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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

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Admito, estou a ficar com aquela ansiedade (saudável) [é mais um nervoso miúdinho] de conhecer o Petit Me. De conhecer o seu rosto, ver as suas maõzinhas, os seus pezitos.  Este jogo da espera tem a sua graça, mas há dias em que nos deixa impacientes. Como compreendo a Madalena, que pergunta em que dia e a que horas nasce o mano. Gostava de lhe poder responder. Mas sou pró parto espontâneo, deixar vir quando quiser, quando o corpo se preparar. Diz que os partos induzidos são menos naturais e mais dolorosos, porque as contracções são provocadas por medicação. Não sei se é verdade. Mas, pronto, a não ser que algum problema surja para mim ou para o bebé, não me agrada marcar o parto na agenda. Parece esquisito! E assim, pronto, fica-se neste jogo do gato e do rato. Agora uma contracção, agora uma dor aqui, uma dor ali. Ficar à escuta, ouvir o que o corpo nos diz, tentar perceber se é para ficar alerta. E fica-se! Mas depois passa. Ainda não é agora. Mas continua-se alerta, à espera do próximo sinal. E fica-se alerta porque quero ter a certeza de que percebo o sinal. E, entretanto, umas sestas, ver TV, ler livros, andar a pé. Não me queixo muito. Talvez só de alguns desconfortos e das noites mais dormidas. De resto, espera-se. Quando quiseres vir, Petit Me, podes vir. Cá estarei para te abraçar, e beijar, e embalar.