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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

Um livro fofinho sobre livros e livrarias especiais e sobre o amor aos livros e a pessoas especiais. Uma daquelas livrarias em Londres, com um escritor que vai para lá escrever todos os dias, um miúdo que vai para lá todos os dias porque não tem amigos e os pais não lhe ligam nenhuma, uma cliente que entra lá frequentemente afogueada com um livro que leu ou com um livro que quer ler mas ainda não sabe, etc etc, e outras personagens caricatas. Uma livraria especial, com uma clarabóia boa para ver as estrelas, um dono da livraria meio rabugento, mas cheio de bondade e amor para dar. E Agnes, uma arqueóloga em busca de emprego que acaba por trabalhar na livraria algum tempo e isso leva a que consiga criar raízes num país estrangeiro e ainda descobrir o amor. Também acho que pode ser um bom livro para ler na altura do Natal, mais por causa da parte final. Quando lhe peguei, achei que ia ser um livro maior (li no Kobo), e depois percebi que tinha poucas páginas. E se calhar foi por isso que não levou as 5 estrelas, porque gostava que tivesse sido mais desenvolvido em algumas partes, nomeadamente na parte do romance de Agnes e John. Estava bem envolvida e depois acabou tudo demasiado depressa. Ou então era porque me apetecia continuar a viajar por Londres. Porque estes livros fazem-me sempre ter vontade de lá voltar e de descobrir estas livrarias aconchegantes. 4 🌟🌟🌟🌟

Leitura Terminada

Bom, tinha lido sobre Auschwitz, sobre as abelhas, sobre a Palestina e já andava meio deprimida. Estava a precisar de uma leitura fluida, rápida, sem temas pesados. Vai daí que achei que este badalado romance erótico-coise era capaz de servir o propósito. De facto, é um livro bom para sair de uma zona literária deprê, para curar uma ressaca literária, para animar. Ainda assim, está longe de ser um livro perfeito. Tem pinoc@d@ que nunca mais acaba, com muita conversa sexual assertiva. Mas depois também tem o passar de algo baseado em atração para romance e amor e um final giro. Gostei da personagem feminina, era decidida e não tinha papas na língua para o que queria e não queria. Já o moço, pois, era um bocado mandão demais para o meu gosto, e isso fez com que nem sempre o achasse sexy. Percebo que tinha a ver com as suas responsabilidades e com o stress, mas em certos momentos podia dar-lhe perfeitamente com uma lista telefónica nas ventas 😈 Mas adiante. Apesar disso, gostei, leu-se bem, tem um bom ritmo e escrita descomplicada. E tem alguns momentos divertidos, para balançar com aqueles em que eles discutem. Gostei também de ter o ponto de vista dele e dela. E gostei do irmão dele, o Tristan, que parece que é o protagonista principal do segundo volume. Que ainda não sei se me apetece ler. 3 🌟🌟🌟

Leitura Terminada

Ó p'ra mim a ler fantasia! 👏👏 Bom, não foi grande iniciativa própria, mas saiu a palavra fantasia no Book Bingo e retirei o pó a este livro que andava na estante. Acho que o comprei na feira do livro mais a pensar no meu filho. Que por acaso também o leu de uma rajada depois de eu o terminar. Foi uma leitura mega rápida, porque o livro tem poucas paginas, pouco texto e muitos desenhos. Por isso foi num ápice. Quanto à história, pois é um belo conto deste autor que anda muito falado desde A Guerra dos Tronos (que nunca li ou vi a série...). Fala-nos de uma menina desajustada do mundo onde vive, que tem num dragão de gelo o seu melhor amigo. E que idealiza viver no inverno, quando tudo está gelado e o seu amigo aparece. Houve momentos em que pensei na Elsa do Frozen, mas pronto. Se calhar esse filme teve alguma inspiração neste livro. Depois as coisas correm mal, há guerras a acontecer, a família da menina corre perigo, a terra onde vive também. E a menina acaba por crescer e fazer sacrifícios de modo a salvar a família. Acaba por falar mais alto o amor pela família, ainda que a menina sinta que se viu obrigada a mudar e que teve de abdicar de parte de si. Dei 3 estrelas a este livro. Não sendo o meu estilo e em comparação com outras leituras, tenho dificuldade em dar mais. Realço a boa qualidade desta edição, desde o papel da capa ao papel das páginas, passando pelas magníficas ilustrações, às quais tiro o chapéu. Lindas! 😍

