Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

Sinopse

No inverno de 1956, a jovem Ivy Jenkins engravida e é enviada em desgraça para St. Margaret, uma sombria casa de acolhimento para mães solteiras, no sul de Inglaterra. A bebé é adotada contra a sua vontade, e Ivy teme nunca sair daquele lugar aterrador. Sessenta anos mais tarde, Samantha Harper, uma jornalista desesperada por um furo, depara-se com uma carta do passado, e o seu conteúdo chocante comove-a. A carta é de Ivy, uma jovem mãe que implora para ser resgatada de St. Margaret… antes que seja tarde demais. Samantha é arrastada para esta história trágica e descobre uma série de mortes repentinas e inexplicáveis em torno daquela rapariga e da sua filha. Com o edifício antigo de St. Margaret prestes a ser demolido, Samantha tem apenas algumas horas para desvendar os terríveis segredos que aquele lugar esconde, antes que a verdade, perturbadoramente perto de si, se perca para sempre…

***

Uma querida amiga disse-me que eu tinha de largar tudo e ler este livro. Assim que terminei o livro que estava a ler lá fui eu a correr agarrá-lo.

Uma gaja lê a sinopse e fica logo agoniada e já sabe que vem aí uma história difícil de digerir, especialmente por ser baseada em histórias reais, em situações que aconteciam a raparigas que engravidassem ou jovens, ou fora de casamentos, ou até por abuso sexual dos próprios pais na década de 50-70.

Dei 4 estrelas (4,5) ao livro.

Gostei imenso do livro, foi uma história que li muito rápido porque fiquei de tal modo embrenhada no enredo que era difícil largar.

Nesta história vamos ter duas linhas temporais, anos 50 e a história em volta de Ivy e tempo presente (2017) e a história em torno de Sam e de saber mais sobre a rapariga da carta e o que se passava afinal em St. Margaret.

É uma história que nos emociona e angustia, ao mesmo tempo que tem um ritmo de thriller, com esta contagem decrescente para saber o que aconteceu antes que o edifício seja demolido. Sendo que há uma série de mortes com contornos estranhos por explicar.

Não dei as 5* porque, apesar de muitos momentos surpreendentes e chocantes houve outros que percebi muito cedo na história. Mas é muito bom, cheio de momentos chocantes e arrepiantes!

Leitura Terminada

Este livro é super fofinho e comovente especialmente para pessoas apaixonadas pelo mundo canino.

Além de acompanharmos a história de Rachel, a história acaba por acompanhar 3 famílias e mostra como os animais (neste caso são cães, mas podiam ser outros) podem mudar a vida das pessoas, curar feridas e corações com a sua verdadeira amizade e companheirismo.

 

A autora faz com esta história um grande apelo à adopção responsável, tendo em conta que as pessoas devem adoptar o animal adequado à sua personalidade e estilo de vida, e reflecte sobre o impacto na vida dos animais de acções humanas egoístas, com grande foco no abandono.

 

Portanto, é um daqueles livros que nos aquece o coração, mas que também nos faz soltar uma lagrimita aqui e ali, entre momentos fofos com cachorrinhos e problemas que nos fazem recear pela saúde e vida do animal.

 

Dei 4 estrelas porque, apesar de ter gostado e de ser um livro envolvente e comovente, gostava que tivesse sido mais explorada a parte romântica da Rachel com aquela personagem rústico-romântica-sexy-coise. A coisa deu-se, mas teve desenvolvimentos muito rápidos em termos de futuro mas com poucas interações entre os dois. Esta parte um pouco mais explorada tinha sido um livro perfeito. Ainda assim é uma óptima companhia!

Leitura em Curso

12018779.jpg

SINOPSE

A londrina Rachel de trinta e nove anos descobre que tudo na vida pode dar uma volta enorme quando e como menos se espera.
Tudo começa num momento conturbado: na mesma semana Rachel perde o namorado, o emprego, descobre o primeiro cabelo branco e é acusada pela irmã de ser egoísta por se ter esquecido do aniversário do sobrinho.
Como se não bastasse de repente tem de se mudar de Londres para uma pequena cidade de província, no fim do mundo, onde uma tia lhe deixou em herança um canil a abarrotar de cães, uma casa enorme e uma montanha de dívidas.

