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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Ainda sobre o Marcos...

A professora do Marcos, em conversa com a minha sogra ontem, disse-lhe que nunca tinha apanhado um miúdo tão avançado no 1º ano (e a senhora já tem alguns anos daquilo) – não sei até que ponto isso é mesmo verdade, mas pronto. Parece que afinal a professora até dá ao Marcos tarefas alternativas para fazer (tipo fichas adicionais), que ele nem sempre completa por, lá está, começar na conversa e depois não ter tempo. E sugeriu que ponderássemos fazer a sua transição directa para o 2º ano. Estamos hesitantes. Por um lado poderia fazer mais sentido, até porque os miúdos com quem ele brinca sempre são os seus antigos colegas da sala do jardim-de-infância que estão no 2º ano. Diz que não gosta de brincar com os da sala dele porque são muito pequenos. Mas será que ele não poderá estar demasiado avançado para o 1º ano, mas demasiado atrás para um 2º? E demasiado imaturo? Como é que a coisa se processa? Tem de fazer uns testes de avaliação do 2º ano para se perceber para onde poderia ir? Mas será que é algo recomendado? Não sei, decisions, decisions… Para já, ele tem mesmo é de perceber que comportamento no vermelho it’s a no, no e que, se o tiver fica de castigo, até que aprenda a se portar bem dentro da sala…

Sobre as capacidades...

O Marcos entrou na escola primária a saber ler e escrever. E a conhecer já alguns números. E a conseguir escrever sozinho algumas frases longas. Lembro-me de um dia com a irmã se terem posto a brincar e ele escreveu uma página de texto sozinho onde lhe corrigi 2 palavras.

Nunca foi nossa intenção que ele já chegasse à primária a saber tanto. Mas o miúdo começou cedo a ser curioso e aprendeu mais rápido do que esperávamos.

Depois no ano passado, no Jardim de Infância começaram com aquela cena do livro-vai-vem, dos quais acho que apenas lhe li 2, todos os outros era ela que os lia para nós, às vezes mais do que uma vez, quando era mais pequeno ou lhe interessava a história.

O meu receio veio a confirmar-se, pelo menos nesta fase.

Contactei por email a sua professora no sentido de obter algum feedback sobre a sua aprendizagem e comportamento.

A professora respondeu, num tom a roçar um bocadinho o cáustico, que como eu bem sei, ele já sabe ler e escrever, pelo que às vezes se porta um bocado mal, porque como desmotiva e se desinteressa, começa na conversa.

Senti aquilo quase como um “malditos pais que ensinaram o miúdo a ler”. Mas lá disse que o “aproveita” para ler aos colegas frases e textos dos livros, tipo os enunciados dos exercícios, etc.

E agora?

Se calhar a professora tem de arranjar alguma forma de o manter interessado.

Como é óbvio, para um miúdo que sabe ler, passar uma manhã a escrever o “i” ou o “u”, é capaz de ser aborrecido.

Mesmo assim, o que ainda o deve manter minimamente interessado, é o facto de estarem a aprender a escrita “à primária”, já que ele sempre escreveu em letra à máquina. E isso é algo de novo, aprender a desenhar as letras de outra forma.

Eu sei que em casa tenho de lhe explicar que, mesmo que esteja um pouco aborrecido, tem de se portar bem e não começar na conversa, porque senão leva os vermelhos no comportamento.

Mas se a professora o vir na conversa, se calhar podia dar-lhe algo que fazer para o manter ocupado.

Sei lá, pedir-lhe para fazer um desenho, para escrever um texto, para ler um livro.

O que me sugerem?

Quem mais já passou por isto? Como contornaram a coisa?



Só para lembrar que o meu aniversário está para breve...

...algumas ideias, sim?

 

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ou

 

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Depois da busca pelos sapatos vermelhos, agora preciso de uns sapatos deste género e deste tom. Mas que sejam minimamente confortáveis.

