É o que eu digo
Depois deste episódio com o cartão MB e a abertura de uma nova conta (ainda não tenho o cartão MB desta, porque para além de toda a demora ainda me tentaram impingir um cartão Woman, mas depois afinal faltava não sei o quê, porque me explicaram mal as características do produto e então tive de lá voltar e pedir um cartão normal e ainda estou à espera que chegue), senti-me durante uns tempos a voltar muito atrás no tempo. A ter de andar com pilhas de dinheiro na carteira, o que para mim é uma aflição. Gosto de ter pouco dinheiro comigo e prefiro pagar as coisas com MB.
Agora vêm estes senhores implementar esta medida. Diz que vão poupar 5 milhões nas comissões. Está bem! Mas então escusam de dar tangas e de dizer que é para ajudar a concretizar mais oportunidades de poupança para mim! Mas eu preciso que o Pingo Doce venha dizer que eu tenho de poupar e como o devo fazer? Eu gasto o meu dinheiro da forma que mais me aprouver, oras! E poupo se e como quiser. Depois já se sabe, que mais cedo ou mais tarde os outros supermercados decidem implementar o mesmo, porque não querem ficar atrás.
Eu percebo que se tentem adoptar medidas para redução de custos. Mas, quando o negócio é um serviço de venda directa ao cliente, criar mecanismos que reduzam comodidade pode ser prejudicial. Se calhar podiam tentar outras medidas, sem impacto directo no cliente.
E é verdade que se sabe que a SIBS, assim como a Unicre, são um bocado mercenárias nas taxas e comissões que cobram. Até se fala que mais cedo ou mais tarde vão começar a cobrar um balúrdio por cada vez que um cidadão use o cartão MB, seja para que operação for.
Por isso é comum ver muitas lojas com limite mínimo para pagamentos com MB. Mas tipicamente são pagamentos abaixo de 5€. E estamos a falar de lojas com pouco movimento e onde a grande maioria dos pagamentos são de baixo valor (cafés, papelarias e assim). Percebe-se, tentar que o cliente não pague um café ou o jornal com MB. Portanto, se calhar era aceitável que uma cadeia de supermercados, com um nível de transações muito superior a uma qualquer loja de bairro, também impusesse um límite de 5€ para pagamentos electrónicos. 20€ parece-me exagerado. Eu percebo que imponham isso também para evitar que o cliente que vai comprar um saquinho de pão, que custa uns 0,50€, pague com cartão. Mas acima de 5€, se calhar deviam aguentar-se à bomboca. O que vale é que uma pessoa hoje em dia vai a supermercado, compra meia dúzia de cenas, e pumba, a conta chega e excede facilmente os 20€.
Mas, lá está, entre a chulice da SIBS/Unicre, as complicações com os Bancos, e este género de medidas, qualquer dia voltamos ao tempo dos nossos avós, em que o dinheiro todo que existia era guardado em casa, debaixo do colchão ou espalhado por vários pontos da casa, que era para não estar todo junto. O que acaba por ser uma tristeza. Tantos passos dados no sentido de se evoluir, tanta tecnologia criada para suportar isto, e agora parece que se quer voltar atrás. Isto deve querer dizer que afinal esta coisa dos mercados virtuais mais cedo ou mais tarde vai falhar redondamente.