 

Nos momentos de maior fragilidade gosto de me refugiar em comfort books. Romances aconchegantes, pessoas fofinhas, vilas inglesas pitorescas e histórias com cães. 

Não está a andar à velocidade que gostaria, mas o problema é claramente meu e não do livro porque até agora estou a gostar. 

 

Leitura Terminada

silencio aguas.png

SINOPSE

Momentos.

A vida é uma sucessão de momentos. Alguns, profundamente dolorosos e cheios de mágoas do passado. Outros, cheios de esperança e promessas para o futuro.

Tive muitos momentos na minha vida, momentos que me modificaram, que me desafiaram. Momentos que me assustaram e atormentaram. No entanto, os mais importantes - os momentos mais comoventes e arrebatadores - sempre o incluíram a ele.

Eu tinha dez anos quando perdi a voz. Uma parte de mim foi -me roubada, e a única pessoa que conseguia ouvir verdadeiramente o meu silêncio era o Brooks Griffin. Ele era a luz dos meus dias escuros, a promessa do amanhã, até que a tragédia o encontrou. A tragédia que acabou por afogá-lo num mar de memórias.

Esta é a história de um rapaz e de uma rapariga que se amavam um ao outro, mas não se amavam a si mesmos. Uma história de vida e de morte. De amor e de promessas quebradas.

 

Esta capa é qualquer coisa de…maravilhoso…é o azul, é a t-shirt molhada, é o six-pack, ai pá, nem sei, é muita informação para uma pessoa só! 

Bom, fiquei de olho neste livro assim que vi esta capa. Mais ainda porque via montes de gente a tecer grandes elogios à história. Finalmente consegui apanhá-lo e não resisti!

 E pumba, toma lá 5 estrelas! Vai buscar!

Amei este livro!

Sofri muito com ele, tem momentos muito difíceis, mas é uma das mais bonitas histórias de amor que já li! Uma história linda, sobre duas pessoas estragadas, avariadas, que são realmente a âncora uma da outra, contra tudo e todos.

É uma história sobre amizade, sobre trauma, sobre amor, sobre família, sobre música, sobre curar uma alma, maravilhosamente contada, em soluços emocionantes, carregados de paixão, de coração.

E havia qualquer coisa na sinopse ou que surgiu ali no início da história que me fez ler este livro até ao fim sempre com o coração a partir-me as costelas, de medo, de muito medo que a coisa não fosse para onde eu queria…

Adorei a Maggie, adorei o Brooks, ai pá o Brooks! Gostei muito de a história ser trazida a duas vozes e adorei a voz do Brooks.

É um livro muito intenso, que nos leva a ter momentos de irritação pela situação de Maggie (tipo, a sério miúda, fala pá!), e pelo afastamento entre os dois (aaaaaaargh, que raiva), mas que logo a seguir me fazia sentir super culpada e pensar eh pá, os problemas de cada um só cada um sabe e nem sempre é fácil superar um trauma e nem sempre é fácil construir uma relação e lidar com as emoções. E o que é fácil para alguém pode ser extramente difícil para outrem, e, portanto, é um livro que nos obriga a alguma reflexão e a ter alguma empatia e compaixão.

Felizmente teve o final que eu queria muito, muito (desculpem o spoiler, ou não), ainda que possa ter sentido que o trauma de Maggie se resolveu de uma forma muito rápida depois de tanto tempo. Mas lá está, é falta de conhecimento e empatia, porque na verdade um momento traumático pode danificar uma pessoa para a vida ou então durante muito tempo até que há um qualquer gatilho que despoleta uma reacção diferente.

Mas é um livro super viciante e emotivo, que me fez sentir quase sempre sufocada, como se tivesse debaixo de água, mas que adorei ler e recomendo vivamente!

