Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

bosque.jpg

 

Quando vi que o Tremayne tinha publicado um novo livro, enviei logo um email à Top Seller a perguntar se iam editar. Responderam-me que iam editar e muito em breve. Por isso, foi uma das comprinhas livrólicas do ano.

Da qual não me arrependi!

É mais um livro fantástico deste autor. Um romance gótico, negro, que roça o depressivo, mas depois ao mesmo tempo o autor consegue-me criar um tal empolgamento que é difícil largar o livro!

 

A Sinopse reza assim:

É interessante estarem todos mortos, não é, mamã?
Todos os pássaros, tantos, todos eles estão mortos.
Confirmei.

Lyla tem 9 anos. Já está habituada a que os adultos não a levem a sério. Costuma ficar em silêncio por longos momentos sem que ninguém lhe consiga arrancar uma palavra. Ou fala por enigmas, difíceis de entender. A maioria dos temas são-lhe desconfortáveis, e tem muita dificuldade em fazer amigos. Os pais tentam ser compreensivos, mas nem sempre conseguem. Lyla prefere correr e dançar pelo bosque com os seus dois cães, os seus melhores amigos. Eles também gostam de andar livres e sem terem de responder a perguntas.

Até que acontece o acidente.
Quando o carro da mãe se despista e esta sobrevive milagrosamente, a vida de todos muda. Mas Lyla sabe que algo mais aconteceu e tenta explicar que as coisas não são assim tão simples.
Há um homem. Um homem que está sempre lá.
Mas ninguém acredita.
Ninguém entende.

 

E é super bom. Porque é bué creepy!

Continuo a dizer que o livro das Gémeas é o melhor, mas este também está muito bem construído. 

Aqueles momentos de arrepiar em que pensamos que vai de certeza acontecer algo de horrível, as interrogações constantes sobre o que se passou, o que se vai passar, se há coisas apenas na imaginação de uma criança autista ou se são os pais que têm ali problemas graves. E depois conclui com um final inesperado, porque pensei que a história fosse enveredar por outros caminhos.

Um clímax final bem conseguido, inesperado pelo qual vale a pena esperar.

Mas o melhor do livro é mesmo todo o ambiente tenso que se cria em todas as páginas e que nos deixa o coração a acelerar na maioria dos momentos e o quanto nos mexe com a cabeça estarmos sempre em interrogação sobre o que afinal aconteceu à mãe de Lyla e quais foram as verdadeiras motivações ao mesmo tempo que criamos uma imensa empatia com aquela criança com sintomas de autismo, ainda por cima não devidamente diagnosticados ou tratados.

E mais uma vez, as descrições sobre aquela paisagem selvagem, inóspita, fria, negra mas que imagino de uma beleza muito singular fazem-me ter muita vontade de conhecer aquela zona.

Recomendo os livros deste autor!