Leitura Terminada

Um livro que prova que não são precisas 700 páginas de escrita para mexer com o leitor! Foi-me emprestado e recomendado por uma colega de trabalho como sendo um livro especial. Difícil de descrever. Meio estranho, com uma escrita diferente, mas nada menos que especial. E, de facto, este livro é um murro no estômago. Depois das abelhas, ler este livro deu mais uma vez força à ideia de que o mundo está em colapso por conta da estupidez humana e das guerras. Em parcas páginas, esta história é um grito angustiante de um povo que vive oprimido no seu próprio país. E não tece considerações políticas, traz detalhes, pormenores da vida corrente, do que é viver num sítio rodeado de muros, sem acesso a nada e sem poder sair. E arriscar a vida num segundo por qualquer transgressão. Sem dúvida que me deixou com vontade de ler e pesquisar mais sobre esta questão do conflito de Israel e Palestina. Novamente tão na linha das notícias do dia. É um bocado chocante, ainda que a autora consiga descrever tudo com laivos de poesia. Dei 4 estrelas a este livro. Queria ter dado 5, mas o final deixou-me muito triste e com demasiadas questões. Recomendo que leiam.

Leitura Terminada - Bzzz Bzzz

Este livro deixou-me muito angustiada. Mais do que imaginei que pudesse ficar. Sou pessoa para não gostar lá muito de insectos e de repente senti-me a pior pessoa do mundo. Será possível continuarmos a existir sem abelhas, sem polinização, com o planeta à beira do colapso e com tantas crises mundiais e guerras que se inventam a toda a hora? Com este livro senti que a humanidade está mesmo à beira da extinção, muito por estupidez própria... A história tem três linhas temporais e três cenários distintos: 1852, Inglaterra; 2007, EUA; 2098, China. As histórias acabam por se entrelaçar de forma muito especial, e estão sempre enredadas na questão das abelhas e do seu destino. É uma história sobre amor, sobre família e sobre a percepção de como um ser tão pequenino como é uma abelha, tem um papel tão importante na natureza. Há um momento crítico na história, o momento do Colapso, quando EUA e Europa desabam, quando o mais importante se destrói e não parece ser possível voltar atrás nos danos. Sendo que o Colapso está mais perto do dia de hoje do que achamos. A parte da China em 2098 traz alguma esperança, na polinização artificial, e no filho de Tao. Tem momentos bastante duros e marcantes nesta linha temporal, mas creio que pelo menos o livro tenta acabar com uma nota positiva. Está nas mãos do homem fazer alguma coisa para salvar o planeta. Mas tem de pensar que se não o fizer, há sempre quem sobreviva na vastidão da destruição. Provavelmente não vai ser é a raça humana a sobreviver. Dei 5 estrelas a este livro pela capacidade de me emocionar e alertar mais para pormenores nada irrelevantes.

Leitura Terminada

O livro traz-nos a história de Priska, Rachel e Anka e de como, já grávidas, foram levadas para Auschwitz, juntamente com milhares de judeus, incluindo as suas famílias. A sobrevivência destas pessoas em Auschwitz, fábricas de trabalhos forçados e em Mauthausen esticava todos os limiares, todas as capacidades. E era muitas vezes uma questão de sorte, porque a maioria não tinha hipótese, chegava e ia direitinha à câmara de gás. Para estas 3 mulheres, o primeiro desafio foi conseguirem esconder do Dr. Mengele as suas gravidezes. E depois foi viverem naquelas condições excruciantes as suas gravidezes e os seus partos, quando pesavam uma média de 30kgs e alimentavam-se de um grande nada. São muitas, demasiadas, as histórias de dor, as mortes, as injustiças, as indignidades, a fome e a sede de milhares de pessoas, tratadas sem um pingo de humanidade. O livro é extremamente marcante e chocante. Mas a autora faz um fantástico relato objetivo da história, dos acontecimentos, da vida destas mulheres, desde a sua juventude até ao final das suas vidas. Acompanhamos também a história de vida destes bebés. É uma história que tem muito presente o amor como ferramenta de sobrevivência, mas não foi floreado, não se aligeirou nada, mas também não senti a autora a ser excessiva nas partes negativas para chocar mais. Foi muito factual e a autora desenvolveu todo o percurso depois de Auschwitz e Mauthausen, explicando bem quando o rumo das coisas se inverteu, quando Hitler se suicidou, o que aconteceu depois disso, bastantes anos depois, o que foi sucedendo às pessoas libertadas e aos países, não acabando a história quando os americanos apareceram e pronto, abriram-se as portas e lá foram todos ser felizes. Senti que este livro foi O livro sobre Auschwitz, o mais completo que li, faz referência inclusivamente à história que li em Os Meninos de Varsóvia. Mas os outros livros, tinham sempre pontas soltas, eram episódios demasiado isolados, acabavam um bocado no ar. Este é um 5 estrelas sem dúvida alguma por ser tão completo e bem escrito. Recomendadíssimo!!