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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

Neste livro, que é uma belíssima saga familiar, acompanhamos as irmãs Padovano, Sylvie, Julia e as gémeas Cecília e Emeline, bem como William Waters e sua relação com estas irmãs. Ao longo da história, acompanhamos a forma como as vidas das personagens se ligam e como os eventos relevantes vão afetando as suas vidas e moldando as suas personalidades. A narrativa vai alternando entre algumas personagens principais, como Júlia, Sylvie e William. Não que as outras sejam irrelevantes, são todas peças fundamentais de uma engrenagem que só funciona em conjunto. Mas são quem traz mais para contar. Existe algum paralelismo entre esta história e "Mulherzinhas" e as próprias Sylvie e Júlia fazem referências a este livro. Tive alguma dificuldade em agarrar a história logo ao início, mas depois mergulhei profundamente na vida destas personagens, sofri com as suas dores e complexidades. A leitura não é rápida, tem uma passada lenta, e permite-nos realmente apreciar e não apressar a leitura, de modo a ficarmos completamente envolvidos. Nesta dinâmica familiar muito bem descrita ao longo de vários anos, a autora explora muito bem a paternidade, a irmandade, os problemas de saúde mental, a perda e o perdão. O passar do tempo aqui é fundamental, porque o tempo tudo cura e há coisas que precisam de amadurecer para se mudar de perspectiva. Todas as personagens são interessantes porque são imperfeitas, mas acima de tudo existe muito, muito amor. E a forma como a autora por vezes descreve o amor que envolve as personagens deixou-me de lágrimas nos olhos. É realmente uma leitura intensa e avassaladora em alguns momentos, comovente noutros, mas um drama muito bem escrito e que recomendo vivamente. Dei 🌟🌟🌟🌟, que na verdade são 4,5. Só não dei 5 estrelas porque o final, ainda que perceba que foi bonito, foi muito repentino para mim. Achei que havia mais 10 páginas para concluir e acaba meio no ar. Achei que este drama familiar merecia um final menos aberto.

Leitura Terminada

Li este livro super rápido. A narrativa agarra na primeira página e é uma corrida até ao final. Bem escrito, intrigante e com um final surpreendente. Ainda assim dei 🌟🌟🌟🌟. Gostava que tivesse sido um bocadinho mais explorado em algumas partes. E sinceramente achei Brooke demasiado ingénua, havia coisas que estavam bastante à vista e ela, enfim, nada... Ainda assim é um óptimo enredo de thriller, em que as situações e as personagens se tornam dúbias, estamos sempre a questionar-nos sobre quem será afinal o assassino e as suas motivações, daí que o final seja algo surpreendente. Não tinha imaginado nada daquilo. E foi interessante ler um livro com uma dinâmica em que há um certo autor moral do crime. Os motivos podem ser algo questionáveis e fazer pensar que se mata por pouco, mas na vida real e como já lemos noutros thrillers e policiais, é realmente assim, qualquer coisinha pode ser um trigger e um criminoso não é propriamente alguém que faz o que faz porque distingue bem o certo e o errado. Também não dei 5 estrelas porque senti que certas situações com o sistema judicial parecem ter sido resolvidas demasiado depressa. Lá está, certas coisas podiam ter sido mais exploradas. Ainda assim, é um excelente thriller e recomendo!

Leitura Terminada

Este livro saiu da estante onde estava a ganhar pó há algum tempo, em participação num Book Bingo, precisamente para ler livros perdidos na estante. Já nem me lembrava se o tinha comprado ou como tinha ido parar à estante. Afinal chegou-me pelas mãos da @leiturasemfimavista. Adorei este livro! Já tem uns anos, a narrativa inicia-se nos anos 70 e acompanhamos esta luta desta mãe por recuperar a sua filha raptada, numa altura em que a violência doméstica era considerada aceitável, em que não se falava de alienação parental, em que os recursos e os tribunais não estavam preparados para lidar com certas situações. Não tinha ideia de ser uma história verídica, foi interessante por ser escrito em primeira mão e achei surpreendente a capacidade da escrita, que me fez sentir sempre num sufoco e correria até ao fim, sem querer largar o livro. A história inicia-se na Líbia, e vai mudando de cenários, ora Espanha (Málaga, Marbella - onde estive no verão passado), ora Inglaterra, ora Emirados Árabes Unidos. Além da história nuclear, também foi interessante acompanhar alguma história e evolução que iam acontecendo no Médio Oriente, nomeadamente na indústria do petróleo e gás natural, sempre a mais relevante nesses países e outros acontecimentos de instabilidade política. Achei que a situação sobre o rapto iria resolver-se mais cedo, era um sufoco ver o tempo passar e o quanto se perdeu. Muita coisa foi conseguida a poder de muito dinheiro, porque felizmente a situação profissional de Margaret o permitiu, mas mesmo com rios de dinheiro, boas relações e conhecimentos, a coisa foi difícil. A dada altura temi o pior. A autora de repente escreve uma frase que me fez pensar que estava tudo perdido. Mas pronto, a coisa melhorou e terminou bem. Recomendo este livro. 🌟🌟🌟🌟🌟

