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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

Este livro tinha imenso potencial (e uma capa tão bonita) para ser bom.

 

O enquadramento era a Segunda Guerra Mundial, abordava-se a questão dos judeus e a premissa da história de três mulheres que se cruzavam em algum ponto e a questão de cartas não entregues era engraçada.

 

O tempo que eu perdi com este livro! Foi um martírio para o acabar! Pensei muitas vezes em desistir dele, mas ao mesmo tempo insisti em levá-lo até ao final, porque estava sempre com esperança que melhorasse. Mas demorei quase um mês para ler isto. E no final, não gostei.

 

As três mulheres no núcleo da história são uma radialista que acaba por experienciar os bombardeamentos em Londres, uma esposa de um médico que decide abandoná-la e ir para a guerra ajudar e uma chefe de um posto de correios. Como disse, a ideia era original e prometia. Mas foi uma desilusão.

 

A forma como os acontecimentos iam sendo descridos e como a história ia alternando entre as personagens principais era meio confusa de acompanhar.

 

Algumas partes eram demasiado descritivas.

 

A ideia de tentar fazer a abordagem do cenário da Segunda Guerra Mundial na perspectiva destas mulheres e dos seus sentimentos teve um ou outro momento mais capaz, mas genericamente foi muito fraco. Não consegui criar qualquer envolvimento com as personagens, não me consegui identificar.

 

A radialista mesmo assim foi a personagem que me transmitiu um pouco mais de sentimentos quanto aos cenários que via e às experiências que vivia, em particular a parte de recordar os judeus, pessoas sem nome esquecidas no meio daquele horror. Foi uma parte interessante a da gravação das suas vozes para registo futuro. E também foi interessante a parte da dificuldade daquele trabalho, de ser capaz de fazer o relato do horror que estava a acontecer, com toda a censura existente.

 

As restantes personagens eram demasiado superficiais, transmitiram-me ser pessoas de personalidade dúbia, a mulher do médico então era um bocado afectada.

 

Tanto que, todo o título e tema do livro, se centra numa carta que não lhe é entregue com uma notícia, portanto, todo o mote do livro, mas depois a notícia é-lhe dada na mesma só que não por carta. Uma notícia inevitável e que a própria já sabia que ia levar com ela mais cedo ou mais tarde.

 

E não gostei do médico, mas também não gostei do destino que lhe foi dado. E também não gostei do destino dado ao namorado da senhora dos correios.

 

Enfim, achei a conclusão do livro um bocado parva e confesso que foi dos piores livros que li nos últimos tempos, quer pelo arrastar do tempo que inicialmente julguei ser por predisposição minha, quer pelo concluir da história. Acho que lhe vou dar 1 estrela no Goodreads, talvez pela parte dos judeus no comboio.

Saída de Emergência ** A rainha do romance paranormal regressa ao mundo dos sonhos

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Mais um livro com a chancela Chá das Cinco.

 

 

Sinopse

A rainha do romance paranormal regressa ao mundo dos sonhos. 

A Caçadora de Sonhos Lydia tem a mais perigosa das missões: descer até ao reino inferior e encontrar o deus dos sonhos que desapareceu, antes que ele revele os segredos que podem pôr em perigo a sua espécie. Mas ela não esperava ser feita prisioneira pelo guardião mais cruel do reino…
O tempo de Seth está a esgotar-se. Se ele não descobrir a entrada para o Olimpo, a sua vida e a do seu povo estará perdida. Seth não consegue vergar o deus que tem prisioneiro, mas quando surge uma salvadora, ele decide tentar uma nova tática.
Quando estas duas vontades férreas se encontram, uma delas tem de ceder. Mas Lydia não guarda apenas os portões do Olimpo — ela protege um dos poderes mais obscuros do mundo. Se ela falhar, uma maldição antiga vai voltar a assombrar a Terra e ninguém estará a salvo. Mas o mal é sempre sedutor…

 

 

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Saída de Emergência ** Três histórias de paixão onde é impossível fugir ao destino

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Um livro com a chancela Chá das Cinco e com oferta de outro livro "O Que Ela Deixou Para Trás"...

 

Sinopse

 

Nora Roberts apresenta-nos três histórias de paixão onde é impossível fugir ao destino 

Em Hora do Feitiço, o reino de Twylia é devastado pela ganância e pela traição enquanto aguarda pela libertação há muito profetizada. Quando Aurora, perseguida por estranhos sonhos sobre o futuro, descobre o segredo sobre o seu passado, sabe que está destinada a combater pelo seu reino e a destruir as Trevas. Conseguirá ela salvar Twylia e restaurar o seu direito ao  trono?
 
Deirdre, a protagonista de Rosa de Inverno, é uma jovem amaldiçoada, incapaz de amar e presa num mundo onde o inverno é permanente. Quando ela cura milagrosamente as feridas mortais de um jovem soldado, este é incapaz de resistir à sua salvadora. Mas o inverno cruel e impiedoso mantém as suas garras sobre Deirdre e nem o amor poderá ter a força de o quebrar…
 
Em Uma Terra Distante, Kadra é uma exterminadora de demóniosforçada a viajar para a Nova Iorque do século xx para caçar a sua presa. A sua improvável amizade com Harper Doyle leva-a a enfrentar um estranho mundo novo — e um homem que é o seu destino.
 