Leitura Terminada

judia.png

SINOPSE

O corpo de um homem espancado até à morte é encontrado numa praia deserta. O cadáver pertence a um escritor, presente na cidade para assistir à antestreia da adaptação cinematográfica do seu livro mais famoso. Na mesma noite, um jovem confessa o homicídio, mas é nesse momento que uma questão se coloca: por que motivo as provas recolhidas apontam para que esteja inocente? O mistério adensa-se quando a noiva da vítima, uma colecionadora de arte com os seus próprios planos, decide vir a público. Ela tem algo a dizer, mas poderá estar implicada?

Depois do sucesso de O Cardeal, Nuno Nepomuceno regressa e apresenta finalmente o muito aguardado desfecho da série Afonso Catalão. Entre Cambridge, Amesterdão e Veneza, inspirado pela morte do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini, construído segundo os cinco elementos de um filme, A Noiva Judia é um thriller psicológico inteligente, sedutor e ousado, de leitura voraz, que só conseguirá pousar quando chegar à última página.

 

Obrigada Nuno, por me teres feito passear de novo em Veneza! Se bem que fiquei com muita vontade de lá voltar mesmo e de ir explorar com mais tempo alguns pontos que não consegui apreciar quando lá estive :)

Este livro vem concluir, para já, a saga Afonso Catalão, iniciada com A Célula Adormecida (que continua para mim a ser o melhor livro de Nuno Nepomuceno). Depois desse livro, o Pecados Santos foi maravilhoso também! Entretanto, achei que o livro A Última Ceia foi comparativamente inferior, tendo recuperado algum fôlego com A Morte do Papa. O livro anterior, O Cardeal foi bom, mas também achei inferior, e agora este volume fez-me perceber que realmente algumas coisas que achei mal explicadas no livro anterior, algumas pontas soltas, se atam agora neste último volume.

Nuno Nepomuceno já nos habituou a uma escrita viciante e fluída, mas construindo bem os arcos narrativos e criando aquele ritmo frenético que nos leva a uma leitura muito rápida. Sem perder a classe e aquele humor fofo que está sempre presente nos seus livros.

Mantém-se a estrutura dos capítulos curtos, com uma boa identificação de espaço e tempo, o que ajuda a criar aquele ambiente quase cinematográfico.

E creio que o Nuno conseguiu realmente resolver bem o puzzle que foi construindo nos livros anteriores, sem meter os pés pelas mãos, o que é de louvar, porque aquilo foi dando muitas voltas. E consegue também trazer-nos muitos elementos surpreendentes, de uma forma muito inteligente.

É um facto que continuo a preferir a Diana ao Afonso (acho-a na verdade muito mais ágil mentalmente do que ele) e que definitivamente não me consigo ligar à Sofia, mas isso deve ser um problema meu, o não me identificar com a sua personalidade, ainda que lhe reconheça a argúcia e inteligência.

Sinto que o Nuno fez bem em decidir esta pausa que nos anunciou na apresentação do livro. É importante deixar a veia criativa funcionar e para isso, por vezes, é preciso dar-lhe tempo e espaço, tirar a pressão de cima de uma mente brilhante, porque esse excesso de pressão no final acaba por prejudicar a qualidade da escrita do autor, o que é uma pena, porque queremos ler sempre o melhor dele.

Quando ele decidir voltar, cá estaremos para o continuar a ler. Porque o moço é uma joia de moço e o seu clube de fãs certamente que o vai continuar a acompanhar.

Dei a este livro 4 estrelas, porque apesar de bom, não foi uma bomba como A Célula Adormecida ou Pecados Santos.

 

PS – Na apresentação do livro, o Nuno disse uma coisa em público que me fez corar até à raiz dos cabelos. Não tinha ideia que tinha tido influência no rumo que ele escolheu para A Morte do Papa. Mas fiquei, pronto, com aquela vergonha feliz! :) Obrigada!

 

Leitura Terminada

sempre tu.png

SINOPSE

Morgan e a sua filha adolescente, Clara, parecem não ter nada em comum. Depois de ter engravidado e casado quando era muito jovem, Morgan viu-se obrigada a adiar os seus sonhos, e está determinada a não deixar que a filha cometa os mesmos erros. Clara não quer seguir os passos da mãe, que considera demasiado previsível, e é na sua tia Jenny que encontra uma confidente.