Leitura Terminada

Dei 🌟🌟🌟 a este livro. Gostei, está muito bem escrito, tem uma narrativa que cativa e nos envolve do início ao fim, mas ao mesmo tempo, em comparação com os outros livros que li desta autora, não achei tão bom. No fundo é uma história sobre perda, sobre fazer o luto e sobreviver a uma perda. E é uma história de reconciliação, entre uma nora e uma sogra que não se conheciam, que se conhecem após a perda e que têm uma má relação de início, por razões óbvias. Acho que o que mais gostei no livro foi de acompanhar esta evolução na relação entre estas duas mulheres. Sobre a história de amor, tudo bem que há a situação da perda, e nem sempre é preciso uma vida para ter uma relação especial, mas na verdade o Ben não me encheu o coração e não achei a história de amor aqui presente a mais arrebatadora que já li. Foi tudo apressado entre os dois, havia muito ainda para saberem um do outro, muita coisa para viver, de facto a tragédia apressou ainda mais as coisas, mas como digo, o mais interessante do livro foi a forma como estas duas mulheres lidam com a perda e uma com a outra. Não deixa de ser um livro emocionante, botei uma lagrimita ou outra, mas sinto que me faltou qualquer coisa.

Leitura Terminada

Colleen Hoover juntou-se a outra autora e escreveram este livro. Li algures que uma escrevia a narrativa da rapariga, a outra escrevia a do rapaz. Mas o resultado não foi nada de especial. Dei 🌟🌟 a este livro, porque, apesar de a escrita ser fluída e de ter dificuldade em o pousar, estive sempre à espera de perder a sensação de estar a ler algo estranho e que não me estava a aquecer a alma. A dada altura só queria que terminasse ou que chegasse ao fim e me surpreendesse. Acho que percebi de algum modo a lógica da história, o termos de andar para trás para percebermos o porquê de se ter chegado a um ponto de rutura numa relação. Tentar identificar os bons momentos, os maus momentos e descobrir que sentimentos ainda sobram. O mote era interessante para terem escrito um livro espetacular, mas para mim esta narrativa não funcionou e a história foi chata. O final até resolveu a coisa pelo melhor, mas ainda assim foi um livro algo penoso de ler. Vi pessoas a darem 5 estrelas e a compará-lo a um Verity, mas sinceramente ficou bem longe disso para mim. 🥹

Leitura Terminada

Sobre a primeira leitura concluída em 2024... Foi claramente uma leitura natalícia...toda a capa e a história em si a remeter para preparação de comida natalícia e de outra ordem, para preparar uma casa para o Natal, para um ambiente acolhedor, um cenário de neve, lareiras acesas, barriguinhas cheias, bebida e prendinhas, um cão super fofo. Tudo perfeito. Já li outros livros da Trisha que foram uma grande desilusão. Este não foi uma total desilusão, aqueceu-me mais um bocadinho o coração. Ainda assim, os ingredientes alinhados para um livro perfeito não foram suficientes para aquele livro 5 estrelas. Dei-lhe 3 estrelas. Foi giro, estava bem construído, mas levou menos estrelas porque teve momentos com excesso de detalhes e que, de certo modo, se iam repetindo na narrativa, com ligeiras variações. O segredo da dona do castelo (que não era bem um castelo, mas mais uma mansão) foi-se tornando bastante óbvio, assim como se tornou óbvia a questão da decisão grande que havia a tomar. E depois faltaram-me momentos com maior envolvência relativamente a Dido e Xan e à história de amor deles. O romance cresceu na direção certa, mas foi triste ter mais emoção na confecção de um prato do que no primeiro beijo, ou em decisões importantes sobre a vida dos dois. Foi romântico, mas morno, faltou calor. O final foi bonito, mas mais uma vez bastante previsível. O que mais gostei foi do espaço cénico, porque era bem pitoresco e perfeito para uma história em torno do Natal. 🎄