Ora, como estamos a entrar em espírito natalício, este post é tipo aquelas promoções do Leve 3, Pague 2. Só que em bom. Porque levam 3 reviews e não precisam de pagar nada. Querem melhor?
Isto é só para disfarçar a rebaldaria em que anda este blog, com pouca paciência e tempo para vir escrever reviews. Mas vamos lá. Acabe-se com a procrastinação!
A Menina na Falésia, Lucinda Riley
Este livro foi maravilhoso! Desconhecia a autora, foi uma amiga que me levou até ela e ainda bem! Gostei muito deste livro e desta história com Grania e Aurora.
A história vai tendo avanços e recuos, vamos acompanhar esta interação entre a Grania e a Aurora, mas também vamos voltar ao passado, já que Grania vai ficando a saber histórias antigas que envolvem a sua família e a família de Aurora, de modo a perceber porque razão as duas famílias não se davam bem. Mas também temos a interlocução de Aurora, num diálogo muito directo com o leitor, que logo de início estranhei, mas depois acabei por adorar. Gostei muito das personagens. Gostei da família de Grania, aquelas pessoas genuinamente boas. Gostei da parte romântica e da forma como em parte a história se concluiu. É uma maravilhosa história cheia de ternura, de entrega e de emoções, que mexe com o nosso coração. E depois o final é…snif…cada vez que me lembro ainda choro.
Muito, muito fixe! Uma leitura viciante, que nos preenche e abala.
Estou curiosa com o outro livro da autora que tenho na mesa de cabeceira :)
**
Três Coroas Negras, Kendare Blake
Sinopse
Três rainhas negras,
Fruto da mesma terra.
Três gémeas meigas,
Agora entrarão em guerra.
Três irmãs negras –
Quais delas não se adivinha –
Mas duas terão de morrer:
Só uma será rainha.
A CADA GERAÇÃO, NA OBSCURA ILHA DE FENNBIRN, NASCEM TRÊS IRMÃS GÉMEAS.
Três rainhas herdeiras de um só trono, cada uma possuindo um poder mágico muito cobiçado. Mirabella é capaz de inflamar o incêndio mais violento ou a tempestade mais terrível. Katharine consegue ingerir um veneno mortal sem sentir os seus efeitos. De Arsinoe diz-se capaz de fazer florir a rosa mais vermelha e controlar o leão mais feroz.
Mas para uma delas ser coroada rainha, não basta ter a linhagem certa. As trigémeas terão de conquistar o seu direito à coroa, lutando por ele… até à morte.
Na noite em que as irmãs completam 16 anos, a batalha começa. E a rainha que sobreviver, conquistará a coroa!
Curly Maria a marcar mais uns pontinhos na fantasia…
Esta capa é linda, isso sempre achei.
A história parte de uma premissa muito interessante e uma pessoa lê a sinopse e fica bastante empolgada.
Quanto ao livro em si, esperava um pouco mais. Achei-o algo contido. É interessante, mas houve momentos, assim já a meio do livro em que estava à espera de mais acção, de momentos mais pungentes. E senti isso só mais para o final. Porque a maioria do livro é bastante descritiva, com muitos pormenores, a autora cria um ambiente sombrio e misterioso que se torna fascinante, mas faltou-me um bocadinho mais de intensidade. Isto deve ser por causa dos thrillers.
Sendo este livro o primeiro de 4 ou 5, percebo que possa ser o mais descritivo, numa óptica de apresentar bem as personagens, em especial as 3 irmãs Katharine, Mirabella e Arsinoe. Ainda não consegui decidir qual delas gostei mais. Se calhar porque, como a premissa é interessante, mas estranha, ainda não consegui criar muita empatia com as personagens, talvez por achar que todas me levantam questões morais. Claro que tenho de me abstrair disto e pensar que se trata de uma história de luta e sobrevivência e ninguém vai ganhar com moralidades. Certamente que vai haver jogo sujo. Ainda que me pareça que haja alguma classe e engenho e quero acreditar que é mais por aí que se vai ganhar o trono, pela inteligência e argúcia.
Apesar de ser uma introdução um pouco contida, em que se percebe claramente que é o primeiro livro de uma série, foi um livro que me manteve interessada e curiosa até ao fim, especialmente por nos apresentar três pontos de vista, vamos andando entre os pontos de vistas das irmãs, o que é algo que aprecio nas histórias. E gostei do twist final, que sem dúvida nos deixa a salivar pelo segundo volume.
Dei-lhe 3 estrelas no Goodreads, porque aquilo que espero é que depois os volumes seguintes tenham muito mais acção, mais momentos fortes e levem bastantes mais estrelas. Pelo menos, estou de coração aberto.
Mas, pronto, foi um pequeno passo para a Humanidade, mas um grande passo para Curly Maria :)
**
Um Homem Chamado Ove
Sinopse
À primeira vista, Ove é o homem mais rabugento do mundo. Sempre foi assim, mas piorou desde a morte da mulher, que ele adorava. Agora que foi despedido, Ove decide suicidar-se. Mal sabe ele as peripécias em que se vai meter. Um jovem casal recém-chegado destrói-lhe a caixa de correio, o seu amigo mais antigo está prestes a ser internado a contragosto num lar, e um gato vadio dá-se a conhecer.
Ove vê-se obrigado a adiar o fim para ajudar a resolver, muito contrariado, uma série de pequenas e grandes crises. Este livro simultaneamente hilariante e encantador fala-nos de amizades inesperadas e do impacto profundo que podemos ter na vida dos outros.
Depois da história da Elsa, que tanto adorei e que mexeu tanto com as minhas emoções, peguei neste livro e não pensei que fosse possível vir a dar-lhe 5 estrelas. Mas hey, it happened!
Este autor tem realmente o dom de criar personagens fabulosas e de criar histórias tão centradas em pessoas e tão emotivas, que não conseguimos deixar de nos sentir completamente ligados às personagens.
A história agarrou-me logo nas primeiras páginas. Ri muito em algumas partes, chorei muito noutras, foi mais uma montanha-russa de emoções.
Achei que não ia gostar de Ove, tipo, meh, é só um velho chato e rabugento, isto não vai ter piada nenhuma. Depois o Ove é o símbolo dos velhinhos, é um nosso avô e sentimo-nos tão ligados a ele que nunca o queremos perder.
No meio de alguma risota com alguns momentos, é preciso ver que o autor aborda temas sérios. Aborda o tema do suicídio, aborda o tema da solidão dos idosos, o tema do amor, aquele amor de uma vida inteira que quando se vai já não vale a pena viver mais.
Mas com estes temas cria uma história tão bonita, tão ternurenta e emotiva que me foi impossível não adorar o Ove! E não queria que o livro acabasse!
Recomendo vivamente este livro, bem como o “A Minha Avó Pede Desculpa”.
E não é que saiu há poucos dias um livro novo deste autor? Ainda uma pessoa anda a lamber as feridas destas duas histórias?
Enfim, mal posso esperar para o ler…
E pronto, é isto, vão para dentro e não se incomodem, que aqui a madame anda a ler um livrinho que chegou cá a casa pelo meu aniversário como prendinha e que me cheira que vou gostar.