Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Saída de Emergência ** Às vezes, o assassino vence...

sde2.JPG

 

Sinopse

Às vezes, o assassino vence... 

A agente especial do FBI Rose Blake enfrentou o mal e sobreviveu. Assombrada por uma desastrosa missão infiltrada, Rose não consegue esquecer a memória do seu encontro cara a cara com um cruel serial killer – que continua em liberdade e pode atacar a qualquer momento.

A chamada para investigar um incêndio com possível mão criminosa que causou uma morte é uma distração bem-vinda. Este é um caso que normalmente não é atribuído ao FBI, mas nada neste crime é comum, e Rose teme o pior: que um assassino impiedoso tenha executado o crime perfeito. Um criminoso com uma imaginação aterradora e a inteligência para se manter sempre um passo à frente. Ela sabe apenas uma coisa sobre ele: que vai voltar a matar.
 
 
 
Hum, interessante!!!

 

SDE.jpg

 

 

Leitura Terminada

26815522_10211155835552578_7480624217326404747_n.j

 

Sinopse

Toda a gente tem segredos...

Tudo aconteceu há trinta anos, e Eddie convenceu-se de que o passado tinha ficado para trás. Até ao dia em que recebeu uma carta que continha apenas duas coisas: um pedaço de giz e o desenho de uma figura em traços rígidos. À medida que a história se vai repetindo, Eddie vai percebendo que o jogo nunca terminou.

 Um mistério em torno de um jogo de infância que enveredou por um caminho perigoso.

 

 

No mesmo dia em que terminei o livro da Luize Valente, peguei neste.

A minha prima encontrou-se comigo na semana passada e trazia este livro para mim, porque eu tinha mesmo de largar tudo e ir a correr lê-lo! Só que eu não consigo fazer leituras múltiplas e também estava muito envolvida no livro da Luize, por isso tive de o terminar primeiro. Terminei-o por alturas do jantar e peguei neste na hora de ir para a cama. Precisava de tirar da minha cabeça aquelas imagens do Holocausto…

Mas, uma pessoa tira um pouco o Holocausto da cabeça e fica com a cabeça completamente minada por esta história e por esta escrita…

Meus amigos, vocês têm de ler este livro!!!!

Não vos vou mesmo contar nada sobre esta história.

Mas o que vos posso dizer é que este livro se lê muito, muito rapidamente.

Acho que foi o primeiro livro que li onde não há uma página que não faça falta. Sabem aqueles livros que chegam a ter mais de 100 páginas que são palha para encher, personagens que aparecem e são apenas um nome perdido ali no meio e não acrescentam nada à história? Pois, neste livro não há nada disso. Todas as personagens são importantes e uma peça relevante neste puzzle. Todas as páginas são relevantes, porque todas são uma peça deste puzzle.

Todas as personagens têm problemas e segredos.

Todas as personagens a dada altura são suspeitas.

Há vários momentos de ficarmos com os pêlos na nuca completamente em pé.

Há momentos confusos. Há momentos de clarividência. Há momentos de surpresa. Há momentos de revelação. Há momentos em que ficam coisas subentendidas.

O ritmo não é frenético, não é um thriller alucinante nesse sentido. Mas é um puzzle psicológico do melhor que já li, porque nos mexe completamente com o cérebro e não conseguimos parar de ler. Não tivesse eu tido outros afazeres, era livro para ser lido num dia só.

O final não foi completamente surpreendente para mim. Em certa medida muito fez sentido. E no que toca mesmo às últimas páginas já desconfiava.

Mas nem isso tira o mérito a este livro.

É brutal! Leiam!!!

 

PS – Vou precisar de um dia ou dois sem ler depois destes dois livros seguidos. O meu cérebro precisar de oxigenar…

 

Leitura Terminada

26904781_10211074480998765_1282285111259197274_n.j

 

Como já aqui referi em ocasiões anteriores, adorei o anterior livro de Luize Valente, “Uma Praça em Antuérpia”. Achei esta autora muito especial, pela forma de escrever, de nos envolver nas histórias e de nos “ensinar” sobre momentos históricos como se estivesse a falar da coisa mais banal do mundo, ainda que os momentos sejam críticos.

Este livro, nesse aspecto, foi igualmente excepcional!