Quando Chris, marido de Morgan e pai de Clara, sofre um trágico e inexplicável acidente, o equilíbrio precário entre mãe e filha é quebrado e as consequências parecem alastrar-se às pessoas que as rodeiam.

Enquanto tentam reconstruir as suas vidas, Morgan encontra conforto num amigo do passado e Clara aproxima-se de Miller, uma companhia que a sua família não aprova. À medida que novos segredos e mal-entendidos surgem entre mãe e filha, ambas terão de lutar por uma reconciliação, antes que as suas diferenças e ressentimentos consigam afastá-las de modo irremediável.

 

Tinha lido há poucos dias um livro de Colleen Hoover e não resisti a pegar noutro pouco depois.

Foi mais um livro ao qual dei 5 estrelas. Apesar de ter sentido alguns momentos como algo previsíveis, noutros fui apanhada de surpresa, mas, mais uma vez, é um livro fortíssimo, que nos conta uma história brutal sobre um relacionamento entre uma mãe e uma filha, especialmente. Fala-nos de traições, de segredos, de sentimentos guardados uma vida, mas fala-nos especialmente de altruísmo, de perdão e, sem menor importância, fala-nos de amor.

É um enredo super viciante e carregado de emoção, uma história com muitos momentos dilacerantes para estas duas personagens, mas que nos traz em paralelo duas linhas românticas que adorei acompanhar e adorei a forma como terminou. Achei sinceramente muito merecido!

Se calhar alguns leitores gostavam assim de um twist final marado, eu sinceramente só queria que no fim vencesse o amor e, portanto, adorei o final! Acho que nem sempre um livro é bom apenas quando é dramático e tem um final infeliz. Senão até parece que as pessoas não preferem o amor ao sofrimento, o que me soa estranho…

Leiam!!

 

Leitura Terminada

quarto escuro.png

SINOPSE

«Sou eu a minha prisão, agora. Até acordar cercada por grades, algures.»

Eduarda apenas sonhara em refazer a sua vida após a morte do marido, que a deixou sozinha no mundo com uma filha adolescente. Não desconfiou que essa nova casa, com um novo companheiro, a conduziria a uma vida de violência, destinada ao esquecimento. Anos de submissão encaminham-na para uma noite de tempestade.

Este é o momento em que as paisagens tão dissonantes da vida de seis mulheres se entrelaçam de uma forma inegável, numa demanda pelo significado da vida. Mães, filhas, amigas, amantes, casas devastadas pela dúvida e pela loucura - todas obrigadas a enfrentar o medo de voar no quarto escuro.

 

Não me lembro exactamente onde ouvi falar deste livro pela primeira vez. Talvez no canal da Ana Lopes ou da Maria João Covas. Mas ficou-me esta referência e há tempos aproveitei uma promoção da Wook para o comprar.

Desde logo gostei de duas coisas neste livro: da capa, que acho maravilhosa, e do tamanho. Gosto quando pego num livro mais leve, que não chega às 200 páginas, mas que tem o potencial de ser maravilhoso, de poder conter algo de muito bom nessas parcas páginas.

Depois, gostei de mais coisas neste livro. Gostei muito da forma como a autora escreve, tem uma escrita aparentemente leve, muito fluída, mas ao mesmo tempo muito cuidada e carregada de crueza.

Este livro na verdade não nos traz uma história, traz-nos a história de oito mulheres diferentes, cada uma com os seus problemas de vida, com as suas complexidades, num enredo muito bem conseguido de história dentro da história. Como são muitas personagens, temos de ter alguma atenção para saber quem é quem, porque o relato não é contínuo, vai mudando de voz. Mas se calhar não é bem o nome das personagens que importa, mas sim o trazer-nos um retrato bastante nu e cru ainda que algo aparentemente desprendido sobre problemas complexos, o mostrar-nos que podíamos ser de alguma maneira alguma daquelas mulheres. 

