Netflix
O Netflix entrou nas nossas vidas algures entre o final de 2018 e o início deste ano (já não me lembro bem do dia). E se o meu interesse na televisão era quase nulo na maioria dos dias, agora é mais complicado encontrar tempo para ver filmes, séries, ler, fazer coisas em casa, fazer o amor, tudo e tudo. Porque o Netflix é de facto uma cena muito fixe, ali ao nível do pão fatiado, ou até mesmo do pão quente com manteiga. Não há anúncios, vejo o que gosto, e não passo horas à procura de uma cena porque a maioria é tudo repetido e já vi. Verdade que também tem séries e filmes que já vi, mas tem coisas novas e boas.
O primeiro filme que me sentei em família a ver, assim com mais atenção (não com o Marcos, porque a onda dele é outra completamente diferente), foi o Às Cegas, que foi um filme bastante forte, que depois acompanhei com a leitura do livro, que é melhor ainda.
Já vi mais um ou outro filme, mas mais esquecível, sem grande piada, já nem me lembro dos nomes.
Lembro-me de ver um francês que era sobre um grupo de amigos que se juntava para jantar e decidiam fazer o jogo de colocar todos os telemóveis no centro da mesa e sempre que caísse uma mensagem ou chamada tinham todos de ouvir. Bem engraçado, mas o título passou-me.
Ao nível das séries, venho aqui recomendar uma ou outra.
YOU – esta série ainda só tem uma temporada, parece que vai ter a segunda. São 10 episódios que uma pessoa engole à bruta, porque é completamente marada e viciante. O gajo é um grande freak e psicopata, mas depois tem aquele ar fofinho e tem uma livraria e gosta de livros e uma pessoa quase se esquece das merdas que ele faz. Mas mexe-nos com a cabeça.
La Casa de Papel – fantástica série espanhola que vi sozinha porque o meu marido não curte espanhol. Adorei! Muito forte também e, apesar de ter alguns conceitos já vistos no filme Inside Man (a cena de os assaltantes obrigarem os reféns a vestirem-se todos de igual a eles), o desenrolar depois é diferente. É uma série em que ficamos completamente rendidos à maioria dos assaltantes, com pena deles e a desejar que se safem. Só não gostava do Berlim, que era assim asqueroso, apesar de também compreender algumas atitudes dele.
13 Reasons Why – esta série rebentou comigo! Fiquei completamente viciada! Já despachei as duas temporadas e estou ansiosa que venha a terceira. É uma série dramática americana que foca muitos problemas que os adolescentes vivem no liceu. Com uma grande crítica à forma como as escolas, as autoridades e os tribunais lidam (ou não lidam) com esses mesmos problemas. Não é que sejam temas que nunca se tenham visto, mas a abordagem é fantástica e o desempenho dos jovens actores é brutal! Tem cenas bastante duras e difíceis de ver (certas agressões, a cena em que a Hannah se suicida, por exemplo – porra, sou mãe, aquilo dá cabo de uma pessoa!). Adorei! E fiquei muito apaixonada pelo Clay. Se tivesse 17 anos, ele faria muito o meu tipo, por ser tão fofinho e decente. Claro que a Madalena prefere o Justin, porque é giro e tal, mas o Clay tem uma melhor aura, mas ela ainda não chegou lá. E tem de haver a terceira temporada porque aquela última cena da segunda não pode ser, tá?
O meu marido não começou a ver comigo, mas ia espreitando uma ou outra cena pelo canto do olho e ficou curioso. Agora anda ele a ver e quando se abanca, sento-me ao lado dele a ver de novo. Crazy, ahn?
Pendentes
Comecei a ver com o meu marido o Sex Education, mas ainda não vimos muitos episódios, temos de retomar. É mais uma série com adolescentes, à volta com as problemáticas sexuais próprias da idade, mas feita com nível e muita piada. Temos de continuar.
Entretanto, também comecei a ver o The Affair e estou super agarrada já. Estou só na primeira temporada, acho que são 4. Aquilo parecia que ia ser assim só, pronto, aqueles dois enrolam-se e vão haver muita pinocada, mas acho que vai ter pano para mangas e ter cenas maradas. A gaja é estranha (e não muito bonita, mas pronto, são opiniões) e cheira-me que aquilo vai dar muito molho. Só espero que não se torne maçadora.
Ah, também comecei a ver o Wild Wild Country, que é uma série documental sobre o guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh e a seita que ele conseguiu trazer para os EUA. Só vi dois episódios. Acho que são 6. Tenho de ver se a despacho.
Isto para quem não gosta de ler mais do que um livro de cada vez, estou com várias séries penduradas, o que não é bom. A ver se levo isto mais de fio a pavio…