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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Mais Leituras de Verão

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SINOPSE

Ajatashatru Larash Patel, faquir de profissão, que vive de expedientes e truques de vão de escada, acorda certa manhã decidido a comprar uma nova cama de pregos. Abre o jornal e vê uma promoção aliciante: uma cama de pregos a €99,99 na loja Ikea mais próxima, em Paris. Veste-se para a ocasião - fato de seda brilhante, gravata e o seu melhor turbante - e parte da Índia com destino ao aeroporto Charles de Gaulle. Uma vez chegado ao enorme edifício azul e maravilhado com a sapiência expositiva da megastore sueca, decide passar aí a noite a explorar o espaço. No entanto, um batalhão de funcionários da loja a trabalhar fora de horas obriga-o a esconder-se dentro de um armário, prestes a ser despachado para Inglaterra. Para o faquir, é o começo de uma aventura feita de encontros surreais, perseguições, fugas e aventuras inimagináveis, que o levam numa viagem por toda a Europa e Norte de África.

 

Bom, pelo que percebi de alguns comentários a este livro, é daqueles que ou se gosta ou se odeia. Muita gente deu 1 ou 2 estrelas no Goodreads a este livro, dizendo que era um disparate completo e que era altamente racista.

Quando passei os olhos nestas reviews antes de começar a ler, receei detestar o livro. Mas na verdade gostei. Dei-lhe 4 estrelas no Goodreads.

É uma história recambolesca, escrita com bastante criatividade e humor, que nos leva a viajar por vários pontos da Europa, passando até pela Líbia com este faquir que só queria ir ao Ikea em Paris comprar uma cama de pregos.

Creio que entendo que algumas pessoas possam ter lido este livro e achado algumas coisas racistas. Mas tive um entendimento diferente. Não achei racista, achei satírico, achei mordaz, de facto o autor faz algumas piadolas sobre os franceses, sobre os espanhóis, etc, mas na realidade são aquelas piadolas que todos nós fazemos a toda a hora. Um bocado como...sei lá, contar anedotas sobre alentejanos ou loiras...quer dizer...não é preciso embandeirar em arco com isso.

Mais uma vez diverti-me com a história criada por este autor, que escreve tudo com uma grande leveza e humor, mas que depois na verdade está mesmo é a falar sobre o sério problema dos imigrantes clandestinos e da forma como os países encaram a situação (ou não encararam). Portanto, apesar das piadolas, é um livro que até nos faz pensar e que alerta para um sério problema social.

 

*** 

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SINOPSE

O coração de Vianne Rocher, a encantadora e inquieta maga do chocolate, parece ter finalmente serenado. A vila de Lansquenet-sous-Tannes, que em tempos a rejeitou, é agora o seu lar. Com a filha mais velha, Anouk, a viver em Paris, Vianne dedica-se por inteiro à chocolaterie e a Rosette, a filha mais nova, a sua menina "especial". A acompanhá-las estão os seus amigos do rio, os extravagantes vizinhos, e o circunspecto padre Reynaud. Mas o vento, quando sopra, traz sempre mudanças… E estas começam com a morte de Narcisse, o temperamental florista. A vila fica em alvoroço pois Narcisse deixa não só uma surpreendente herança a Rosette, mas também uma inesperada confissão.

Nada voltará a ser como dantes. E quando uma loja nova abre onde antes se dispunham as magníficas flores de Narcisse, tudo parece um prenúncio de algo: um confronto, alguma turbulência, ou talvez até… um crime? Conseguirá Vianne impedir que o vento leve tudo o que lhe é mais querido? 

 

Assim que vi este livro nas novidades, o meu coração bateu mais forte. Tinha de o comprar!! Já o tinha namorado online, mas deixei passar. Aqui há dias fui ao Continente e quando lhe peguei...era tarde demais!

"Experimenta-me… Prova-me… Saboreia-me…"

Livros e chocolate são dois pontos fracos. Quando se juntam, não há nada a fazer! Fui enfeitiçada! :)

Adorei voltar a Lansquenet-sous-Tannes e ao mundo criado por Joanne Harris em torno do chocolate e da magia! Que saudades de Vianne, de Roux, de Anouk e Rosette. E até do Padre Reynaud!

Adorei acompanhar mais este livro da série Chocolate!

Uma pessoa molha o dedo nestes livros e quando dá conta está toda lambuzada com a história.

Nesta parte da história, Anouk já tem mais de 20 anos e vive em Paris com o namorado e Vianne mantém-se em Lansquenet-sous-Tannes com Rosette bem perto e Roux no seu barco no rio, mantendo aquele relacionamento muito próprio deles, duas pessoas que se amam mas que fogem a sete pés de relacionamentos convencionais e de criar verdadeiramente raízes.

Entretanto o vento muda, Narcisse morre e deixa a Rosette uma herança e logo depois abre uma nova loja onde Narcisse vendia as suas flores. E surgem conflitos com algumas pessoas, desde logo por não se perceber porque deixou o homem a herança a Rosette. E surge um pouco mais de magia do outro lado da praça, magia essa que vai tocar em várias personagens e que vai levar Vianne e ter novamente muito medo, por si e pelos seus.

A história vai alternando entre a narração de Vianne, de Rosette e do Padre Reynaud, sendo que este vai continuar em luta com os seus próprios demónios ao mesmo tempo que vai lendo os documentos deixados por Narcisse a ele onde lhe conta o seu passado. Relato esse que vai ajudar a perceber qual foi a motivação de Narcisse com a herança. 

