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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

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Na passada terça-feira, tive de ficar de molho com o Marcos em casa. Ficou com febre ainda no sábado à noite, ficou a antibiótico no domingo, mas na terça a febre voltou e foi dia de ronha.

 

Como tinha terminado o Bergman, apetecia-me um livro mais pequeno. Este acabou por ser escolhido, porque estava ali bem perto do Bergman e porque quando o abri e vi que tinha poucas páginas e letra grande, foi logo! (eu tenho mesmo de ir ao oftalmologista, porque a coisa anda complicada)

 

Li-o de fio a pavio nesse mesmo dia.

 

Antes de mais, deixo-vos a sinopse:

 

SINOPSE
 

Ambientado entre Rabat e Roma, A Filha coloca-nos perante uma perturbante história familiar, em que a relação entre Giorgio e a sua filha Maria oculta um segredo inconfessável. A narrar tudo na primeira pessoa está, porém, a mulher e mãe Silvia, cuja paixão pelo marido a torna incapaz de reconhecer a doença de que este sofre.

Enquanto observamos Maria, que não dorme durante a noite e renuncia à escola e às amizades, revoltar-se continuamente contra a mãe e crescer dentro de um ambiente de dor e de suspeita, vamos pouco a pouco descobrindo a subtil trama psicológica dos acontecimentos e compreendendo a culposa incapacidade dos adultos em defender as fragilidades e as fraquezas dos filhos. 

Quando, após a misteriosa morte de Giorgio, mãe e filha se mudam para Roma, Silvia apaixona-se por Antonio, e o almoço que organiza para apresentar o novo companheiro à filha despertará antigos dramas: Será Maria de facto inocente, será realmente a vítima da relação com o seu pai? Então, porque tenta seduzir Antonio sob os olhares humilhados da mãe? E seria a própria Silvia verdadeiramente desconhecedora do que Giorgio impunha à filha?

Um livro que põe em causa todas as nossas certezas: as vítimas são ao mesmo tempo algozes e os inocentes são também culpados.

 

Estes livros pequenos às vezes têm destas coisas, são pequenos, mas as histórias são bastante perturbadoras.

A narrativa é feita na voz de Silvia, a mãe de Maria e mulher e depois viúva de Giorgio, e vai oscilando entre o tempo presente, em que a filha tem algures uns 13 anos e o passado, em particular a altura em que Maria tinha 5 anos e viviam em Rabat, Marrocos.

É porque tudo perturba neste livro. Perturba um pai como abusador sexual da filha, perturba esta mãe que passou por tudo sem dar por nada e que mesmo depois de se aperceber, parece ter feito pouco para ajudar, perturba esta criança, depois adolescente que decide seduzir o novo namorado da mãe, perturba a família desfeita e completamente desfuncional, perturba Antonio que imediatamente se deixa seduzir por uma criança, perturba o final.

 

É um livro onde não temos muito tempo para conhecer a fundo as personagens, é tudo um bocado no ar, meio fragmentado, vamos tendo imagens daqui e dali, ficamos com uma big picture sobre os acontecimentos e revoltamo-nos com eles. Mas depois o livro termina de uma forma estranha e falta um bocado mais de desenvolvimento e conclusão.

Acho que toda aquela letargia e o silêncio de Silvia me enervaram ao longo de todo o livro, porque só queria que ela se mexesse e fizesse alguma coisa.

 

Mas, no fundo é um livro que nos fala sobre as fragilidades de uma estrutura familiar e da incapacidade em lidar com problemas graves.

Não sendo um livro brilhante, é um livro que perturba e que dá que pensar, porque trata de problemas que incomodam e muito e que têm um impacto brutal para sempre na vida das pessoas, ainda que explore pouco o sofrimento das personagens.

Claramente Silvia e Maria deveriam ter tido mais protecção e acompanhamento.

 

É uma leitura que vos recomendo!

 

Mais alguém já leu este livro? O que acharam? Contem-me tudo!

 

 

 

Leitura Terminada

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Só terminei este livro 2 ou 3 dias depois de termos regressado de férias (já lá vamos às férias).

E perguntam vocês, então mas foste de férias sem livros? Sim, fui! Um escândalo, bem sei!

Mas a nossa viagem era algo de diferente e especial, mas também muito cansativo, por isso tomei a decisão de não levar comigo nenhum livro. Nos tempos fora da condução, queria aproveitar para fazer muitas outras coisas e sabia que ia precisar de descansar bem. Por isso, as leituras ficaram em suspenso por uns dias. De qualquer modo, assim que tratei das máquinas de roupa, agarrei-me ao Sebastian de novo e foi até ao fim.

 

E o que dizer deste livro de que tanto se fala e com tanto fervor?

Gostei, sim, claramente gostei, mas apenas lhe dei 4 estrelas no Goodreads! 

Esperem, não me batam já!

 

Eu gostei bastante deste livro, mas senti que como thriller, no que toca exclusivamente à situação do crime e da descoberta do culpado e suas motivações, digamos que não foi propriamente o melhor que já li.

A minha prima diz que estou a ser chata e que certamente irei gostar mais dos volumes seguintes. 