 

 

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Já ando há algum tempo sem relógio, porque o outro que tinha...coiso. E este modelo é bem do tipo que pretendia...

 

 

Já para não falar da enorme wishlist de livros!!

Estão lá muitos, eu sei. E não estão todos!

 

Mas vá, assim, mais mais:

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Pronto, uma mão cheia. Podem escolher um deles. Se quiserem oferecer os 5, não me vou queixar, tá?

 

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ou

 

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Com as respectivas travessas metálicas, para lhe dar no spinning!

 

Ah, e também precisava de um tablet novo, porque o meu morreu na nossa road trip (não aguentou tanto filme seguido de bonecada, coitado). Mas se calhar estou a abusar, verdade? coff coff

 

 

 

Ele pode ser um demónio, mas ela não é nenhum anjo...

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Mais um livrinho com a chancela Chá das Cinco!

 

Sinopse

Três duques pecaminosamente atraentes, três corações prestes a encontrar os seus parceiros. 

ELE PODE SER UM DEMÓNIO
 
Ele é infame, libertino e conhecido pela sua total indiferença com os escândalos e as paixões irresistíveis. Gabriel St. James, duque de Langford, é belo e obscenamente rico e está habituado a ter exatamente aquilo que quer. Até que se cruza com uma mulher que capta a sua atenção e se recusa a dizer-lhe o nome… mas que não consegue resistir ao seu toque.
 
MAS ELA NÃO É NENHUM ANJO...
Amanda Waverly tem duas vidas: a de respeitável secretária de uma dama da sociedade e uma existência secreta onde a sua sobrevivência depende apenas da sua argúcia e força de vontade. Langford pode ser o homem mais tentador que ela já conheceu,mas Amanda tem uma tarefa a cumprir para escapar ao mundo do crime em que nasceu. Poderá a ardente paixão que os une sobreviver se ele descobrir quem ela realmente é?
 
 
 
E este livro traz como oferta de lançamento "A Mulher Esquecida" de Katherine Webb!
 
 

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Parece que o verão se está a ir...

As manhãs e os finais de tarde já estão mais frescos (se bem que ainda não consegui vestir um casaco), as folhas caem a bom ritmo, os dias estão definitivamente mais pequenos.

 

E, se o calor se vai, finalmente podemos comer castanhas assadas, verdade?

 

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E sim, eu adoro o sol. Mas com moderação.

Tipicamente quando digo que gosto de sol, há sempre alguém que diz "estás doida? mas uma pessoa lá consegue suportar aqueles calores horríveis?". É, para alguma malta isto é oito ou oitenta! 

Eu gosto de céu azul e sol a brilhar, sem querer necessariamente dizer calor abrasador. 

Os meus dias favoritos até são aqueles dias gelados de Inverno, de céu azul. 

Preciso de sol, de vitamina D para me sentir bem. Não preciso de temperaturas acima dos 27, 28 graus. 30, vá, em tempo de praia.

 

Mas também sei o quanto faz falta a chuva. Nem só de sol vive o planeta Terra. E quando a chuva escasseia durante muito tempo, tudo se complica. 

Por isso, por muito que deteste o stress com a roupa em casa quando chega a altura da chuva e chapéus de chuva e várias camadas de roupa, tive de crescer e aceitar que a chuva faz parte da vida. 

O céu cinzento, núvens negras carregadas de água, trovoadas, aqueles dias em que parece que o céu nos vai desabar na cabeça, não são a minha cena favorita, mas faz parte. E estamos lentamente a caminhar para a estação (supostamente) mais fria do ano.

 

Estamos a caminhar para os dias frios, de chuva, para os dias com casacos e cachecóis, para os dias de mantinhas no sofá, de chávenas com bebidas quentes para aquecer as mãos, de pijamas e meias quentinhos.

E isso também é bom, porque transpira conforto.

 

Diz que amanhã vem a chuva. Bem-vindo, Outono!

 

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PS - faltam 75 dias para o Natal... 