Dei-lhe 4 estrelas no Goodreads, não as 5, porque no final, por um lado entendi a forma como a autora conclui, por outro fiquei com algumas dúvidas sobre aquela possibilidade. Mas é um daqueles livros que vale muito a pena ler pela forma como a autora nos conta a história (ou as histórias). Recomendo!

 

Leitura Terminada

acaba aqui.png

Sinopse

O que te resta quando o homem dos teus sonhos te magoa?

Lily tem 25 anos. Acaba de se mudar para Boston, pronta para começar uma nova vida e encontrar finalmente a felicidade. No terraço de um edifício, onde se refugia para pensar, conhece o homem dos seus sonhos: Ryle. Um neurocirurgião. Bonito. Inteligente. Perfeito. Todas as peças começam a encaixar-se.

Mas Ryle tem um segredo. Um passado que não conta a ninguém, nem mesmo a Lily. Existe dentro dele um turbilhão que faz Lily recordar-se do seu pai e das coisas que este fazia à sua mãe, mascaradas de amor, e sucedidas por pedidos de desculpa.

Será Lily capaz de perceber os sinais antes que seja demasiado tarde?

Terá força para interromper o ciclo?

 

Colleen Hoover tem o grande potencial de se tornar uma daquelas autoras de quem quero ler tudo. Porque os livros dela são sempre fortíssimos, pelos vistos.

Verity, o primeiro livro que li dela, foi uma experiência alucinante, mas mais numa linha de thriller psicológico. Parece-me que os restantes livros dela também são experiências avassaladoras, mas mais numa óptica de explorar temas complexos ao nível das relações, seja entre um casal ou entre uma mãe e uma filha, por exemplo.

Este livro foi mais uma história viciante e emocionante, muito forte na forma como está escrito fazendo a história entranhar-se em nós e ter um corrupio de emoções diferentes.

É muito difícil pousar este livro para ir fazer outra coisa, parece que não queremos deixar Lily sozinha por um segundo.

É uma história fortíssima que aborda brilhantemente o tema da violência doméstica e mexe completamente connosco, deixando-nos arrasados no final. Apesar de ser uma história de ficção, será uma história bem real para muitas mulheres e devia ser lida por muitas, para aprenderem a ser capazes de quebrar o ciclo.

Dei-lhe 5 estrelas gordas, pela capacidade da escrita, pelas emoções, pela forma como nos diz “cuidado com o cinzento, não se pode perdoar o negro por uns laivos de cor de rosa”. Apesar de o final ser algo previsível, é um livro que merece para mim as 5 estrelas por toda a intensidade.

Adorei!

 

Leitura Terminada

nina.png

SINOPSE

Nina Hill tem uma vida confortável: trabalha numa livraria, participa em concursos de cultura geral com uma equipa fantástica, tem uma agenda muito organizada onde anota tudo o que é importante e partilha a casa com o seu gato Phil.

Filha única de uma conceituada fotógrafa que se tornou uma mãe ausente devido às constantes viagens, é nos livros que devora a toda a hora que Nina encontra o seu refúgio e os seus momentos de verdadeira felicidade.

Quando recebe a notícia da morte do pai, de quem nunca soube nada, Nina fica em choque. De um momento para o outro, o seu núcleo familiar passa a incluir um irmão, três irmãs e vários sobrinhos e sobrinhas, todos a viverem perto! E pior… Esta horda de desconhecidos parece estar cheia de vontade de conviver com ela, o que vai totalmente contra as suas tendências antissociais.

Como se essa não fosse já uma mudança suficiente na sua rotina, Nina vê-se também perante a presença cada vez mais constante de Tom, o seu maior adversário nas noites de quiz, que afinal até é um homem querido, divertido e profundamente interessado em conhecê-la melhor.

Será ela capaz de sair da sua zona de conforto e trocar a ficção pela vida real?

 

5 estrelas para este livrinho mega cutchi-cutchi!

Se precisam de uma leitura leve, descontraída, divertida e muito romântica, com todos os elementos certos, então este é o livro para vocês! Ainda por cima com uma personagem dedicada aos livros, é logo bom, verdade?