Eu não quero escrever aqui um resumo muito alargado sobre a história, porque facilmente uma pessoa dá por si a contar a história toda, com imensos spoilers.

Digamos apenas que, mais uma vez, saltamos embalados entre o passado e o presente e somos constantemente surpreendidos com o enredo, as personagens, os acontecimentos.

Amália sabe que tem na família um passado do qual os pais se quiseram afastar. Ao interceptar uma chamada entre o pai e a bisavó, com a qual ele não tem contacto há dezenas de anos, fica demasiado curiosa e vai tentar encontrar que passado é esse de que os pais se envergonham. Consegue encontrar a bisavó, que lhe conta algumas partes da história, em particular que o seu avô, Friedrich Schmidt, inicialmente introduzido na Juventude Hitleriana e piloto da Luftwaffe, após um acidente de avião deixa de poder pilotar e são-lhe assignadas outras funções pelo Reich, nomeadamente ir a Auschwitz investigar denúncias sobre desvios de dinheiros e bens do Reich (sacados aos judeus assim que lá chegavam). Ao chegar a Auschwitz tem um rebate de consciência e humanidade ao testemunhar o que lá acontecia e percebemos que salva uma recém-nascida judia, Haya, para quem compõe uma sonata (tinha formação musical) e que desaparece ao tentar salvá-la.

Mas a bisavó não lhe conta toda a história e, entretanto, dá o último sopro, pelo que Amália decide tentar encontrar Haya para saber qual foi a sua história, qual o envolvimento do seu avô com ela e o que terá afinal sucedido com ele. Terá realmente morrido? Será que ainda está vivo? Será o seu avô pai dessa bebé judia?

E é aqui que entramos nesta viagem entre o passado e o presente, onde se misturam terrivelmente bem factos históricos com ficção, onde se dilui a história da família de Haya naquilo que foi uma das maiores vergonhas do século XX.

É um facto que no núcleo desta história está o cenário da II Guerra Mundial, com um foco particular no movimento anti-semita na Alemanha, Hungria e noutras partes do Mundo e, como se depreende pelo título, nos “campos de trabalho”, nomeadamente Auschwitz. Já todos sabemos sobre o assunto, aprendemos nas aulas de história, lemos sobre isso, vimos documentários, quem nunca viu “A Lista de Schindler”?

Só que esta autora tem a capacidade fantástica de nos fazer sentir na pele o que milhares de judeus terão sentido naquela altura, quando se viram capturados e enviados nem sabiam para onde. Essas partes não são fáceis de ler, como podem compreender, em particular as partes sobre as chaminés e o céu permanentemente carregado de cinzas, mas até mesmo as condições desumanas em que viviam até chegar a sua vez de irem para a câmara de gás.

Não é demasiado chocante no sentido de ser algo completamente novo (são factos históricos que já sabemos), mas é muito tocante, porque nos tornamos muito próximos das personagens e só lhes queremos deitar a mão e tirá-los daqueles vagões e daquele lugar onde se ia para morrer.

 

“Quem salva uma vida salva o mundo inteiro”…

 

No meio disto, vamos continuamente sendo surpreendidos por pormenores da história da família de Haya e sobre o que realmente aconteceu com o avô de Amália.

Tive pena de no final não acompanharmos como foi para Amália lidar dali para a frente tendo conhecimento do seu passado. Era bom que tivesse havido um confronto entre Amália e os pais, para que tudo se clarificasse e ficassem todos em paz.

Apesar disso é um livro fabuloso, ao qual dei 5 estrelas no Goodreads, porque não é fácil ler sobre este tema do Holocausto e acho que só mesmo Luize Valente para me fazer ler um livro sobre este assunto de uma forma ávida.

Por muito que ainda não consiga compreender como foi que este Holocausto aconteceu, como foi que existiram pessoas tão loucas no Mundo…e como continuamos a estar entregues a outros loucos por este Mundo fora e sempre na expectativa do que pode vir por aí…

 

Muito obrigada à Saída de Emergência por me terem feito chegar um exemplar deste maravilhoso livro. Espero que venham a publicar futuros livros da Luize Valente que é, sem dúvida, uma autora a conhecer e a seguir!

 

 

SDE.jpg

 

Coisas fáceis são para meninos...