Nova Leitura

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Este livro era da minha primocas (quem é que ainda não pôs like na página desta miúda tão gira?), procurava nova casa e acabou por vir parar a esta, que é como quem diz, à minha mesa de cabeceira. 

E foi a leitura escolhida hoje, por estar algo intrigada com ele e por ter o tamanho ideal para me acompanhar na mala. Já que ultimamente tenho almoçado sozinha algumas vezes, quando não me dá para as compras, vou lendo umas páginas entre uma garfada e outra. Mas não me apetece carregar um grande calhamaço. Tenho de poupar a coluna, verdade?

 

Então, a sinopse:

 

Karen, esteticista de profissão, muda-se de Cartagena para Bogotá em busca de uma vida melhor. Ao chegar, não só consegue trabalho como depiladora n'A Casa da beleza como ainda se transforma na chave para resolver o mistério da morte de uma das suas clientes - uma jovem, vestida com o uniforme da escola, que aparece morta no dia a seguir a ter visitado Karen no salão.

Com quem se ia encontrar a cliente de Karen?

Entre conversas íntimas e confissões, Karen acabará por ser a confidente de uma psicanalista, da mulher de um congressista, de uma famosa apresentadora de televisão e de uma mãe desolada que busca justiça num país onde a verdade só pertence àqueles que podem pagar por ela.

 

 

 

Leitura Terminada - A Quinta dos Animais, George Orwell

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Este livro chegou cá a casa no Sábado, quando finalmente consegui ir levantar a encomenda da Wook. Encomenda essa que demorou um pouco a chegar precisamente porque este livro, adquirido numa das últimas promoções de 50%, não estava imediatamente disponível.

 

Quando vi esta capa, estive quase para não o encomendar, porque a acho muito feia. Mas lá engoli a capa e decidi-me a encomendar esta leitura clássica e obrigatória, com a qual estava em falta.

 

E foi livro que devorei num só dia! Depois de o começar, li-o quase todo de rajada, apenas com interrupção para fazer o almoço e tratar de umas coisas básicas, mas depois terminei de o ler enquanto a loiça suja do almoço esperava tratamento, o qual só surgiu depois de virada a última página.

 

Este livro (que recupera nesta edição mais recente uma tradução mais adequada de "Animal Farm" - até então este livro era conhecido em Portugal por "O Triunfo dos Porcos") é fantástico, é uma alegoria brilhante, contada em modo de fábula, com o objectivo de tecer duras críticas ao regime soviético e, mais em particular, à revolução russa e a Estaline. Sendo que, no processo, Orwell aproveita também e faz críticas a Inglaterra e à forma como acolheu e protegeu a Rússia ao longo dos anos, nomeadamente na imprensa. 

 

O mais engraçado neste livro é que, durante toda a história, me imaginava a lê-la aos meus filhos pequenos à hora de dormir. Porque é uma história que pode perfeitamente ser contada a crianças (tirando um ou outro momento mais sanguinolento). 

 

A capacidade deste autor de montar este teatro com todas estas personagens animais para explicar conceitos políticos é brilhante.

Mas, aquilo que mais assusta, é o quando este livro continua actual e se pode aplicar a muitos outros regimes políticos. Quantos Napoleões e Tagarelas não há por aí todos os dias à frente de tantos países?

 

Conclusão, isto nunca melhora!

 

"Era agora evidente o que sucedera aos rostos dos porcos. Os animais diante da janela olhavam dos porcos para os homens, dos homens para os porcos, e novamente dos porcos para os homens: mas já era impossível distingui-los uns dos outros."

 

E é preciso nunca esquecer:

 

"TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS MAS ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OUTROS"

 

 

 

 

Leitura Terminada - Passagem para o Ocidente, Mohsin Hamid

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Este livro, bem curto e com letra bem decente, como já tinha referido, é tão fabuloso que até me custa descrevê-lo, enquadrá-lo num género e emitir uma opinião decente.

