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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Criança que lê...

Aqui há dias o meu filho pequeno começou a chatear com a história de que tinha de ir à biblioteca azul e branca (biblioteca municipal) porque a senhora de lá que foi à escola deles contar histórias lhe disse que eles podia lá ir buscar livros.   Depois de alguma insistência lá arranjei um pouco de tempo para o levar lá. Foi direitinho à sala dos livros infantis e juvenis e começou a escolher livros que queria “comprar”. “Ó filho, aqui não se compram livros, aqui emprestam-se e depois tem de se devolver”. “Ah, então quero levar este e depois trago”.   Lá tratei de fazer a sua inscrição como sócio da biblioteca municipal e quando a senhora que lhe disse que podia levar até 3 livros, voltou a correr para a sala e foi buscar mais dois livros. Todos sobre animais.   Quando for devolver os livros já estará pronto o seu cartão da biblioteca, com o qual ficou muito orgulhoso.   E é isto, my job is done!

O meu médico de família

Hoje tive de ir a uma consulta com o médico de família porque andava a sentir-me mal há vários dias com sintomas vários e diversos. Chegada à consulta e expostos os sintomas, o diagnóstico demorou um minuto. Mais dois minutos de conversa e decidiu-se a terapêutica. Nos restantes 90% da consulta, o meu médico de família: - reclamou dos computadores "raios partam o gajo que inventou isto, um gajo perde horas a mexer nesta porcaria, a saltar de tabela para tabela, de sistema para sistema e metade do tempo não funciona!" - falou do tempo "isto hoje está bem bom, ontem de manhã é que fez um frio danado antes de chover" - conseguiu fazer uma piada entre a medicação e o PAN "assim matamos dois coelhos de uma cajadada só, ai não, isto agora com aqueles parvos do PAN não se pode dizer, tem de se dizer que com um martelo se pregam dois pregos" - a propósito do PAN contou um interessante episódio sobre ter ido a um funeral da mãe de um amigo e no velório estar na conversa a falar sobre um conhecido que se tinha decidido juntar ao PAN e que agora já não montava o seu cavalo. Disse ele que não pôde resistir a ir meter-se com o dito rapaz para lhe perguntar se agora era o cavalo que o montava a ele" Pronto, e é isto. Acho que se calhar podia ter dedicado mais algum tempo a preocupar-se com a minha saúde, mas preferiu ser mais taxista do que médico. Só me faltaram momentos de mandar uma escarra, chamar nomes aos outros e fazer piropos porcos a mulheres para me sentir verdadeiramente dentro de um táxi. Felizmente a bandeirada foi mais barata!

