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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Se julga que tem todas as certezas do mundo em relação ao que o rodeia, pense duas vezes…

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Sinopse

Se julga que tem todas as certezas do mundo em relação ao que o rodeia, pense duas vezes… 

◦ O Chocolate faz borbulhas.
◦ As avestruzes escondem a cabeça na areia.
◦ Não se deve acordar um sonâmbulo.
 
Também acredita nestes mitos? Pois é, a informação que nos rodeia é tanta que nem conseguimos parar para separar aquilo que é mito daquilo que é verdade científica.

Em Cem Mitos Sem Lógica, a jornalista de ciência Sara Sá e o neurocientista Pedro Ferreira mostram como a ciência e a história nem sempre confirmam o senso comum. Afinal, o Universo e a nossa cultura são muito mais interessantes e ricos do que parece à primeira vista.
 
 
 
 
Um livro da Saída de Emergência pela chancela Desassossego!
 
É capaz de nos deixar surpreendidos...
 

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Saída de Emergência ** Guerra Americana por Omar El Akkad

A Saída de Emergência publicou na passada semana Guerra Americana de Omar El Akkad, o romance finalista do The Book Year Award 2017.

 

Este é um romance distópico que abrange temas políticos, económicos e alterações climáticas, com bastante relevância na atualidade. Omar El Akkad, é um jornalista e autor premiado, os seus trabalho incluem despachos da NATO sobre a guerra no Afeganistão, os julgamentos militares em Guantánamo ou a revolução da Primavera Árabe no Egipto.

 

Conheça melhor o autor lendo estas entrevistas:

 

https://www.nytimes.com/2017/03/30/books/boom-times-for-the-new-dystopians.html?mcubz=1

http://www.npr.org/2017/04/02/522194002/american-war-explores-the-universality-of-revenge

http://www.unboundworlds.com/2017/05/conversation-omar-el-akkad-author-american-war/

 

 

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Sinopse

Sarat Chestnut nasceu no Louisiana e tem apenas seis anos quando a Segunda Guerra Civil Americana eclode em 2074. Mas até ela sabe que o petróleo é proibido, que metade do Louisiana está submerso e que drones não tripulados sobrevoam os céus. Quando o seu pai é morto e a sua família é obrigada a viver num campo de

refugiados, ela rapidamente começa a ser moldada por esse tempo e lugar até que, finalmente, pela influência de um misterioso funcionário, se transforma num instrumento mortífero da guerra. A sua história é contada pelo seu neto, Benjamin Chestnut, que nasceu durante a guerra – parte da Geração Milagrosa – e é agora

um idoso a confrontar os segredos negros do passado, do papel da sua família no conflito e, em particular, a importância da sua tia, uma mulher que salvou a sua vida ao destruir a de outros

 

 

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Leitura Terminada

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Este livro fez-me chorar, ficar com um nó na garganta e morrer de medo pelos meus filhos.

É um livro de ficção, mas baseado em factos e relatos históricos reais. O foco principal da história prende-se com o escândalo em torno da Sociedade de Acolhimento de Crianças do Tennessee, gerida por Georgia Tann e que funcionou entre os anos 20 e 50. Esta mulher foi considerada extraordinária pelo seu trabalho de auxílio a crianças órfãs que eram colocadas para adopção rapidamente. Chegou a ser consultada por Eleanor Roosevelt relativamente a questões sobre alterações à lei das adopções nos EUA. Só 30 anos depois, aproximadamente em 1950 é que se veio a descobrir os moldes em que esta “instituição” funcionava.

A grande maioria das crianças eram raptadas, umas logo à nascença (dizendo aos pais que tinham morrido à nascença e fazendo-os assinar documentos enquanto estavam medicados fazendo-os pensar que o fim era um, quando afinal era para autorizar a suposta entrega da criança à instituição), outras enquanto iam para a escola e outras enquanto brincavam na rua. As que sobreviviam à estadia no lar eram depois vendidas a preço de ouro às famílias que queriam adoptar. Obviamente que crianças loiras e de olhos azuis eram especialmente valorizadas no “mercado”. E, se nalguns casos, essas famílias trataram as crianças com todo o amor e carinho, dando-lhes uma vida normal, outras foram abusadas física e psicologicamente. Mesmo os que eram adoptados por famílias que lhe davam amor e carinho estas famílias eram continuamente chantageados por Georgia que, pouco tempo depois das adopções, os ia ameaçar com a retirada das crianças (porque o processo nunca estava bem concluído e afinal havia uma avó ou uma tia ou os próprios pais biológicos que queriam a criança de volta), o que depois era colmatado com o pagamento de novas quantias exorbitantes de dinheiro. Uma chantagem que podia durar anos, porque depois de as famílias estarem afeiçoadas às crianças, já não as queriam perder.