 

Porque este livro é extremamente actual, já que se foca na perspectiva dos refugiados de um país onde rebenta uma guerra civil, e podia ser bastante documental e crítico. Só que depois é completamente inesperado, porque nem é bem uma distopia, nem é bem futurista, é uma história belíssima sobre uma rapaz e uma rapariga que se conhecem e apaixonam, que vivem num país que nunca sabemos qual é, mas imaginamos algo como um Iraque, uma Síria, um Irão. E, apesar de já viverem com uma série de limitações culturais, religiosas, sociais, a situação complica-se quando o seu país entra num conflito e passa a ser fundamental garantirem a sua sobrevivência fugindo do mesmo e dos militantes que perseguem quem se tente opôr.

E é então que Nadia e Saeed procuram um ponto de fuga para um outro lugar que lhes garanta alguma segurança.

Portanto, conseguimos identificar esta história com aquilo que será a história de milhares e milhares de pessoas que já tentaram e outras que continuam a tentar fugir dos seus países em guerra, numa necessidade animal de sobrevivência.

Só que, em vez de acompanharmos toda uma jornada épica de fuga e salvamento, com entrada clandestina num país vizinho ou mais distante através de uma embarcação ilegal ou algo do género, a forma como se processam estas fugas ao longo do livro são algo mais fantasiosas. Porque tudo de processa através de encontrar umas "portas" que, uma vez entrando nelas, caminha-se um pouco e logo se sai noutro país ou cidade, que pode ser a Grécia, São Francisco, Londres, ou qualquer outra cidade ou país onde não exista um conflito. 

E em cada local era necessária a capacidade de se enquadrarem e de serem aceites, por serem diferentes. Especialmente Nadia que, até ao fim do livro, insiste em usar sempre o seu traje de túnica preta. E de conseguirem a dada altura dar um rumo às suas vidas, conseguirem instalar-se e ter uma vida normal, com uma rotina de trabalho, porque definitivamente voltar para a sua terra natal era inconcebível. 

E também era preciso tentarem manter o seu relacionamento, que vai sofrendo impactos a cada porta que atravessam e à medida que o conflito na sua terra natal vai ficando mais distante. E perceber como se sentem em relação ao seu país natal, às suas famílias, à sua crença religiosa.

 

Portanto, é um livro que faz uma mistura fantástica entre realismo e fantasia, num romance que nos abre uma nova perspectiva sobre aquilo que serão os sentimentos de um refugiado de guerra e nos leva a questionar em que mundo vivemos e em que mundo queremos viver. Fosse tudo tão fácil como atravessar uma porta negra facilmente identificável para fugir e para encontrar paz!

 

Num livro que tinha um mote que poderia ter conduzido a uma elaboração com considerações políticas, económicas e religiosas, foge de tudo isso para nos dar a perspectiva da esperança e de um mundo melhor, à distância de uma porta mágica.

 

Só não dei 5 estrelas a este livro no Goodreads porque, em alguns momentos, eram apresentadas outras personagens meio fora da caixa e tive alguma dificuldade em perceber a intenção destas personagens, porque depois me faltou ali uma ligação mais óbvia à história central de Nadia e Saeed. Pareciam divagações ao acaso sobre outra pessoa qualquer num outro qualquer ponto do mundo e estive até ao fim a pensar que depois todas essas ligações iriam fazer sentido, mas senti que ficou um bocado no ar.

E o autor, apesar de ter uma escrita bela, tem alguns momentos com frases demasiado extensas, que me vi obrigada a reler, porque a frase dava tantas voltas que às tantas me perdia. Portanto, é um livro que exige, por um lado, alguma concentração e, por outro, alguma capacidade de abstracção e de sermos capazes de nos perder, de voar, de nos deixarmos levar sem resistências para onde o autor nos quer levar.

 

Mas é um livro lindíssimo e que recomendo vivamente!

 

"Todos somos migrantes através do tempo"

 

 

Já alguém leu este livro?

 

Obrigada à Saída de Emergência por fazer chegar até mim este livro, este autor e esta história encantadora!

 

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