Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Nova Leitura

37769687.jpg

 

Mais um livro com a chancela da Saída de Emergência. Vencedor do Goodreads Choice Awards 2017. Estou empolgada, portanto. Ainda que me pareça que não vá ser uma leitura fácil...

 

Sinopse

Inspirado em factos verídicos, esta é a história de duas famílias e da terrível injustiça que as mudou para sempre. 

Nascida num mundo de riqueza e privilégio, Avery Stafford tem tudo. Filha adorada de um senador americano, com a sua própria carreira como advogada e um noivo maravilhoso à espera em Baltimore, ela vive uma vida encantada.

Mas quando regressa a casa para ajudar o pai com um problema de saúde, um encontro casual com May Crandall, uma idosa desconhecida, deixa Avery profundamente abalada. Ao decidir descobrir mais sobre a vida de May irá embarcar numa viagem pela história oculta de crianças roubadas e adoções ilegais. E cedo irá desvendar um segredo que pode levar à devastação... ou à redenção.

Baseado num dos mais conhecidos escândalos da América — em que uma instituição de adoção vendeu crianças a famílias ricas —, este romance comovente e fascinante recorda-nos como, apesar de os caminhos que tomamos levarem a muitos lugares, o coração nunca esquece onde pertencemos.
 

 

 

SDE.jpg

 

Leitura Terminada

38121828.jpg

Sempre o consegui terminar ainda ontem!

 

Neste livro acompanhamos uma frenética aventura entre a agente do FBI Rose Blake e o serial killer Shane Koening.

Tudo começa com uma operação em que Rose está como infiltrada para tentar apanhar Shane, frente e frente com um serial killer que gosta de guardar troféus das suas vítimas em casa. Operação essa que corre mal, porque Shane consegue escapar e Owen, o colega de Rose, é alvejado num joelho.

Tempos depois há três crimes que ocorrem, quase seguidos um ao outro, em que o grande suspeito é Shane. Mas o que liga aquelas vítimas a Shane, e o que as liga umas às outras? O que parecem ter em comum é uma ligação à Skin, um fato que se cola ao corpo como se fosse uma segunda pele, um avanço tecnológico da Wadesoft no que toca à realidade virtual. Skin consegue passar aos seus utilizadores, mais do que uma experiência psicológica, toda uma série de sensações físicas. 

O que procuram os utilizadores da Skin? 

Porque são tão macabras as suas mortes, sem haver qualquer pista de ADN, qualquer vestígio do assassíno nos locais dos crimes? Como conseguiu Shane cometer aqueles crimes sem deixar uma pista?

Tudo isto e muito mais é o que vamos descobrir neste thriller policial de ritmo vertiginoso.

É um livro que se devora muito rapidamente, porque estamos sempre a colocar-nos questões sobre quem é Shane, quais os seus motivos, será mesmo o assassino daqueles três homens, será que Rose desta vez não o vai deixar escapar?

Este livro tem um ritmo um bocado cinematográfico, viramos páginas como se estivéssemos a acompanhar cenas de um filme.

Criei muita empatia com Rose, gostei da sua personalidade e do seu amor pela família apesar da profissão exigente. Ainda que me pareça que não tenha lidado bem com um casamento um bocado falhado.

 

Este livro não define bem em que espaço temporal se situa. Vamos acompanhando o livro como se a acção decorresse nos dias de hoje, mas mais no final acho que se percebe que a acção decorre algures daqui a uns 30 ou 40 anos. Isto considerando que, quando se revela o que despoletou o instinto assassino de Shane, ele tinha uns 14 anos e já tinha uma conta de Facebook e foi a partir daqui que as coisas começaram.

Considerando a altura em que decorre, parecem não haver grandes avanços tecnológicos (nada de carros voadores e coisas assim) para lá de electrodomésticos wi-fi e a Skin, um modelo avançado de realidade virtual, mas cheio de falhas.

 

Esta história alerta-nos para os perigos das redes sociais e para os perigos da Internet of Things (porque muito facilmente se consegue penetrar numa rede, num sistema, num computador e contaminar toda a web e o mallware estar presente em todo o lado e ser altamente difícil de o eliminar).

 

Também vem levantar questões interessantes sobre as novas legislações sobre a protecção de dados pessoais.

Como saberão alguns, a União Europeia alterou a regulamentação sobre a protecção de dados pessoais. Portugal tem até Maio deste ano para transpôr esta Directiva para o sistema jurídico nacional.

A nova legislação vem trazer direitos reforçados aos indíviduos quanto à protecção dos seus dados pessoais e deveres mais exigentes para todas as organizações que tratem de dados pessoais.

E se, por um lado, as pessoas têm mais direito a ver os seus dados pessoais protegidos, por outro a web, a Internet of Things, as redes sociais vêm dificultar este processo, porque se calhar cada vez teremos menos os nossos dados protegidos. Tudo o que está na web é passível de ser controlado.

E depois também se levanta a questão de, com o aumento dos crimes cibernéticos, como vão as autoridades policiais resolver estes crimes se depois há toda uma dificuldade em aceder a dados, porque está tudo encriptado e as empresas que detêm esses dados se recusam a desencriptá-los para ajudar a apanhar um assassino?

A única coisa que podem fazer é usar criminosos, hackers, para tentar aceder ao IP de um criminoso?

 

Foi um livro que me deixou a pensar nestas questões. É um livro com um assassíno inesperado e surpreendente, que nos faz questionar como é possível que a mente possa ser manipulada daquela forma.

 

Recomendo vivamente esta leitura, para quem gosta de um thriller e de histórias à volta deste ambiente mais tecnológico!

 

Muito obrigada à Saída de Emergência por me ter enviado este livro!!