Acredito!

Mas isto não sou eu a ser chata. Simplesmente, estava à espera de mais empolgamento, de um maior clímax final, qualquer coisa assim.

Isto porque, a história em termos de investigação ia tendo umas reviravoltas interessantes, mas já há muito tempo que as minhas fichas tinham ido para aquela motivação e aquele culpado (até ia jurar que já vi um episódio qualquer com uma conclusão do género e olhem que já não vejo esse tipo de séries há muito tempo). Portanto, faltou-me levar a lambada do "estás armada em esperta, só que não". E é disso que eu preciso neste género de livros. É de achar que já estou a ver a cena toda e depois ser completamente surpreendida no final. E isso, de facto, não aconteceu.

Depois, aquela questão particular sobre o Sebastian Bergman que poderia ter salvo a parte do crime, também foi um turn off, por culpa minha. Isto porque, lá para meio do livro, um dia decidi ir ao site da Wook cuscar os volumes seguintes, para perceber qual era o segundo. E ao ler a sinopse de um dos volumes seguintes (já não sei bem qual) deparei-me com um major spoiler sobre essa situação. Mas major, mesmo!

O que foi uma decepção daquelas!

Conclusão, aprendi a nunca mais ler sinopses dos outros volumes de uma saga que esteja a ler antes de a terminar a leitura em curso, sob pena de apanhar novamente uma sinopse escrita por alguém que não devia escrever sinopses. 

Portanto, se ainda não leram o primeiro volume desta séria, leiam, porque vale a pena, mas não leiam sinopses dos outros volumes.

 

Bom, com tudo isto, porque é que eu gostei do livro? Porque este livro foi para mim mais rico no que toca à exploração das personagens do que propriamente na parte criminal. Ou seja, gostei muito de nos ser dada tanta informação sobre o Sebastian e os restantes colegas, bem como sobre outras personagens suspeitas ou relacionadas com a vítima. 

Ao mesmo tempo que gostei, senti que a exploração das personagens se calhar se sobrepôs um bocadinho demais sobre o resto, ainda que tenha sentido que exista uma razão para tal e que, talvez, isso se venha a perceber nos volumes seguintes. Creio que as personagens são demasiado ricas e podem ter bastante sumo, para outros "episódios".

 

O Sebastian tem facetas engraçadas e prima pela inteligência, mas é uma pessoa com um feitiozinho de merda e que olha para as mulheres de uma forma que pessoalmente não me agrada. Ainda assim, é uma personagem muito interessante pela sua complexidade.

 

A escrita é boa, o livro lê-se bem e rápido (eu é que andei com pouco tempo e preguiçosa) e sem dúvida que recomendo.

 

Acho que o facto de começarmos a ler vários thrillers tem destas coisas, começamos a ser mais exigentes por termos pontos de comparação, mas faz parte e cabe a quem escreve um thriller ter a capacidade de nos deixar completamente arrepiados, agarrados ao livro, em completo stress até ao final.

Claramente vou tentar ler os restantes volumes desta saga.

 

PS - Qual é que é o significado dos animais das capas? Neste, em particular, porquê o veado? Alguém me explica?

Saída de Emergência ** Deuses Americanos

A Saída de Emergência publicou ontem a adaptação como novela gráfica do romance multi-premiado Deuses Americanos de Neil Gaiman.

 

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Sinopse

 

Shadow Moon sai da prisão e descobre que a sua mulher morreu. Derrotado, falido e sem saber para onde ir, conhece o misterioso Sr. Wednesday, que o emprega como guarda-costas, empurrando Shadow para um mundo mortífero onde fantasmas do passado regressam da morte e onde uma guerra entre

deuses está iminente. O romance vencedor de prémios Hugo, Bram Stoker, Locus, World Fantasy e Nebula que deu origem ao sucesso televisivo da Starz, com autoria de Neil Gaiman, é adaptado como novela gráfica pela primeira vez!Compilando os primeiros nove números da série de banda desenhada Deuses Americanos, juntamente com arte adicional, esboços de personagens e capas de David Mack, Glenn Fabry, Becky Cloonan, Skottie Young,

Fábio Moon, Dave McKean e mais!

 

 

Sobre os autores:

 

NEIL GAIMAN é um autor galardoado de romances, novelas gráficas, contos e filmes para todas as idades. Os seus títulos incluem Mitologia Nórdica, A estranha vida de Nobody Owens, Coraline, O que se vê da última fila,

O oceano no fim do caminho, Neverwhere: Na Terra do Nada e a série de novelas gráficas The Sandman, entre outras obras. A sua ficção recebeu os prémios Newbury, Carnegie, Hugo, Nebula, World Fantasy e Will Eisner. A adaptação cinematográfica do seu conto Como falar com raparigas em festas e a segunda temporada da

adaptação televisiva aclamada e premiada com Emmy do seu romance Deuses Americanosestreará em 2019. Nascido no Reino Unido, vive atualmente nos Estados Unidos

 

Formado em pintura pela Universidade de Cincinnati, P. CRAIG RUSSELL fez de tudo na banda desenhada. Depois de se distinguir ao serviço da Marvel pelo trabalho com Killaraven e Doctor Strange, tornou-se um dos pioneiros no desbravar de novos rumos para esta forma de expressão subestimada com, entre outros esforços, adaptações de óperas de Mozart (A Flauta Mágica), Strauss (Salomé) e Wagner (O Anel dos Nibelungos). Craig é autor dos cinco volumes da adaptação em banda desenhada dos Contos de Fadasde Oscar Wilde e deu vida de forma soberba a personagens tão diversos como Batman, Conan, Hellboy, The Spirit, Morte e Sandman. O seu trabalho mais recente inclui adaptações em banda desenhada de Coraline e The Graveyard Bookde Neil Gaiman.