Para algumas crianças até pode ter sido uma sorte o destino da adopção, porque lhes deu acesso a uma vida e perspectivas futuras que nunca teriam nos meios de onde vinha. Mas os fins não justificavam os meios. Porque poucas eram as que realmente eram órfãs. Uma coisa é ser órfão, outra é ser roubado à família para ser vendido. No fundo, eram todos vendidos a famílias abastadas. Era uma troca comercial vantajosa com “bens” que nunca deveriam estar à venda.

A narrativa alterna entre May (Rill Foss) e Avery, entre o passado e o presente, entre uma vida de sofrimento e a busca pela verdade.

Avery Stafford é uma jovem loira e rica que abandona temporariamente a sua carreira como advogada para regressar para junto da família na Carolina do Sul. O pai está doente e ela tem que se preparar para assumir o legado da família participando em eventos políticos. Pressionada para assumir este papel de uma forma muito intensa, sem poder dar um passo, sem poder ter vida e escolhas pessoais, com um noivo que na verdade é um amigo de infância, naquilo que é uma relação política arranjada pelas duas famílias. Se ao início a personagem parece um pouco fútil, rapidamente se transforma e é muito bonita esta sua evolução, a sua força. Até porque se interroga continuamente sobre a sua vida e o seu papel

A história de Rill começa em 1939 e a sua vida é bem diferente. Vive numa casa flutuante no rio Mississipi juntamente com os pais e os quatro irmãos, num estado de pobreza típico da Grande Depressão nos EUA, mas ainda assim num ambiente de grande felicidade familiar. Quando as crianças perdem este ambiente sentem-se completamente perdidas, aterrorizadas e sempre esperançosas de voltarem a ver os pais.

É através do relato de May/Rill que vamos perceber o que sofreram as crianças que viviam no lar, expondo a parte mais feia desta história. É por May que percebemos que as crianças, já frágeis por terem perdido a família biológica de forma traumática, passavam fome, eram maltratadas física e psicologicamente e abusadas sexualmente, sem qualquer hipótese de defesa.

E este relato na voz de uma criança é muito duro. Os medos e mesmo o pavor que sentiam aquelas crianças faz-nos sofrer a sério com esta história. O amor à família, o terem de crescer tão rápido para se tornaram protectores dos irmãos mais novos, o sofrimento pelos irmãos perdidos, mortos às mãos daquelas pessoas.

É extremamente emotivo e sentimos tudo na pele, estamos constantemente com um nó na garganta. Porque este relato de Rill tem presente toda a inocência de uma criança e por isso é tão mais forte, com todos aqueles detalhes sobre as pequenas coisas que aqui não passam despercebidas, tornando o relato mais autêntico.

Avery, depois de conhecer May vai envolver-se numa investigação que a vai levar a descobrir segredos familiares guardados por gerações e que a vão levar a mudar a maneira como encara a sua própria identidade. O final é muito bonito e é Avery que conduz a esse final, tornando-se numa personagem muito mais interessante do que ao início.

É um livro muito, muito bonito, que nos fala sobre sofrimento, mas também nos fala sobre amor, amizade e a força dos laços familiares, mostrando-nos que mesmo quando a memória se perde, o coração mostra sempre o caminho certo e não esquece.

Foi um livro fantástico, que recomendo vivamente. Não sendo uma leitura ligeira, é um livro que devoramos rapidamente, não tanto para descobrir qual é o segredo na família de Avery numa óptica de intriga, mas porque queremos saber o destino das personagens e só lhes desejamos o melhor!

Uma grande aposta da Saída de Emergência, que valeu bem a pena ler!

 

Muito obrigada à Saída de Emergência por me terem feito chegar este exemplar!

 

 

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Ainda não foi hoje que voltei ao Planetário!

Saímos de casa ainda de manhã, mas já um pouco mais tarde do que o inicialmente previsto.

A ideia era ir ao Planetário com os miúdos e a outros museus ali naquelas zonas, aproveitando que era o dia das entradas gratuítas (ainda que nestes dias o Planetário não seja totalmente gratuíto; apenas é para crianças e malta mais sénior).

