Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

...

Gostava de pedir às pessoas que apreciam o espetáculo bonito que é o futebol que, seja qual for o resultado de hoje, se lembrem de festejar mas deixar a Feira do Livro inteira. 

 

Já é uma pena ter de se fechar uma feira do livro (e trânsito e metro), mas ao menos que esteja fresca e fofa para os dias seguintes. Porque há malta que, enfim, gosta do espetáculo bonito que é uma feira do livro é que são os livros. 

 

Celebremos em paz, pessoas. Destruir não é celebrar. 

 

Já agora, uma nota ao S. Pedro...gosto mais de ir à feira do livro em dias bonitos de sol, pode ser? 

 

🥹

Leitura Terminada

crime.jpg

Sinopse

Quando Alice e Diogo escolheram a Quinta das Lágrimas para celebrar o casamento, estavam longe de imaginar o horror em que se tornaria o dia mais feliz das suas vidas.

Naquela semana de inverno, com o hotel reservado em exclusivo para noivos, familiares e amigos, os preparativos são concluídos com sucesso. Contudo, na manhã do casamento, os convidados acordam em sobressalto: a noiva desapareceu. Não a encontram em parte nenhuma e rapidamente se dá início a uma busca pelo exterior da Quinta.

O jardim está coberto por um frio gélido e o cadáver de Alice é descoberto em circunstâncias macabras...
A chegada da Polícia Judiciária põe o hotel em alvoroço. Os inspe- tores estabelecem que o homicídio foi cometido por um dos hóspedes, mas as mentiras propagam-se e ampliam-se as suspeitas.
Quem matou Alice?

 

Foi o primeiro livro que li deste autor. Influenciada pelo que ia vendo no Instagram, fui a correr comprar, sem perceber que se calhar devia ter lido primeiro os livros anteriores. Ainda que ache que na verdade são histórias isoladas, de facto existiam algumas nuances em torno do inspector Bruno Saraiva com ligação aos volumes anteriores e que também foram um bocado spoiler.

Ainda assim, gostei deste livro, gostei de a história decorrer num cenário tão bonito como é a Quinta das Lágrimas. Fiquei com vontade de ficar no hotel, mas depois fui cuscar preços e mudei de ideias :)

O palco é montado para uma história de um crime que ocorre no dia de um casamento, sendo a noiva encontrada morta e tudo se passa dentro daquela Quinta, do hotel e, portanto, tem aquele enredo tipo Agatha Christie de enredo fechado em torno de um x de personagens e o puzzle do que aconteceu fica concentrado por ali.

Ou seja, é percebido cedo que alguém de entre os poucos (muito poucos) convidados do casamento, poderá ser o assassino. Resta descobrir quem foi e qual a motivação.

O livro lê-se muito bem, tem uma escrita muito fluída o que o torna num grande page turner.

O Lourenço tem potencial para se tornar um grande autor de policiais, mas pelo que percebi dos outros livros, a fórmula é sempre similar, o que acaba por cansar um leitor habituado a ler policiais e thrillers psicológicos mais vertiginosos.

Ou seja, apesar das várias reviravoltas que vai tendo e do interesse que vai mantendo, depois é um bocado morna a conclusão da motivação criminal e do assassino. E não gostei de a PJ ser tão morna na resolução do crime e ter chegado tarde demais no final. 

Comparando, achei muito mais vertiginoso e interessante o livro que li, por exemplo, do Bruno M. Franco com uma PJ mais dinâmica e muito mais acção e ritmo.

Por essa razão, dei-lhe 3 estrelas no Goodreads. Porque teria gostado de mais impacto nos momentos críticos e achei meio morno.

Mas é um bom livro e temos autor com potencial.

 

 

Leitura Terminada

flores.jpg

Sinopse

Bem-vindo a Mont-o-Ver!
Português que se ponha a caminho da montanha, no inverno, ou da praia, no verão, é certo passar por esta planície de canaviais; mais certo ainda, nem dar por ela. A velha linha férrea passa-lhe ao lado e os comboios já nem sequer abrandam por aqui. Em tanto espaço igual, esta é paisagem fácil de se perder.
Pois permitam que vos apresente os ilustres da vila.
O padre Elias Froes, o homem santo que tem por hábito gastar tempo a pensar no mundo, raramente em si próprio. Guarda segredos que mais ninguém sabe.
Catalina Barbosa, aventureira e contestatária. Menina bem-comportada apenas aos domingos, quando a avó a amordaça dentro de um vestido bonito para ir à missa.
Rosa Duque, a mulher que, em tempos, teve tudo para ser feliz. Foi vencida por um coração partido e resgatada por uma flor.
Zé Mau, o terror na vida das crianças. Os irmãos Mondego, os vilões nas histórias dos adultos.
Este vilarejo pode até ser pequeno e parado, mas está cheio de gente atrapalhada com muita vida para esconder.

 

O que dizer...da escrita de Maria Isaac?

Há tanto por dizer! Tenho andado a pensar nesta autora. E começo a sentir que ela vai ser o meu Fredrik Backman português. Que, como sabem, é um autor do qual adorei todos os livros. Porque é mais uma daquelas autoras com uma escrita ligeira, mas que tem tanto por contar! Tem uma escrita deliciosa e depois conta-nos na perfeição estas histórias sobre vilarejos, sobre pessoas simples, estas estórias de aldeia, as intrigas de um meio pequeno. Traz-nos sempre personagens muito engraçados e outros endurecidos pela vida, e aprendemos a gostar de todos. E depois coloca por cima de tudo isto pitadas de humor delicioso. Farto-me de rir nos livros dela em vários momentos.