É mesmo aquele livro perfeito para ler num dia frio ou de chuva, enroscada numa mantinha no sofá. Apesar de leve é uma leitura cativante que nos dá um ritmo que torna muito difícil querer pousá-la sem chegar ao fim, portanto lê-se num ápice.

A agenda da Nina no início de alguns capítulos era o máximo e é uma história que nos lembra como pessoas mais introvertidas encontram determinados refúgios (por exemplo nos livros) e fogem a sete pés de certas situações sociais ou de coisas que lhes fujam do controlo, pelo que precisam de ter tudo bem planeado.

Portanto, entre as surpresas e peripécias que surgem com a notícia da morte do pai e aquela pessoa tão irritante que ela quer detestar (o Tom), Nina vai ter mesmo de sair da sua zona de conforto.

A parte romântica também me cativou, pode não ser assim a coisa mais espectacular, mas gostei do Tom e da forma como foi interagindo com Nina e como as coisas foram crescendo. E ter a perspectiva do personagem masculino é algo que me agrada.

Pode não ser a obra literária mais brilhante ou a melhor escrita, mas foi um livro que me aconchegou o coração, me divertiu e cumpriu o seu propósito, mais do que alguns romances que li anteriormente e estava mesmo a precisar de um livro assim!

Recomendo!

Leitura Terminada

ventos.png

Sinopse

Texas, 1934. Milhões de pessoas enfrentam o desemprego e uma terrível seca assola o vasto território das Grandes Planícies dos Estados Unidos da América. Os agricultores lutam por manter e dar vida às suas terras e aos seus animais, mas as colheitas são escassas, a água é cada vez mais rara e tempestades de areia com vaga após vaga de pó ameaçam cobrir tudo debaixo do sol. Um dos períodos mais negros da Grande Depressão, eram os anos do Dust Bowl, quando uma faixa do território da América se transformou numa aterradora taça de pó - o retrato de Florence Owens Thompson e dois dos seus filhos haveria de ficar imortalizado na lente de Dorothea Lange numa fotografia, Migrant Mother, que hoje todos reconhecemos. É neste período incerto e terrível que Elsa Martinelli - como tantos dos seus conterrâneos - terá de proceder à mais angustiante das escolhas: ficar e lutar pelo que tem de seu, ou partir para Oeste, rumo à Califórnia, em busca de uma vida melhor para si e para a sua família. Tudo na sua propriedade está a morrer, incluindo o seu casamento; cada dia é uma batalha desesperada contra a mãe-natureza e uma luta para a sua sobrevivência e a dos seus filhos.

 

Este livro foi uma prendinha de Natal (subtilmente dada como dica ao meu irmão). Adorei desembrulhar o presente e dar de caras com esta capa (apesar da dica, podia não ter pegado, não é?) e foi mesmo a primeira leitura do ano.

A capa é lindíssima, tão simples, mas diz tanto!

Adorei este livro, gostei imenso desta história, apesar de ser um retrato muito duro, muito cru sobre as condições de vida de muitas pessoas na América naquele período.

Um retrato documental, ainda que com partes ficcionadas, que nos lembra sobre os problemas do impacto do clima na agricultura. E nos fala de sobrevivência.

A escrita da autora é, como o livro anterior que li dela (“O Rouxinol”) maravilhosa e irrepreensível. Tem uma forma brutal de nos envolver nas histórias, de nos passar emoções, de nos fazer sentir na pele as agruras das personagens e de nos permitir visualizar os cenários, sentir o calor, o frio, a chuva, os cheiros, é bastante visual.

Apesar de ter gostado muito, dei a este livro 4 estrelas, que na verdade são 4,5 porque, em comparação, gostei mais de “O Rouxinol”, deixou-me muito mais lavada em lágrimas, foi mais brutal para mim ao nível das emoções.

Ainda assim recomendo vivamente este livro. Vou mesmo ter de ler outros livros da autora porque realmente valem a pena!

 

Pág. 1/2