Neste volume, tanto Rosette como Vianne vão mudar enquanto pessoas e vão crescer e perceber-se uma à outra, sendo que Rosette vai sofrer grandes transformações no final.

Gostei bastante. Só não lhe dei 5 estrelas porque não gostei muito do facto de a nova inquilina ter desaparecido tão repentinamente. Por um lado percebi, mas se calhar teria gostado mais que a inquilina e Vianne se tivessem encarado mais no final. Mas também foi uma boa forma de concluir a história e de nos fazer chegar várias revelações.

Tenho receio que este possa ser o último volume desta série. 

Não me importava que Joanne Harris escrevesse uma história mais focada em Anouk já mulher e outra mais focada em Rosette. Sendo as três feiticeiras, havia material para poder continuar a saga. Especialmente tendo em conta a forma fantástica como Joanne Harris consegue contar uma história. 

 

Para quem ainda não conhece a Série Chocolate de Joanne Harris, os volumes anteriores são:

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São todos livros cheios de magia escritos por uma grande contadora de histórias!

Adorava ver todos estes livros transformados em filmes, mas tinham de ser muito bem feitos...

Últimas Leituras Terminadas

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SINOPSE

E se de repente te entrasse pela porta uma irmã que não sabias ter? 
É isso mesmo que acontece a Antónia, uma trintona solteira (com um ex. namorado gay), introvertida e gorducha, incapaz de resistir ao chamamento dos doces. O aparecimento de Lucilla - linda e esguia - vem deixar a sua vida de pernas para o ar, mas entre ciúmes, abraços, mentiras e gargalhadas, Antónia vai aprender a conhecer-se melhor, a dizer não quando é preciso e, quem sabe, a apaixonar-se de novo.

 

Este livro cumpriu o que eu esperava dele.

Foi uma leitura rápida e divertida. Ri-me imenso com certas tiradas da Antónia.

Não sendo extraordinário é uma leitura boa para o Verão, quando queremos limpar a cabeça (especialmente para quem é um bocado viciado em thrillers) e rir um bocado, despachar um livro rapidamente enquanto se preparam 4 malas para as férias.

Tem alguns momentos comoventes também e românticos, mas no fundo faz-nos pensar um pouco no que é isto de se ter uns quilos a mais e da forma não só como essas pessoas olham para si próprias, mas especialmente como os outros olham para elas, como se não tivessem lugar no mundo. Ainda que haja sempre alguém que consegue olhar para uma pessoa gordita para lá do seu peso e a consegue amar tal como é.

***

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SINOPSE

Providence Dupois, uma carteira parisiense, precisa de viajar rapidamente para Marraquexe, a fim de resgatar a filha adotiva que se encontra gravemente doente. Contudo, quando está prestes a partir, um vulcão islandês de nome impronunciável desperta do seu sono profundo e paralisa todo o tráfego aéreo europeu. Desesperada por cumprir a sua promessa de reencontro, esta jovem mãe vai tentar tudo para chegar junto da filha, e, esgotadas todas as vias do possível, resta-lhe apenas uma última hipótese: voar. Para empreender uma tarefa tão audaz, contará com a ajuda preciosa de personagens peculiares, seja Léo Machin, um jovem apaixonado que emana um perfume de bondade e sabão Marseille, Tchang, um chinês que fala como se fosse um pirata, ou monges tibetanos que, quando não estão a rezar, ouvem Julio Iglesias.

 

Este livro foi na mala para as férias, juntamente com outro do mesmo autor.

Como previa, não avancei muito na leitura enquanto estive fora. Li umas 60 páginas no avião. Depois ficou na mala até chegar a casa. Despachadas as máquinas de roupa e o coiso, foi tempo de pôr os pés para o ar e quando lhe peguei de novo, foi um instantinho até chegar ao fim.

É uma fantasia deliciosa, muito bem contada, cheia de humor, sarcasmo, até alguma sátira política, económica e religiosa, que na verdade é uma daquelas histórias maravilhosas sobre o amor entre uma mãe e uma filha, mesmo quando uma filha não é de sangue.

Uma história sobre como o amor derruba todas as barreiras. 

Além de divertido é muito comovente e tem um final inesperado, que é o que dá realmente todo o sentido à história que lemos.

Recomendo-vos esta leitura.

Estou muito curiosa com o outro livro deste autor.

 

 

Livros para férias

A escolha é sempre muito difícil.

Uma pessoa podia levar um mini-trolley só com livros. Só para ter mais opções consoante o mood, ainda que não se lessem todos. Só que não vai dar.

Mas, vá, decidi ainda manter-me afastada dos thrillers mais uns dias. Não quero ir de férias com um daqueles livros super marados e viciantes que depois nem me deixassem tirar os olhos das páginas. E eu tenho muita coisa para ver e fazer. Os livros serão mais para os vôos e alguns momentos de maior sossego (que não serão muitos nem longos). Nem sei se vou conseguir ler um, quanto mais os dois. Mas é sempre aquele security blanket de levar dois livros, porque até se pode dar o caso de despachar um e depois ficamos sem leitura e isso é que não pode ser.

 

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Curiosamente dois livros do mesmo autor.

Mas que prometem ser histórias diferentes e divertidas.

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