Claire leva uma vida dupla. Tem um marido num século e um amante noutro…
Em 1945, Claire Randall, ex-enfermeira do Exército, regressa da guerra e está com o marido numa segunda lua-de-mel quando inocentemente toca num rochedo de um antigo círculo de pedras. De súbito, é transportada para o ano de 1743, para o centro de uma escaramuça entre ingleses e escoceses.
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Catapultada para um mundo de intrigas e espiões que pode pôr em risco a sua vida, uma pergunta insistente martela os pensamentos de Claire: O que fazer quando se conhece o futuro?
Um misto de ficção romântica e histórica, Outlander - Nas Asas do Tempo já foi publicado em 24 países.
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Bom, a sinopse deste livro, pelo menos no site da Wook, é uma coisa gigantesca e que conta praticamente todo o enredo deste primeiro volume. Portanto, copiei os primeiro dois parágrafos e os dois últimos. O resto é ler, malta! Não quer dizer que, se lerem a sinopse, já não vão querer ler o livro. Mas já sabem que detesto estas sinopses demasiado reveladoras.
Outlander...
Ai, pá, onde é que eu andava?
Tinha uma vaga ideia de ter ouvido falar algures de Outlander. Se calhar alguma referência da minha prima ou assim. Mas, vá-se lá saber porquê, fiquei na ideia que era qualquer coisa distópica. Como não me suscitou interesse, nunca fui pesquisar mais.
Entretanto, aqui há uns tempos, descobri a série no Netflix. Lembrei-me do nome, guardei nos favoritos e deixei marinar.
Depois dei de caras com um dos livros, talvez em destaque numa promoção, creio que na Wook, e foi então que fui ler as sinopses. Senti-me burra. Então afinal Outlander é uma saga de fantasia e romance histórico? Pois, se calhar na altura alguém mencionou fantasia e eu associei a um tipo de livro completamente diferente. Lição aprendida...o truque é pesquisar.
Posto isso, curiosidade aguçada, aí vai ela começar a ver a série. E pronto, fiquei agarrada!
Muitas noites mal dormidas à conta de ver episódios até tarde (os episódios são grandes). Porque rapidamente percebi que aquilo tem algumas cenas calientes e, portanto, só vejo quando já tenho a criançada na cama ou longe da TV. E depois aquilo mantém-me interessada e é isso...muitas olheiras na manhã seguinte. Entretanto já vou na terceira temporada. Mas, como vos referia, nem ler as sinopses, nem ver a série me tirou a vontade de ler os livros. E que livros, senhores! Verdadeiros arquétipos do real calhamaço!
O primeiro volume nem é mau de todo, são umas 770 páginas ou perto disso. Mas já vi que há volumes com umas 1000. E são muitos volumes. Do que vi publicado, vai na parte II do volume 7, sendo que o volume 6 também tem duas partes. Ouvi dizer que ao todo são 9 volumes. E eu quero todos. Pronto, já disse!
Então e relativamente a este primeiro volume abre-pulsos?
Adorei!
Apesar de já ter visto a primeira temporada, que corresponde a este primeiro volume, a escrita da autora é maravilhosa. E adorei entrar neste mundo, neste misto entre fantasia e história, com uma grande, grande componente de romance. E duas personagens românticas que sei que vão ser inesquecíveis.
Claire é uma mulher forte e corajosa, Jamie é o meu novo crush literário, Jack Randall é a personagem mais odiosa (em quase todos os episódios em que ele aparecia, eu parava a série e só retomava no dia seguinte; e houve uma parte que passei mesmo à frente porque não consegui ver - o homem realmente faz um grande papel, era só ver a cara dele e ficava cheia de medo, com o coração aos saltos).
Quando Claire surge em 1743, vê-se enredada nas confusões entre escoceses e ingleses (Red Coats), no movimento jacobita, no próprio clã MacKenzie, onde conhece-se Jamie Fraser, na batalha de Culloden...
Entre o livro e a série, que está uma boa adaptação, nota-se, ainda assim, uma ou outra diferença. Mas este romance nas páginas é fortíssimo e na série...acho que os actores não podiam ter sido melhor escolhidos porque têm uma química incrível e representam mesmo bem o que se lê nos livros.
Claire e Jamie tornam-se um casal, por questões de segurança e sobrevivência. Mas, apesar da lealdade para com o marido de 1945, os sentimentos crescem de forma avassaladora entre Claire e Jamie.
Jack Randall é um antepassado do marido de 1945 (Frank) e é um sósia o que torna ainda mais perturbadores os contactos com Claire.
Bom, fica difícil falar nesta história, sem nos excedermos.
Mas achei uma história fortíssima, bem contada, cheia de detalhes históricos e de pormenores sobre cenários, paisagens, vestuário, costumes, leis, personagens, que realmente era impossível não ser aproveitada para uma série. Porque, realmente, é super cinematográfica, conseguimos visualizar as coisas, conseguimos sentir os cheiros, conseguimos sentir o medo, conseguimos sentir a tensão, conseguimos sentir as intrigas, e é uma história sobre uma paixão arrebatadora, que começa com muito desejo e se torna num amor para toda a vida, um amor que perdura no espaço e no tempo, um amor tão absoluto, que nos faz sentir na pele todas as emoções, todas as falas, todas as dores, todo o sofrimento.
Porque sim, este romance não é fofinho. Tem momentos bons, tem momentos maus, tem discussões, tem momentos questionáveis, tem um desejo electrizante, tem um moçoilo de kilt muito jeitoso que quando fala na maioria das vezes põe os joelhos de uma pessoa a tremer... E tem momentos de séria aflição. Os momentos de paz duram pouco, há sempre perigos, há sempre segredos por revelar, há sempre personagens traidoras. Ou seja, apesar de ser um livro bastante descritivo, tem muito poucos momentos aborrecidos, está sempre qualquer coisa a acontecer. E manteve-me alerta da primeira à última página e agora ansiosa por continuar (ainda não tenho o segundo volume).
Se tudo fica claro neste volume? De todo! Tenho algumas questões sobre a parte das viagens no tempo (que talvez venham a ser respondidas nos volumes seguintes) e sobre uma cena logo no ínicio passada em 1945.
Só espero não chegar ao final da saga e a autora vir revelar que era tudo um sonho estranho.
Mas quero muito continuar...
Quem já leu? O que acharam de Outlander?