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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

...

❤️❤️❤️

Leitura Terminada

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(gosto tanto desta capa!)

Sinopse

A pacata cidade de Cambridge estremece, ao ser confrontada com os pormenores monstruosos do crime. Mas tudo piora quando uma criança desaparece a caminho da escola. O menino é encontrado numa mata, nu e estrangulado. Adam Immanuel, um escritor inglês, é visto a fugir do bosque. E todos, exceto uma jornalista e um professor universitário, acreditam que é culpado.

Simultaneamente, um cardeal chega à Cidade do Vaticano num ambiente de grande polémica. O novo Papa foi assassinado, o mundo prepara-se para mais um conclave e um delator continua a publicar informações comprometedoras sobre a Santa Sé. Todavia, será que o religioso recém-chegado veio para ficar? Porque esconde a associação a um assassino profissional? Será ele capaz de resistir à aproximação de uma bela, mas nada inocente, mulher?

 

Nuno Nepomuceno mais uma vez não desilude e consegue criar um thriller viciante, que nos agarra nas primeiras páginas e é cheio de voltas e reviravoltas até ao final!

Portanto, é bom que se esteja atento durante a leitura. Nem sempre estive 100% concentrada e, por vezes, tive de voltar atrás para perceber algo, apesar do excelente enquadramento de tempo/espaço no início de cada capítulo.

A escrita é mais uma vez muito fluída, mas bastante elegante, inegavelmente o cunho pessoal de Nuno Nepomuceno. O enredo está bem construído e conclui bem, o que torna a leitura muito agradável e algo vertiginosa, porque vamos tendo aquele desvendar constante de camada debaixo de camada.

Contudo, dei a este livro 4 estrelas pelo seguinte: achei o tema principal demasiado parecido com o tema central do livro anterior e, portanto, a história acabou por ter uma ou outra vertente diferente e original, mas senti o livro demasiado agarrado à narrativa anterior, até ao nível de algumas personagens que conhecemos antes que voltam a surgir neste livro. Surgindo mesmo uma personagem inesperada, da qual não gostei particularmente, de um outro volume e confesso que senti como algo forçado a sua ligação com esta história. Se calhar fui eu que não percebi que este livro era uma espécie de continuação do anterior e esperava uma história mais fora da caixa. 

Portanto, tudo aquilo fez sentido e foi uma excelente leitura, mas gostava que a história construída tivesse sido mais desapegada do volume anterior e com personagens novos, ainda que no centro tivéssemos o professor Catalão. Mas desconfio que o próximo volume ainda venha a ser uma continuação desta história, tendo em conta o final.

De qualquer modo, é um livro que recomendo e é um autor português que é uma simpatia de moço e merece ser descoberto, se ainda não o leram!

 

 

Leitura Terminada

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Sinopse

Será que uma mudança de ambiente pode mudar uma vida?

Depois de ser traída por uma crise de nervos que arruína uma importante apresentação de trabalho, Leena Cotton decide refugiar-se na casa da avó Eileen, numa zona rural inglesa, para um merecido e já tardio descanso.

Eileen está prestes a fazer 80 anos, mas vive sozinha há pouco tempo, desde o fim do seu casamento. Anseia por uma segunda hipótese no amor, mas cedo se apercebe de que não será na minúscula aldeia em que vive que irá encontrar candidatos à altura. Decididas a darem uma volta à vida, avó e neta resolvem fazer uma troca durante dois meses.

Eileen irá para Londres em busca de novas aventuras. Ficará a viver no apartamento de Leena, onde, com a ajuda dos seus companheiros de casa, aprenderá tudo acerca das novas tecnologias ao serviço dos encontros amorosos, ao mesmo tempo que colocará ao serviço dos vizinhos o seu grande coração e sentido de entreajuda.

Enquanto isso, os assuntos da pequena aldeia em Yorkshire ficarão a cargo de Leena, que irá morar na charmosa casinha de Eileen e terá de lidar com toda a lista de afazeres comunitários da avó, bem como com as recordações dolorosas que aquele regresso às origens lhe irá provocar.

