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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Nova Leitura

Aproveitando um dos dois feriados que ainda posso gozar este ano (vida de quem trabalha feriados portugueses), já que o tempo à tarde se pôs feio e não convidava ao passeio, que melhor coisa do que começar um livro novo?

 

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SINOPSE
 

Uma história de resistência e de determinação sobre a irresistível e duradoura natureza do amor e a fragilidade da vida.

Frank Gold, um refugiado de guerra vindo da Hungria para a Austrália, é apanhado pelo surto de poliomielite que atingiu aquele país em 1954. 

Como tantas outras crianças é acolhido na casa de recuperação Golden Age. 
É aí que encontra Sullivan, que lhe revela a poesia, e mais tarde Elsa. 

Resiste ao abandono e ao isolamento daquele lugar através da poesia e do laço de paixão que o liga a Elsa. 

Nesta casa parada no tempo, as crianças estão sujeitas a regras próprias que fazem de Golden Age um outro país, um terceiro país, onde todos descobrem que estão sós, numa luta de recuperação muito própria.

 

 

Uma novidade da Bizâncio!

 

PS - Quero desde já agradecer à Bizâncio pela edição de um livro com cerca de 250 páginas com uma letra em tamanho decente! Nem sabem o quanto os meus olhos agradecem e já pediam um livro assim. A velhice é tramada e isto de ler constantemente livros entre as 300 e as 400 páginas ou mais, sempre com letra minúscula e pouco espaçada, tem feito os seus danos...

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Leitura Terminada

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SINOPSE
 

"E, depois de escutar a história de Umar, conviver com Safiya e conhecer aquele lado de Mustafa, convenceu-se mais ainda sobre isso. Afinal, eram pessoas com múltiplas emoções e perspetivas, todas elas diferentes, unificadas pela crença em Deus. E era esse o grande traço de separação, a crença."

Num mundo onde os valores morais são postos à prova diariamente, vive Fatumata, adolescente nascida e criada no seio de uma família de muçulmanos, cujas tradições lhe estão marcadas a ferro e fogo no corpo e que vê a sua inocência ser-lhe arrancada da alma, impotente. É na sua crença que vai encontrar a força para escolher um novo caminho para percorrer. Esta é a história do amor, da fé, da vontade e da perseverança, contada pela voz de alguém que acredita.

 

Este livro chegou-me através da Chiado Books.

 

Neste livro acompanhamos a história de Safiya e seu irmão Umar, uma família muçulmana a viver na zona de Lisboa. A história deles cruza-se com a de Fatumata (Fátima), também muçulmana, mas de origem africana.

São todos jovens que se cruzam e tornam amigos e vão viver uma série de peripécias, desde testes às relações de amizade, a descoberta do amor, a descoberta da violência e do ódio, vão viver momentos cruciais que os vão mudar como pessoas.

Também conhecemos uma jornallista, Mafalda, que se vai tentar imiscuir no seio destes jovens para descobrir mais sobre os muçulmanos, de forma a tentar desmascarar os seus podres.

A história situa-se já depois dos atentados terroristas em Hamburgo e da entrada em Portugal de alguns refugiados.

Estas famílias em particular não eram refugiadas. Já viviam em Portugal e a família de Safiya e Umar até é bastante abastada.

Através desta história vamos descobrindo alguns pormenores sobre esta cultura e as diferenças dentro desta cultura (percebemos que, por exemplo, os indianos descriminam os africanos, mesmo os que partilham a religião). Entramos na Mesquita Central de Lisboa, conhecemos restaurantes halal, entramos nas suas casas e conhecemos os seus costumes e formas de estar. Aborda-se o tema do ódio racial. Sugere-se um atentado na baixa de Lisboa levado a cabo por um grupo que se faz passar por jihadistas, de modo a instigar ainda mais ódio contra os muçulmanos. Faz-se notar em todo o livro que os muçulmanos não são todos terroristas. Que os muçulmanos não fazem todos parte do "Estado" Islâmico, nem se identificam com eles. Faz-se notar que vivem a religião da paz e do amor. Também se aborda o tema da mutilação genital feminina. 

Enfim, é um livro com alguma riqueza nesse aspecto, ainda que estivesse à espera de ser mais profundo, mais detalhado.

Ao início custou-me um pouco a entrar na história, mas depois ganhei pedalada e foi uma corrida até ao fim.

Apesar de ter sido um livro que me ajudou a ganhar um pouco de perspectiva sobre este tema, numa altura em que vivemos num constante pânico sobre potenciais atentados terroristas (por mais que não se queira pensar nisso), não fiquei particularmente fã da forma como às vezes o autor fazia as mudanças de cena. Logo no parágrafo abaixo, mudava-se o cenário, entrava-se noutra parte da história. Isso tornava as coisas um pouco confusas. Fazer melhores separações de cena teria sido importante.

Também achei que o autor recorria a algumas bengalas, usando assim uns termos caros que nem sempre se enquadravam muito bem no resto da escrita e depois ainda por cima usava o mesmo termo várias vezes ao longo do livro. 

Mas no geral, gostei da história, como digo, ajuda a ganhar uma perpectiva diferente sobre os muçulmanos, ainda que o final me tenha deixado meio confusa (não percebi bem o final, confesso). Teria gostado de um closure mais claro, de perceber melhor o destino da personagem afectada. Mas se calhar é de mim, que nem sempre gosto de finais abertos. É preciso algum cuidado num final aberto, porque tem de fazer sentido. Se for para deixar tudo meio no ar ao fim de 400 páginas, aborrece-me.

 

Ainda assim, foi um livro que gostei bastante de ler e agradeço à Chiado Books por me ter feito chegar este exemplar.

Se quiserem um livro para entrar um pouco naquilo que é a a cultura muçulmana, este livro é uma boa oportunidade. Apesar de ser uma história de ficção, traz-nos uma luz interessante sobre esta cultura.

 

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É sempre bom conhecer novos autores portugueses e os seus livros

Esta semana recebi um convite no Facebook de um senhor que não me pareceu ser conhecido. Depois vi o perfil e percebi que era escritor. Confirmei na web o seu nome e os seus títulos (uma pessoa às vezes tem de fazer estas coisas, não é?).

Depois aceitei o convite da sua página e, então, o escritor António Parada fez-me chegar a sinopse de dois dos seus livros.

Confesso que não tinha ouvido falar ainda, nem do autor nem dos livros. 

Mas até que fiquei com a curiosidade espicaçada, apesar de não serem bem o meu género literário. Já sabem que livros de fantasia não são bem a minha onda. Mas, quem sabe, se não consigo sair da caixa e ler umas coisas diferentes? Até porque misturam várias coisas para lá da fantasia...

Curiosos? Vejam aqui:

 

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