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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

...

Há livros que quando terminam ficamos com dúvidas sobre o momento em que o nosso coração voltará ao lugar... E há livros tão bons, mas tão bons, que ainda que se leiam mais 100 livros este ano, sabemos que levam certamente o título de melhor livro do ano! 5*

Note to self

É favor lembrar de, depois da rotina matinal do duche e vestir para "ir trabalhar" (na sala), colocar brincos diariamente. 

Senão ainda vai ser preciso furar os abanos de novo...

...

Se esta "quarentena" durar muito tempo, quando o meu filho voltar a sair para a rua será não com t-shirts ou camisolas, mas com tops... Juro, a cada dia noto as camisolas mais curtas...

🙄

Estou a trabalhar em casa há 13 dias. Já estive mais longe de começar a fazer riscos na parede...

Aquilo que realmente me preocupa é o dia em que o meu buço e sobrancelhas esteja fora de controlo. E só me aperceba da situação quando for barrada por um segurança à porta do supermercado que me diga "o senhor vai ter de aguardar um pouco para entrar"...

 

* Já pensaram que, se estivermos em "quarentena" até Maio como se prevê em alguns círculos nem no verão temos as sobrancelhas em ordem e o cabelo cortado? Com as filas de espera que vai haver? 

 

 

 

 

 

 

Leitura em Curso

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Eh pá, Curly Maria decidiu fazer uma pausa em thrillers e policiais! E vai daí até escolhe na estante um livro com um bombeiro bem constituído na capa. E parte para uma história ali entre o romântico e o erótico.

Pronto, é o fim do mundo em cuecas!

Este livro veio parar à minha estante através da minha prima, que me deu alguns livruchos que procuravam nova casa. Eu decidi não dizer que não a estes bíceps. Fiz bem, não acham?

 

SINOPSE

Erin Jenkins está de regresso a casa, 10 anos depois de ter deixado Portland. Não está a atravessar o melhor dos momentos, mas quando surge a oportunidade de acompanhar a sua velha paixão de escola a um casamento, o verão torna-se bem mais interessante. Escaldante, até…
Jake Bennett é bombeiro e pai solteiro. Sofreu no passado e, por isso, faz o que pode para proteger o coração de mais… chamuscadelas. Quando reencontra Erin, forma-se a tempestade perfeita para uma noite intensa. Ou duas. Ou cinco.
Erin e Jake depressa descobrirão que quem brinca com fogo dificilmente lhe escapa.
Os dados estão lançados sobre dois corações incendiados num verão quente.

 

É isto. Não deve ter assim nada de surpreendente, mas estava a precisar de um livro que não me fizesse pensar muito.

Confesso que a minha ansiedade disparou um bocadinho com esta história do Covid e, portanto, sinto a tola um bocado atrofiada.

Estou a precisar de uma leitura ligeira, divertida e, por que não, com um toque picante.

Só espero que seja minimamente consistente...

Ao menos tem assim aquele ambiente tipo Chicago Fire, o que é sempre interessante...coff coff...

 

 

Leituras Terminadas

Poder-se-ia pensar que, estando uma pessoa em casa, ia despachar grandemente a pilha de livros por ler. Só que não. Porque, vamos lá ver, estou em casa, mas trabalho as normais 8h por dia. E ainda tenho de dar assistência pelo menos ao meu miúdo com as actividades escolares, pois ainda não tem a autonomia da irmã. E fazer trinta mil coisas em casa.

Portanto, o tempo de leitura continua a ser mais ou menos o mesmo. Ou menos ainda. Porque não tenho conseguido aproveitar a hora de almoço para ler tranquilamente umas páginas com a malta toda em casa. E tenho dias em que não me apetece ler. Talvez por agora trabalhar as ditas 8h num portátil que não tem o maior dos ecrãs e sinto a vista cansada ao final do dia.

De qualquer modo, vamos lá fazer a review das últimas duas leituras que fiz. 