 

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Marcos, sempre a surpreender...

"Pai, quando eu tiver um filho ou uma filha com a minha coisa posso dar-lhe o nome que eu quiser ou os outros é que escolhem?"

Não sei o que me preocupa mais, se o rapaz andar a pensar no nome dos filhos aos 6 anos, se referir-se à futura namorada/mulher como "coisa"...

Sobre as leituras

Vão lentas. Comecei o livro "A Carta" e ainda não cheguei à página 100.

Menos tempo para ler, algumas coisas para fazer e depois parece que ainda não consegui deixar-me envolver pelo livro. Lá chegarei, espero.

Entretanto já ficaram disponíveis dois livros que requisitei no NetGalley, já os tenho disponíveis no tablet. Por isso só estou mesmo a precisar de mais disponibilidade mental.

Parece que depois de ler 10 livros seguidos durante a minha baixa, estou um bocado em modo ressaca literária.

 

 

Nova Leitura

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SINOPSE
 

1940. A França rendeu-se. As bombas caem sobre Londres. Roosevelt promete que não vai mandar os americanos lutar em «guerras estrangeiras». Mas a radialista americana Frankie Bard, a primeira mulher a fazer emissões radiofónicas da blitzkrieg em Londres, quer apenas levar a guerra até casa. Enquanto isso, em Franklin, Massachusetts, Iris James ouve as emissões radiofónicas e sabe que é apenas uma questão de tempo até a guerra chegar às margens da sua terra. Responsável pelo correio, Iris acredita que o seu trabalho é entregar e guardar os segredos das pessoas. A ouvir Frankie estão também Will e Emma Fitch, o médico da povoação e a sua mulher, ambos a tentarem escapar a uma infância frágil e a forjar um futuro mais risonho. Quando Will segue o canto da sereia de Frankie até à guerra, os piores receios de Emma tornam-se realidade. Will parte para Londres e as vidas das três mulheres entrelaçam-se. Alternando entre uma América ainda resguardada no casulo da sua incapacidade em compreender o perigo próximo e uma Europa a ser dilacerada pela guerra, A Cartatraz-nos duas mulheres que se descobrem incapazes de entregar correspondência, e uma terceira mulher desesperada por uma carta, mas com medo de a receber.

 

Leitura Terminada

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Este livro tão pequeno, com umas 173 páginas (que, por acaso, até demorei demasiado tempo a ler, devido a já ter voltado ao trabalho e as leituras ficarem para depois do jantar e devido a ter tido umas tarefas em algumas noites e não lhe ter pegado de todo) é extremamente interessante.

 

É um livro com muita falta de fio condutor e não conseguimos criar simpatias ou antipatias com as personagens que nos vão sendo apresentadas. Aqui não há uma preocupação com um enredo ou em criar personagens interessantes e com histórias relevantes. E mesmo alguma antipatia que se possa criar com a mãe de Lucy ou com o pai numa fase inicial, parece que se perdoa e no final até os entendemos.

 

Todo o livro é uma série de pensamentos aleatórios, de fragmentos de memória, episódios perdidos no espaço e no tempo que nos vão sendo apresentados consoante voa a memória de Lucy Barton – e não é assim que funciona o pensamento mesmo?

 

Lucy Barton escreve esta história muitos anos depois (não sabemos quantos) de ter estado internada várias semanas no hospital. Altura em que a sua mãe, com quem não tinha contacto há vários anos, decide aparecer inesperadamente para a visitar e lhe fazer companhia durante 5 dias. E nesses 5 dias há todo um conflito de emoções estranho entre Lucy e a mãe, um conversar sobre coisas aleatórias (personagens e situações da infância e da juventude) e desprovidas de interesse real, uma luta entre exteriorizar ou não emoções ou pensamentos realmente importantes.

 

E depois Lucy vai andando para trás e para a frente nestes pedaços de memória e contando ela própria coisas de que se lembra da sua infância ou juventude e coisas sobre o seu casamento, as suas filhas, pessoas que conheceu, pessoas que morreram…

 

Ao mesmo tempo que parece um livro muito confuso, por não ter uma estrutura mais convencional (é um livro que tanto tem um "capítulo" com 5 ou 6 páginas, como tem um com meia página), é um livro fascinante que aborda a relação difícil entre uma mãe e uma filha, que aborda abusos e maus-tratos, que aborda a vida com privações, que aborda o quanto um trauma vivido na infância pode acompanhar toda uma vida, que aborda o problema da falta de afectos a uma criança, a SIDA (parte das memórias são dos anos 80), enfim, em tão poucas páginas, aborda-se um conjunto tão grande de temas que é fabuloso.

 

E depois, com tantos problemas, com tanta falta de mãe, de pai e de irmãos, com problemas com as filhas e com o casamento, Lucy é uma pessoa absolutamente fascinada pela vida e pelas pessoas. No fundo só quer ser amada como parece amar toda a gente.

 

É um livro que me surpreendeu bastante pela positiva.

 

E por aí, já alguém leu?

 

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