 

SCOTT HAMPTON nasceu em 1959 em High Point, Carolina do Norte, e cresceu embrenhado em literatura clássica, romances de horror e banda desenhada. O seu irmão mais velho, Bo, foi responsá-vel por alimentar um enorme apetite por banda desenhada em Scott.

Foi natural que, quando Bo se tornou ilustrador de banda desenhada, o irmão mais novo lhe seguisse o exemplo (ambos estagiaram com Will Eisner em 1976!) Scott tornou-se um dos mais respeitados artistas e contadores de histórias no meio da banda desenhada. O seu trabalho em Silverheels (Pacific Comics, 1983) é considerado o primeiro título de banda desenhada pintado com continuidade. Além de ilustrar as suas histórias, Scott ilustrou livros de alguns dos melhores autores de fantasia, incluindo Neil Gaiman (Books of Magic, Robert E. Howard (Pigeons from Hell), Clive Barker (Tapping the Vein), Archie Goodwin (Batman: Night Cries) e David Brin (The Life Eaters).

 

Podem adquirir este livro aqui! Tem um ar fantástico!

 

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Saída de Emergência ** Num cenário de guerra, é possível o amor e a esperança...

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Sinopse

Finalista do Man Booker Prize 2017 

Num cenário de guerra, é possível o amor e a esperança.
A história do amor furtivo de Nadia e Saeed tem lugar numa cidade não nomeada cheia de postos de controlo e de bombas, um labirinto humano à beira da rutura. Quando a guerra civil rebenta, surgem estranhos rumores sobre a existência de portas clandestinas que levam a outros países. À medida que a violência aumenta, os dois jovens sabem que têm de deixar para trás a vida que sempre conheceram, embarcando numa viagem sem regresso, vertiginosa e cheia de surpresas.
Numa mistura singular de realismo e magia, Passagem para o Ocidente é um belíssimo romance sobre refugiados, que nos leva a questionar em que mundo queremos viver.
 
 
 
Parece-me ser tão, mas tão interessante!!
 
 

 

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Saída de Emergência ** A tenente Eve Dallas está de volta e com uma oferta!

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Sinopse

 

A tenente Eve Dallas corre atrás de fantasmas enquanto protege a única sobrevivente de um crime inexplicável. 

Eve Dallas pode ser a melhor polícia da cidade, mas o homicídio da família Swisher deixa-a num impasse. Sem ADN, pistas ou ligações criminosas, a única fonte de informação sobre o homicídio é Nixie Swisher, a testemunha de nove anos que se escondeu na cozinha.
Os Swisher foram assassinados com precisão militar. A segurança topo de gama foi violada e os criminosos utilizaram equipamento de visão noturna para entrar na casa. Dallas está claramente a lidar com profissionais. Este é um crime que tem de resolver rapidamente, não só devido à promessa que fez a Nixie, mas também para apaziguar algumas das suas memórias mais obscuras e medos profundos.
Mas será que Eve tem o que é preciso para impedir que os assassinos completem a sua missão?

 

 

Este livro tem como oferta um outro - As Gémeas, de Saskia Sarginson

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Sinopse

Elas eram idênticas em tudo… até o impensável as ter separado. 

Isolte e Viola são gémeas. Inseparáveis durante a infância, tornaram-se adultas muito distintas: Isolte é uma redatora de sucesso numa revista de moda, tem um namorado fotógrafo e um apartamento em Londres; Viola é uma pessoa desesperadamente infeliz e luta há muitos anos contra um distúrbio alimentar.

O que terá acontecido no passado para que as gémeas seguissem caminhos tão diferentes nas suas vidas? À medida que as duas irmãs começam a esclarecer as tragédias de um verão meio esquecido, segredos terríveis do passado vêm à tona, ameaçando apoderar-se das suas vidas…

 

É de aproveitar, verdade?

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O mundo divide-se...

...entre as pessoas que vestem primeiro a parte de cima da roupa e depois a parte de baixo e as pessoas que vestem primeiro a parte de baixo da roupa e depois a parte de cima.

 

Vero?

 

Em qual destas se enquadram, se é que seguem um padrão?

 

Eu sou daquelas que veste primeiro as partes de baixo e só depois as partes de cima.

 

Agora que penso nisso, depois para despir, normalmente tiro primeiro as partes de cima e depois as partes de baixo.

 

Enfim, são cenas...

 

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