Ontem fomos às compras ao supermercado. O Marcos foi direito à secção dos livros. Queria um livro de actividades. E eu disse-lhe que ele tinha vários em casa e ainda não tinha terminado todos. Ele disse que queria uma coisa mais difícil. Porque no ATL vê os meninos fazerem fichas com coisas difíceis e engraçadas e as dele é só desenhos e coisas para ligar e sublinhar formas (só aqui um parêntesis para dizer há meninos no ATL até aos 12 anos). Lá lhe consegui encontrar uma coisa que lhe agradasse, com letras e algumas pequenas frases. Mesmo assim torceu o nariz, queria mais difícil. Depois mostrei-lhe um do 2º ano, já com imensos textos e frases para completar e o coiso e lá se decidiu pelo outro. Ainda lhe perguntei se queria qualquer coisa de preparação para exames tipo Físico-Química ou assim do 9º. Para já ficou com aquele…

 

Agora no JI estão com uma actividade gira que é o livro vai-vem. Todas as segundas vem um livro novo, para lermos com ele durante a semana e depois no fim faz uma ficha com um desenho do livro e avaliação do mesmo.

Digamos que é ele que nos lê o livro, nós só o ajudamos a ler alguma palavra mais difícil.

 

Sim, a primeira classe é capaz de ser um aborrecimento para ele quando lá chegar...

Tem uma certa graça

Por acaso curto bastante malta que durante anos não se lembra da minha existência, não pergunta se estou viva ou morta, mas depois um dia precisam de alguma coisa e já se lembram que uma pessoa existe, para pedir ajuda e informações e tal e coiso...

 

 

 

 

Sim, eu vi a Super Nanny e vou comentar sobre isso

Porque não ver e comentar seria parvo, certo?

 

Eu tenho uma certa aversão a este tipo de programa dos canais genéricos. Quase nunca vejo nada porque raramente me identifico e tenho coisas mais úteis para fazer.

 

Só fui ver quando percebi: 1º que havia um programa com este nome e este conteúdo 2º porque me apercebi das polémicas em torno do mesmo.

 

O primeiro comentário que me surgiu com este programa foi com o próprio nome. Onde é que aquilo é uma Super Nanny, ou uma Nanny de todo?

 

Nanny em inglês significa ama. Ama é uma pessoa que cuida de uma criança na ausência dos pais, sendo que os pais normalmente deixam a criança entregue aos seus cuidados na casa da ama. Se for na própria casa onde a criança reside, existem as babysitters para tomar conta da criança na ausência dos pais.

 

Só por isso, fiquei logo um bocado de comichão.

 

Então, em suma, o primeiro episódio focava-se numa criança de 7 anos, deliciosamente rotulada como “Furacão Margarida” (mais pontos a favor, isto parece o thriller de um filme) com comportamentos inadequados (birras, bater na mãe, recusa em dormir na sua cama, etc…) e uma grande falta de autonomia em coisas um bocado básicas para a sua idade (não se vestia sozinha, não tomava banho sozinha (obviamente que uma criança desta idade deve ser vigiada, mas deve já saber ensaboar-se e passar o corpo por água), não lavava os dentes sozinha, não comia sozinha, etc…).

 

Naturalmente que as crianças desenvolvem todas a diferentes ritmos, mas há coisas que já seria esperado que uma criança em idade escolar fizesse (porque quando está na escola, tem de comer sozinha, ir ao WC sozinha).

 

E também é natural que os pais, por vezes, não saibam lidar correctamente ou de todo com o comportamento dos filhos (escusam de vir já as Super Mães, que sabem tudo e têm crianças lindas e sempre limpas e bem comportadas, que isso pode ser verdade numa percentagem bem pequena de casos, mas todos sabemos que na maioria dos casos é muita garganta, mas vai-se a ver e não é). Quantas vezes não me passei da marmita, não dei uma palmada, não mandei um berro, não me senti a não saber como lidar com uma certa situação, não chorei por sentir que estava a perder o controlo? Muitas vezes desde logo porque se estiver cansada tenho menos paciência (ah e tal, uma Super Mãe nunca está cansada! Parabéns, eu não sou uma Super Mãe) para as fitas, os revirar de olhos, as respostas tortas, as teimosias e por aí fora. E já tive momentos em que senti que havia problemas para lá da minha capacidade e recorri a ajuda profissional.