 

***

Este livrucho lindo foi um miminho que me chegou cá a casa enviado pela minha primocas. Uma surpresa deliciosa que adorei!

É um livro ligeiro, de escrita fluída com uma história superdivertida, amorosa e ternurenta que me encheu o coração numa altura em que não estava lá muito bem.

Adorei as personagens, adorei esta avó maravilhosa e super para a frentex, gostei da parte romântica.

Apesar de ter muitas coisas previsíveis é um daqueles romances giros de ler, cumpre o seu papel e pelo menos gostei do enredo e das pessoas (excepto uma) envolvidas na história até chegar ao final.

Gostei do final também e é uma daquelas histórias sobre aquelas zonas rurais de Inglaterra, que nos faz ficar cheios de vontade de termos a casinha no campo e de nos rodearmos de pessoas genuínas e boas.

Dei 4 estrelas no Goodreads.

Obrigada, amora! 

 

Leitura Terminada

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Sinopse

História verídica de um amor em tempo de guerra!

Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração - um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.

Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver - gravando uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele - com uma tinta indelével. Era assim o processo de criação daquele que veio a tornar -se um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.

À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência mas também pela desta jovem.

***

 

Tinha este livro há uns tempos na minha wishlist e, um dia, em conversa com a minha filha sobre este e um colega dela que o tinha comprado a estava a pensar ler em breve, o livro acabou por vir parar cá a casa, gentilmente emprestado. Obrigada, T.!

Dei a este livro 3 estrelas no Goodreads.

Perdoem-me o que vou dizer, porque até parece mal, mas este livro ficou aquém das minhas expectativas, porque achei que foi uma leitura demasiado leve sobre um tema tão pesado. Se é que se pode dizer alguma vez que Auschwitz é leve. But, bare with me

Por um lado, foi uma história de amor, de esperança, de sobrevivência, como terão havido tantas histórias destas no meio de todo aquele horror. E isso é positivo e é algo emocionante.

O livro tem uma escrita fluída e lê-se bastante bem e depressa. Até porque é bastante leve em termos de páginas. Contudo, no que toca a Auschwitz/Birkenau, à descrição de factos, de situações, o livro realmente menciona alguns pontos que já conhecemos, dando algum enquadramento histórico, só que é tudo demasiado superficial.

A única coisa que achei diferente e um bocado arrepiante era esta função de Sokolov, de tatuador de pessoas, de lhes marcar a pele para sempre com um número, como se fossem animais ou coisas que se marcam, com algo que ninguém certamente desejaria ser marcado. Mas, certas situações, os factos históricos, são referidos quase en passant, sem grandes detalhes, sem grande conteúdo, como se, de facto, estivessem a acontecer por mero acaso, tipo, o senhor Sokolov situa-se naquele cenário, mas nem é esse o maior foco da história. O maior foco é Gita e os seus sentimentos, o querer estar com ela, inclusivamente de modo sexual, quando nem sequer tinham grandes forças para se terem de pé, o que até se torna meio estranho, mas isso sou eu.

E depois, todo o livro, toda a história de Sokolov e de Gita, fizeram-me chegar ao fim e pensar que me pareceram coincidências a mais que se tivessem “safado” como se “safaram”. Parece que estava sempre tudo alinhado, certas coisas pareceram tão “fáceis” que nem parece que estavam num campo de concentração ou que tinham acabado de sair dele.

Desculpem parecer fria com algo de tão sensível, mas por ser algo de tão sensível, quase achei desrespeitosa esta leveza na escrita, sinceramente. Se lerem, talvez percebam o que estou a dizer. Depois digam-me o que acharam. Percebo que tenha sido o amor que os ajudou a lutar e a sobreviver às agruras da situação, mas não foi de todo o meu livro favorito sobre este tema.

Nervos...

Há uma coisa que me enerva mais do que os fios curtos de carregadores de telemóveis/tablets...

... atacadores curtos nos ténis!! 

Raisparta ahn!

😕

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Finalmente caminhamos em passos largos para sair deste Inverno interminável e para a chegada da Primavera!