 

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SINOPSE

Tenho andado a segui-la nos últimos dias. Sei onde faz as compras de supermercado, a que lavandaria vai, onde trabalha. Nunca falei com ela. Não lhe reconheceria o tom de voz. Não sei a cor dos olhos dela ou como eles ficam quando está assustada. Mas vou saber.
Filha de um juiz de sucesso e de uma figura do jet set reprimida, Mia Dennett sempre lutou contra a vida privilegiada dos pais, e tem um trabalho simples como professora de artes visuais numa escola secundária.
Certa noite, Mia decide, inadvertidamente, sair com um estranho que acabou de conhecer num bar. À primeira vista, Colin Thatcher parece ser um homem modesto e inofensivo. Mas acompanhá-lo acabará por se tornar o pior erro da vida de Mia.

 

Este thriller psicológico foi uma leitura bastante interessante.

É, contudo, uma leitura com um ritmo um pouco lento. Porque é uma história que se foca imenso na densidade psicológica das personagens. O que é bom e mau ao mesmo tempo. Bom para quem, como eu, aprecia uma exploração da mente das personagens. Mau, porque é um caminho que normalmente torna a leitura mais lenta e pode não agradar a quem prefira thrillers mais vertiginosos. 

De qualquer forma é uma história muito bem conseguida que nos prende da primeira à última página. Na história vamos tendo as perspectivas de Colin, do detective que tem o caso do desaparecimento de Mia e da mãe de Mia.

Só no final temos a perspectiva adicional de uma personagem que está praticamente apagada no resto do livro.

Faz uma boa exploração das personagens, dos motivos, do passado, das emoções e desmistifica bastante o conceito da família endinheirada perfeita, com pessoas em funções de relevo na sociedade.

É um bom retrato sobre as consequências que a falta de afecto pode provocar e realça o quanto os miúdos precisam de se sentir valorizados pelos pais.

É uma história perigosa, porque nos deixa no limite de termos pena do raptor e de até acharmos que tem bom coração, apesar de todos os crimes que já cometeu.

E depois tem um final com um twist bem conseguido, ainda que para mim não tenha sido completamente surpreendente. Foi mais surpresa o como e não tanto quem e porquê. E, por isso, não lhe dei as 5 estrelas.

Mas recomendo-vos esta leitura, se gostam de um thriller viciante que faz uma boa exploração da complexidade da mente humana.

 

***

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SINOPSE

Numa noite quente de verão, a inspetora-chefe Erika Foster é chamada à cena de um crime. A vítima, um médico, é encontrada asfixiada na cama. Tem os pulsos amarrados e os olhos parecem querer saltar-lhe das órbitas através do saco de plástico transparente que lhe cobre a cabeça e o sufocou. Alguns dias mais tarde, outra vítima é encontrada exatamente nas mesmas circunstâncias. À medida que Erika e a sua equipa intensificam as investigações deparam-se com um assassino em série inteligente e calculista - que persegue e sabe tudo sobre as vítimas antes de escolher o momento certo para atacar.

As vítimas são homens solteiros, com uma vida muito reservada e um passado envolto em segredo. Porém, podem não ser as únicas pessoas a ser observadas... Erika começa a receber mensagens enigmáticas e a sua própria vida corre perigo. Ela tudo fará para desvendar o mistério que rodeia estes crimes, ainda que isso signifique arriscar a sua carreira na polícia. 

 

Este foi o segundo livro que li deste autor e da série Erika Foster.

Quando li a sinopse e comecei esta leitura, lembrei-me de um dos volumes do Arlidge da série Helen Grace, que também começava com um crime deste género.

E pensei que se calhar não ia gostar muito, porque talvez fosse ser um bocado igual. Mas até que seguiu o seu próprio caminho.

Como sabem, não tinha ficado lá muito fã do primeiro volume desta série.

Mas este volume agradou-me bastante mais.

É um livro com um excelente ritmo, capítulos curtos, que mantém o interesse.

