pelo envio de um livro tão interessante!

 

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Amanhã é dia de Momentos Wook!

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Digam lá! Ainda vos falta comprar um presente de Natal para a mãe, para a tia, para a prima, para o mano, para uma amiga? Estão sem grandes ideias? Ah, já compraram os presentes todos! Boa!

E para vocês próprios, compraram um presente? Também merecem!

Ofereçam ideias num papel. Aproveitem os Momentos Wook que os livros ainda chegam a tempo de serem colocados debaixo da Árvore de Natal!

 

Espreitem tudo aqui!

 

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Orientação mental

To do list, notes to self (mas que publicando-as aqui espero que ajude a conseguir organizar-me):

 

- escrever aqui revisão sobre última leitura terminada e enviar informação para respectiva editora

- escrever aqui sobre a nova leitura (em curso)

- começar a pensar sobre as comidas para o jantar e almoço de Natal, incluíndo sobremesas, para depois também fazer a lista das compras necessárias a fazer (como este ano não tenho férias no Natal, vai ser coisas de última hora, mas pronto, é o que há)

- escrever aqui sobre novidades editoriais

- preparar a minha lista de leituras de 2017 e indicar o livro favorito (tarefa já iniciada)

- organizar algumas roupas em casa (minhas e dos miúdos), porque as gavetas e roupeiros andam um bocado em modo confusão

 

Entre outras coisas que agora não me lembro.

Faltam uns 10 dias para o Natal....

 

 

 

 

 

 

Coisas que me acontecem todos os anos

Quando chega o tempo frio nunca sei onde estão os gorros e os cachecóis dos miúdos.

Quando chega o calor, nunca sei onde estão os bonés/chapéus de sol.

 

Sou o cúmulo da organização, eu sei! Um orgulho.

Bom, os putos às vezes também enfiam as coisas sabe Deus onde.

 

Mas são coisas que deviam vir com um sistema qualquer, tipo uma pessoa ligava para um número e o objecto começava a tocar onde quer que estivesse. Isto agora com a IoT não se admite, chapéus e gorros perdidos...