Isto para dizer que adorei este livro! Dei-lhe 5 estrelas no Goodreads. Já tinha apreciado imenso o livro anterior, mas acho que ainda adorei mais este. 

Não tinha percebido que este livro tinha ligação com o "Onde Cantam os Grilos", mas achei delicioso quando a autora nos surpreende com as ligações à história anterior e a forma como o faz, especialmente com um personagem tão querido.

É uma autora com uma escrita muito descomplicada, mas que desperta em nós muitas e diferentes emoções e é realmente uma contadora de histórias fantástica, que apanha sem dúvida muito bem os trejeitos e as situações pitorescas dos meios pequenos.

Recomendo vivamente e quero ler mais coisas dela! Tal como Backman, é um go to quando precisamos de uma história maravilhosamente contada sobre pessoas e as suas peculiaridades. 

 

 

Leitura Terminada

estranhos.jpg

Sinopse

Num magnífico dia de verão, Grace Fairchild, a belíssima mulher do magnata do Mercado imobiliário, Alistair Calloway, desaparece da casa de campo da família sem deixar rasto, deixando para trás a filha de sete anos, Charlie, e uma série de perguntas sem resposta.

Anos mais tarde, Charlie continua a lutar com a obscura herança do nome da sua família e o mistério em torno do desaparecimento da mãe. Decidida a, finalmente, pôr o passado por trás das costas, Charlie mergulha na vida escolar de Knollwood, a prestigiada escola de Nova Inglaterra que frequenta, e rapidamente se integra entre a elite da escola.

Charlie foi igualmente escolhida pelo A, a sociedade secreta de elite da escola, conhecida por aterrorizar a faculdade, a administração e os seus inimigos. Pars se tornar membro da mesma, Charlie terá de participar no Jogo, uma caça ao tesouro de alto risco, durante um semestre inteiro, que comprometerá as suas amizades, a sua reputação e até o seu lugar em Knollwood.

À medida que os acontecimentos do passado e do presente convergem, Charlie começa a temer que poderá não sobreviver à terrível verdade sobre a sua família e colocar a sua vida em risco.

 

Este livro emperrou-me um bocado as leituras do mês de Abril. Porque é um bocado calhamaço. E porque demorei a entrar na história e depois, mesmo entrando, a escrita era um bocado arrastada demais em certos momentos.

A sinopse até que conta bastante da história, pelo menos dá um grande enquadramento. 

Portanto, é uma história sobre famílias ricas, ou que querem aparentar ser ricas, que estudaram e querem que os filhos integrem as escolas e as universidades mais conceituadas. Depois na verdade, são muitos os que têm alguns podres que se vão descobrindo ao longo da história.

A história começa 10 anos depois do desaparecimento de Grace Fairchild e é-nos contada, na maioria do tempo, pela voz da sua filha Charlie, que tem 17 anos e está naquela transição da escola secundária para a universidade.

Depois também acompanhamos as peripécias em torno de um suposto grupo de elite da escola, que no fundo chantageia os alunos que pretende que façam parte da sociedade para que depois eles sejam obrigados a cumprir com todas as maluqueiras que eles decidam fazer na escola, com os professores ou outros alunos.

 Charlie vive algo angustiada pelo desaparecimento da mãe. Como o corpo nunca apareceu, vive com raiva acumulada porque sente que a mãe simplesmente os abandonou.

O pai, é o típico magnata rico, frio, calculista e pouco emotivo, que tem uma relação meio difícil com Charlie.

E, portanto, a história anda muito em torno disto, das vidas destas famílias ricas, dos seus podres, desta sociedade secreta que já existia no tempo dos pais de Charlie, de coisas que vão acontecendo na escola e, claro, em volta de se ir descobrindo a história de Grace Fairchild, de como conheceu Alistair e do que realmente lhe aconteceu.

Vai tendo um ou outro momento mais surpreendente, mas tem muita coisa previsível também, pelo que acaba por se tornar meio morno.

É uma história interessante, um bom livro, mas peca por ter a escrita meio arrastada e ter momentos meio parados e menos picos emotivos do que estaria à espera.

Dei-lhe 3 estrelas no Goodreads. Não deixa de ser um livro que nos deixa a pensar sobre o quanto as vidas cor de rosa dos ricos nem sempre são nada do que aparentam :)

 

 

 

 

Viva os ténis!

Sinto que os designers das sandálias deste ano andaram a beber muito. E não foi pouco.

Ou isso, ou é malta que só anda 10m com umas sandálias numa alcatifa, quiçá na passadeira vermelha.

Certamente não anda a passar a saga do Metropolitano de Lisboa, nem tem de caminhar na calçada portuguesa. 

Mas para além do ar de "isto é desconfortável que dói só de olhar", são feias para catano! 

 

 

Bela porcaria!

O Metropolitano de Lisboa há umas semanas: Campo Grande-Saldanha, 10m.

O Metropolitano de Lisboa hoje: Campo Grande-Saldanha (via linhas verde e vermelha): 50m.

🤮🤮🤮