Acabámos por estacionar ao lado do Museu da Electricidade. Já lá tinhamos ido antes, por isso fomos espreitar o MAAT. O edifício é giro, aquela pala da entrada é fabulosa, mas o museu em si, enfim, ainda bem que não era pago. Só tinha uma exposição sobre a difusão do vídeo como meio de comunicação. Vários vídeos, na sua maioria com conotações um pouco violentas, que para se perceberem era preciso lá passar imenso tempo a ouvir os audios com as explicações. O que com miúdos digamos que não é interessante.

Quando saímos, já estava a chover. Ainda assim fomos andar lá no rooftop do MAAT. Depois descemos, atravessámos a estrada e fomos ao Museu dos Coches (o novo). Gostámos todos dos coches. Achámos o máximo, muitas fotos e risota. Mas confesso que tive de me abstrair do espaço onde estavam expostos os coches. Acho que não batia a bota com a perdigota. Aquilo assim a frio parece um corredor de hospital, com coches antiquíssimos alinhados...Falta enquadramento histórico naquele edifíco...

 

A seguir fomos almoçar no McDonald's de Belém que estava um perfeito caos, especialmente porque chovia a potes. Quando lá cheguei tinha os pés encharcados porque não levei o melhor calçado. E assim passei o dia, com os pés dentro de meias molhadas. Só pensava quando ia chegar a casa, tirar as meias, lavar os pés com água quentinha e calçar umas meias secas e quentinhas...

 

Anywhoo, foi nessa altura que a decisão de onde ir a seguir virou para outro caminho. Não fomos ao Planetário porque ainda faltava um bocado para a sessão seguinte. 

Fomos à Cordoaria Nacional ver uma exposição de dinossauros para animar os putos. Num dia de museus gratuítos, também foi bom para animar a carteira, porque aí não era nem gratuíto nem barato. E o Marcos borrou-se de medo e fartou-se de chorar ao início que se queria ir embora, porque os rugidos dos bichos o estavam a deixar em pânico. Um bocado a custo lá conseguimos ir vendo aquilo, comigo a tapar-lhe os ouvidos. Lá para metade da exposição lá começou a relaxar mais um pouco. Depois aquilo teve um "Dino Show", que até foi engraçado, porque apareceram uns "dinossauros" daqueles que só comiam ervinhas (na verdade eram uns gajos dentros de uns fatos de dinossauros), mas que foi bom para os miúdos que estavam acagaçados (como o nosso) perderem o medo. Porque podiam fazer festinhas e andar a correr atrás deles, etc. Foi pena aquilo não ter sido logo ao início. Era capaz de poupar a choradeira. 

Mas achei que foi demasiado dinheiro para aquilo que foi. 

Ainda por cima na entrada tinha umas máquinas de realidade virtual, mas era um bilhete à parte. Chulice!

 

Ainda na Cordoaria havia uma outra exposição de Leonardo da Vinci que me deixou aguada (sou bastante fã do seu trabalho, acho que foi uma pessoa muito à frente do seu tempo), mas quando vimos que os preços eram iguais ao da exposição dos dinossauros desistimos. Era mais uma batelada de dinheiro. 

Por isso, foi altura de virmos embora, porque ainda tinhamos de ir ao supermercado e a miúda ainda tinha de estudar.

 

Portanto, o Planetário vai ter de ficar para outro dia.

Só não vou lá há qualquer coisa como 35 anos...

:)

 

Saída de Emergência ** Perante o medo as pessoas comuns são capazes de fazer o extraordinário

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Sinopse

Um terrorista do Estado Islâmico planeia matar mais de 500 pessoas. Mas há três heróis que recusam ceder ao medo. 

A 21 de agosto de 2015, Ayoub El-Khazzani embarcou no comboio 9364 em Amesterdão com destino a Paris. Não havia dúvidas quanto à sua missão: tinha uma AK-47, uma pistola, uma faca e munições suficientes para eliminar todos os passageiros a bordo.
Estava prestes a começar outro atentado do Estado Islâmico. Mas Khazzani não esperava encontrar três amigos destemidos – Anthony, Alek e Spencer. A decisão que estes heróis tomaram de o enfrentar e dominar foi baseada na lealdade e numa amizade que cresceu desde a infância – e que lhes permitiu ter a coragem para se colocarem no caminho de uma das mais mortíferas organizações terroristas do mundo.
15:17 destino Paris é uma incrível história verídica sobre amizade e coragem. E também sobre a tragédia evitada por três homens que encontraram, nos seus corações, a força necessária para salvar 500 inocentes.

 

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