Ah, comfort reading!

Adoro!

Adorei acompanhar esta história que, apesar de não ser inovadora, é reconfortante. Porque nos fala do amor pelos livros, do amor pelos animais, da amizade verdadeira e da importância da família. E foca-se muito no quanto é importante termos sonhos ao mesmo tempo que precisamos de gerir expectativas, as nossas e as dos outros.

Gostei muito de Anna e de Michelle. Amei aquela livraria e também a loja da Michelle, acho que me conseguia totalmente visualizar em ambas. 

Amei as duas pelo carinho pelos cães.

Não fiquei assim muito fã do Phil, como homem, apesar de se redimir um pouco no fim, podia ter tido um bocadinho mais de espinha dorsal e reconhecer mais cedo o valor de Anna. E, já agora, dar importância aos seus desejos.

O Harvey, enfim, que asco! Só me apetecia bater-lhe sempre que aparecia!

Portanto, no fundo, um livro sobre aquilo que é a vida, cheia de sonhos e de complicações, mas com personagens que conseguiram dar a volta e ser resilientes às adversidades.

Para quem gosta de livros e se imaginava a ir aquela livraria, partia o coração a ideia de esta fechar, por causa do problema de uma livraria não dar lucro suficiente apenas com a venda de livros.

E achei delicioso o início dos capítulos com as mensagens de opinião sobre vários livros. Sem spoilers, apenas o suficiente para suscitar curiosidade sobre uma data de livros que ainda não li, em particular muitos livros infantis que foram e continuavam a ser as grandes referências de Anna.

Apesar de não ser aquele livro cheio de reviravoltas inesperadas, é uma leitura agradável, com um bom ritmo, perfeito para quando estamos a precisar de uma leitura mais fofinha.

"Por vezes os cães amam-nos mais do que as pessoas. E também são mais fáceis de amar."