 

SDE.jpg

 

 

 

 

 

 

 

Leitura Quase Terminada

Gostava de acreditar que ainda o terminava hoje...

 

38121828.jpg

 

SINOPSE
 

A agente especial do FBI Rose Blake enfrentou o mal e sobreviveu. Assombrada por uma desastrosa missão infiltrada, Rose não consegue esquecer a memória do seu encontro cara a cara com um cruel serial killer - que continua em liberdade e pode atacar a qualquer momento. A chamada para investigar um incêndio com possível mão criminosa que causou uma morte é uma distração bem-vinda. 

Este é um caso que normalmente não é atribuído ao FBI, mas nada neste crime é comum, e Rose teme o pior: que um assassino impiedoso tenha executado o crime perfeito. Um criminoso com uma imaginação aterradora e a inteligência para se manter sempre um passo à frente. Ela sabe apenas uma coisa sobre ele: que vai voltar a matar.

 

Um livro com a chancela da Saída de Emergência que me foi enviado e tem sido uma leitura algo compulsiva (dentro do tempo que tenho disponível para ler)...

 

SDE.jpg

 

Leitura Terminada

Bom, então com algum atraso (já terminei de ler na sexta-feira passada), aqui fica a minha opinião sobre o livro A Amiga Genial.

 

24445388.jpg

A demora na publicação desta opinião teve a ver com alguma preguiça com que me tenho debatido (culpa deste longo Inverno, mas tenhamos fé, já estamos em Março, o mês da Primavera). Mas também porque senti que tinha de amadurecer melhor os meus sentimentos em relação a este livro.

 

Este livro fala-nos da amizade entre duas meninas, Elena (Lenú) e Lila (Lina) [creio que esta diferença nos nomes tem a ver com o italiano e o dialecto] em Nápoles nos anos 50, quando ambas moravam num bairro pobre. O convívio entre as duas começou na altura da entrada para a primeira classe e este primeiro volume da série fala dos acontecimentos da sua infância e adolescência, sendo que a história é narrada por Lenú.

 

Lenú era a menina estudiosa, aplicada e sossegada, inteligente mas com necessidade de se aplicar bastante nos estudos para ter bons resultados; Lila era a menina irascível e rebelde, mas que era muito mais inteligente que Lenú, aquela inteligência mais nata, que com pouco esforço a fazia brilhar.

 

Mas o livro começa com Lenú a falar sobre o desaparecimento de Lila já na vida adulta (lá para os 50 e tal anos). E depois faz-se então um flashback até às suas infâncias. Esta história, como já vem sendo usual, vai continuar por mais uns volumes que, suponho, irão acompanhar a história destas duas amigas para lá da adolescência.

 

Apesar das suas diferenças em termos de personalidade, Lenú e Lila acabam por se tornar nas melhores amigas, ainda que Lenú demonstre em muitos momentos do livro um nível de obsessão excessivo pela amiga. Lenú desvalorizava-se constantemente em relação a Lila, o que mostrava a sua baixa auto-estima; tinha necessidade de fazer tudo na sua vida de forma a tentar mostrar que conseguia ser superior a Lila, especialmente na escola. Depois quando a amiga decidiu deixar a escola e dedicar-se aos sapatos e a arranjar marido, sentiu-se perdida, porque o desinteresse de Lila por assuntos escolares fez com que Lenú parecesse também perder o interesse pela escola, porque já não tinha a necessidade de competição para a picar.

 

Na parte da infância até consegui compreender esta admiração de Lenú por Lila, porque Lila era rebelde e enfrentava as adversidades do bairro e da condição pobre de ambas com uma força que Lenú não tinha, mas na adolescência isso já me começou a cansar um pouco. A dada altura achei que aquela amizade era pouco saudável. Mais baseada numa qualquer obsessão e dependência do que em amizade pura, em realmente gostarem uma da outra.

 

Também levamos com um banho de realismo quanto às condições de vida naquele bairro naquela época, em particular sobre o quanto era fácil partir-se para a violência física. O que até foi interessante.

 

Se Elena Ferrante (seja lá quem for esta autora, porque parece que pouco se sabe sobre a mesma, acho que nem se sabe bem se é um homem ou uma mulher) escreve bem? Sim, escreve! E o livro tem passagens muito bonitas. Também é uma autora que nos vai dando sinais de que alguma coisa vai mudar ou acontecer, não levamos de repente com uma surpresa, com uma reviravolta na história.

 

Não foi para mim uma leitura compulsiva. Confesso que, em certos momentos, me aborrecia. Por um lado, isso permite absorver melhor a história e as palavras da autora. Mas houve certos momentos em que o detalhe sobre os acontecimentos se tornava um pouco exaustivo, porque era sempre muito à volta dos assuntos quotidianos, sempre um pouco mais do mesmo.

 

Apesar de a escrita ser bela, acho que gostava que o livro fosse um pouco menos repetitivo. Às vezes tinha a sensação de a história andar um bocado em círculos apesar do crescimento das personagens.

 

Não sei se esta história que começa com A Amiga Genial tem algo de autobiográfico, mas senti na autora/narradora, para lá de alguma nostalgia, alguma amargura, algum ressentimento e isso às tantas fez-me gostar menos do livro.

 

Ainda assim é um livro que vale bastante a pena ler.

 

E agradeço à minha amiga A.S. por me ter oferecido este livro. Porque é uma amiga especial e gostei de conhecer uma nova autora e poder ler um livro tão falado.

 

 

Hello March!

Mais próximos da Primavera e do Verão e dos dias maiores e com sol. Pelo menos esperamos, assim que aproveitarmos a chuva dos últimos dias para colmatar o problema da seca..

Pág. 3/3