 

Não gostei da exposição tão clara de uma criança, em especial em momentos de suposta intimidade familiar e de vulnerabilidade. É demasiado show off, mas infelizmente são estas porcarias que conseguem audiências, é “demasiado bom” ver os outros a fazer figuras tristes. Acho que o programa a funcionar neste formato tinha de ter a cara da criança desfocada, para dizer o mínimo. Ainda que, eles tenham mostrado a casa das pessoas por fora e a localidade onde residiam, e identificando de forma clara a mãe e a avó, quem as conheça identifica a criança. Mas ao menos, para quem não as conheça, a criança ficava resguardada.

 

Depois, há coisas que não são claras. A criança era filha de pais separados, mas não se percebe se tem algum contacto com o pai, em que moldes e qual o tipo de relação.

 

E esta questão teria sido importante para perceber certos comportamentos da criança, que em certa medida me pareceram ter a ver com raiva, confusão, chantagem emocional com a mãe por causa do pai.

 

Muitos pais se calhar identificaram-se com o programa e acharam útil na medida do aproveitamento das dicas dadas pela “Super Nanny” para lidar com os problemas.

 

Não questiono muito as dicas que foram dadas: a criação de limites é essencial para que as crianças saibam onde e como se enquadrar e, mais, para perceberem que gostamos deles, a definição de regras, o reforço positivo, a recompensa, não me choca. Há muitas técnicas para o fazer, mas desde que resulte e se traduza em a criança se sentir amada, apreciada, auto-confiante e que consiga ganhar mais autonomia é tudo bom.

 

Mas havia muitas formas de ter um programa com dicas para os pais de crianças “problemáticas” e esta não gostei.

 

O excesso de exposição da criança, a “Supper Nanny” a avaliar presencialmente as situações e a dar conselhos em frente à criança, mostrando à criança as fraquezas da mãe (podia ter visionado vídeos e falar com a mãe posteriormente), enfim, não gostei de nada daquilo.

 

Eu diria que os pais que aceitaram participar neste programa provavelmente receberam dinheiro para isso e isso ajuda muito com a resolução dos problemas. É melhor a SIC pagar-me qualquer coisa e eu expor o meu filho na televisão do que ter eu de pagar consultas com um psicólogo ou psiquiatra.

 

A “Super Nanny” é na verdade uma psicóloga que, como não pode ir para um programa de TV no seu papel de psicóloga (porque está proibida pela Ordem), se põe numa atitude meio arrogante e de distanciamento e, quando as criticas começaram a chover, pôs-se logo na atitude do “isso é problema da SIC, eu só vim cá receber o meu, não estou cá como psicóloga”. Se não está como psicóloga então não faz falta! Sinceramente, não é uma pessoa à qual recorresse enquanto psicóloga se tivesse necessidade, depois de ter visto o que vi.

 

Não gostei da forma com ela falou com a mãe e com a criança. Demasiado professoral, quando muito daquilo é senso comum. Muito distanciamento em relação à criança. Uma atitude pouco profissional de colocar a mão na testa num “oh meu Deus, nem acredito no que estou a ver” assim um bocado snob. Um bom psicólogo, mais do que bichanar aos pais o que fazer, tem de criar uma ligação com a criança, para conseguir entrar dentro da sua cabeça, perceber os seus problemas e ajudar a resolver os problemas de fundo. Resolvendo esses, o resto vai. Mas é preciso tempo.

 

Por isso, acho que o fórum para resolução deste tipo de problemas não é num programa televisivo com este formato. É abrir os cordões à bolsa e pedir ajuda profissional como deve ser.

 

Até porque chegamos ao fim e a sensação que fica é que houve ali uma ligeira melhoria e depois voltou um bocado ao mesmo.

 

Não estou certa de que tenha ajudado realmente a criança e a mãe/avó. Além de que a criança agora se deve fartar de ser gozada na escola, o que vai ajudar ainda mais a aumentar os problemas.

 

E, pessoas, a sério que compararam este programa com o do César Milan? A sério, que encontraram semelhanças? Nem vou comentar isto…

Pág. 1/3