Leitura Terminada

Este livro foi um dos escolhidos para usar parte do valor de um cartão FNAC que me ofereceram umas colegas fofinhas no meu aniversário. Depois de bem pensar, soube que este livro tinha de vir para a minha estante. Porque, desde logo, a capa é maravilhosa e extremamente chamativa. E depois todo o livro é cheio de pormenores deliciosos, sempre em torno das flores, claro está. Cada capítulo tem no início uma nova flor, com uma explicação sobre a mesma, fazendo o enquadramento sobre o que vai acontecer naquele capítulo, porque toda a história gira à volta da linguagem das flores e como esta se pode usar em determinados momentos da vida para se expressar o que se sente, mais do que tudo. Mas depois, apesar desta espécie de magia em torno de escutar estes elementos da Natureza, a história está longe de ser mágica, fofinha e romântica. É um livro com uma temática muito forte, que me fez chorar em muitos momentos e ter grandes angústias noutros. Porque Alice Hart, que conhecemos ali entre os 7 e os 9 anos, vive reclusa com a mãe e o pai, um homem que as impede de sair de casa e de se relacionarem com outras pessoas, um homem extremamente violento e abusador. Fiquei realmente horrorizada com as descrições de violência deste homem sobre a sua mulher, uma criança e o cão, especialmente por serem feitas na perspectiva de uma criança. E, portanto, se logo nas primeiras páginas, fiquei chocada com a obsessão de Alice sobre as formas de queimar o pai, logo percebi o que estava por detrás dessa motivação. Mas é muito bonito o amor de Alice pela mãe, pelos animais e pelos livros, quando um dia se escapa de casa e acaba por ir parar à Biblioteca local, para logo depois sofrer bem as consequências de tal feito. Ainda que o amor pelos livros não lhe tenha sido arrancado à pancada pelo pai. Bem como o amor pela mãe e pelos animais. Depois de um trágico acontecimento, acompanhamos toda a história de Alice desde que é entregue aos cuidados da avó paterna e passa a viver na quinta das Flores, mulheres maltratadas pela vida que encontram naquele local e em June (avó de Alice) todo o conforto que precisam. Alice é ao mesmo tempo uma personagem frágil, perturbada, mas muito corajosa e resiliente. Que no fundo se precisa de libertar de todo o passado para ser ela própria. No caminho vai conhecer pessoas que se tornam grandes pilares de apoio e outras que mais valia não ter conhecido. Não vos posso contar mais sobre a história. Gostei muito, muito, muito. Gostei de ler esta história comovente passada na Austrália, com todas as descrições sobre as zonas, em termos de Natureza e de crenças e com estas personagens tão frágeis, porque quase todas tinham uma qualquer fragilidade que não aparecia logo de início. O cuidado desta autora com a escrita é de se tirar o chapéu. A forma como coloca as palavras, as palavras que escolhe, a forma como nos introduz as personagens, os momentos da história, a forma como cria os elementos de tensão ou de surpresa de uma forma tão subtil é maravilhoso. Não deixem de ler este livro mesmo que, como eu, sejam pessoas que não percebem nada sobre flores e muito menos sobre a sua linguagem. Porque este livro não é sobre flores, é sobre pessoas. Por tudo isso e muito mais, é um livro que leva 5 estrelas bem gordas no Goodreads e que vai ser um forte candidato a livro do ano!

Xmas Wishlist

Ah, ainda não sabem o que me oferecer para o Natal?

É pegar na wishlist de aniversário e aproveitar algumas coisas...

 

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Os ténis de spinning foram prendinha do maridão nos meus anos (e que jeitaço que dão! não tem nada a ver fazer spinning com ténis próprios ou com ténis normais).

O livro da Dorothy tenho aqui emprestado pela prima. E o novo do Tremayne ofereci a mim própria.

 

O tablet continua morto. Acho que ele assinou uma DNR e por isso até medo de me chegar ao pé dele, não vá ele aborrecer-se se o tentar ressuscitar...zzz

 

Nova Leitura

Então e querem saber o que ando agora a ler?

Pois bem, ando a deliciar-me com o livro mais bonito deste ano, que estava na mesa de cabeceira a olhar para mim, desesperado por vir para as minhas mãos...

 

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E espero que esta história venha a ficar bonita. Porque o livro é lindo, lindo mesmo, cheio de detalhes encantadores, mas a história nestas primeiras páginas nem por isso...já li frases muito giras, mas tem momentos de cortar o coração...pobre Alice e sua mãe...quero tanto que este livro se encha de magia!

 

 

SINOPSE

Um romance sobre as histórias que deixamos por contar e sobre as que contamos a nós próprios para sobrevivermos.

Alice tem nove anos e vive num local isolado, idílico, entre o mar e os canaviais, onde as flores encantadas da mãe e as suas mensagens secretas a protegem dos monstros que vivem dentro do pai.

Quando uma enorme tragédia muda a sua vida irrevogavelmente, Alice vai viver com a avó numa quinta de cultivo de flores que é também um refúgio para mulheres sozinhas ou destroçadas pela vida. Ali, Alice passa a usar a linguagem das flores para dizer o que é demasiado difícil transmitir por palavras.

À medida que o tempo passa, os terríveis segredos da família, uma traição avassaladora e um homem que afinal não é quem parecia ser, fazem Alice perceber que algumas histórias são demasiado complexas para serem contadas através das flores. E para conquistar a liberdade que tanto deseja, Alice terá de encontrar coragem para ser a verdadeira e única dona da história mais poderosa de todas: a sua.