Neste volume já me consegui ligar um pouco mais à Erika Foster e apreciá-la mais como personagem e como detective.

A história tem um assassino fora do comum, o que torna tudo mais interessante.

Confesso que cheguei ali a uma certa parte do livro e pensei "Oh, meu Deus, pronto, vou detestar este livro". Mas, fiquei supreendida porque apesar desse momento, a história conseguiu manter-me interessada até ao último minuto.

A exploração psicológica do assassino está bem conseguida, conseguimos perceber as suas perturbações e motivações e tudo parece consistente com os crimes.

Os momentos de tensão são bem criados e vão sendo bem injectados na história.

O assassino convence e sentimos aquele receio de nos cruzarmos com ele, o que quer dizer que é credível.

E também vamos acompanhando a mente retorcida de outros personagens, o que eleva a fasquia.

Senti-me solidária com a Erika no final, achei que foi bastante injustiçada.

E fico curiosa com os próximos volumes desta série.

Dei-lhe 4 estrelas no Goodreads.

Mais por uma questão de gosto pessoal. Porque pessoalmente prefiro histórias que criem o twist de outra forma. 

Mas foi uma leitura bastante boa.

 

Boas leituras a todos, nesta fase estranha que estamos a passar.

 

 

 

Não estamos de quarentena!

Agora toda a gente diz que está de quarentena. E pergunta à malta como está a correr a quarentena. Felizmente não estamos de quarentena aqui em casa. Nem conheço nenhum familiar ou amigo que esteja. Estamos apenas com resguardo profilático.

Estou a trabalhar a partir de casa desde 3f. E andava ansiosa para o dia em que decidissem fechar as escolas. E para o Semi-Deus também deixar de ir ao escritório. 

Agora estamos todos resguardados, limitando as saídas ao máximo. Só fizemos curtas idas ao supermercado, mais para tentar arranjar produtos frescos. Na sexta-feira ao final do dia havia 0 legumes, 0 fruta, 0 carne e 0 peixe no Continente. Ontem já tinha havido reposição. O peixe e a carne é que não estavam já muito abastecidos. Porque acho que houve corrida logo às 8h30. 

Vi um casal com máscaras. Algumas pessoas com luvas. Mas depois de tocarem em tudo, pegam nos telemóveis, passam as luvas pelos ecrãs e metem o telemóvel na cara. Enfim. 

De resto, levam-se os cães à rua rapidamente e volta-se para o ninho. 

E tentamos aproveitar quando está bom tempo para apanhar ar e sol no terraço.

Hoje foi manhã de ronha. Acordou o Marcos primeiro. Eu vim fazer-lhe companhia. Lemos livros da biblioteca digital - http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/biblioteca/. Tomámos o pequeno-almoço. Já acabei o livro que estava a ler. Estou a pensar fazer uma tarde de jogos de tabuleiro. E podemos ler e ver TV. 

Não se está mal em casa. Ainda não estamos na fase de arrancar cabelos uns aos outros. 

Os miúdos têm saudades da escola e dos amigos, mas estão conscientes da situação. E não reclamam. 

O que me irrita é saber que o meu pai, com os seus belos 70 anos e poucas semanas depois de ter estado internado com um princípio de AVC, passa o dia na rua. Às vezes os velhos pá, só de chinelo na mão também. É irresponsável! Nem toma conta dele e ainda coloca em risco a minha mãe, o meu irmão e o meu sobrinho. Aunf!! 

Durante a semana vamos implementar regime de estudo durante a manhã, para esta criançada não pensar que está de férias e vão dormir até ao meio-dia e ver TV no restante tempo. 

E há sempre o pano do pó e o aspirador para brincarem. Ainda ontem jogaram ao limpar a casa enquanto nós fomos ao supermercado.

E estender roupa e apanhar roupa. O que não falta são jogos.

Vamos lá ter cuidado para ver se no verão vamos olhar para trás e rir disto tudo. Como algo que veio e passou...

Stay safe, people!

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