Este livro creio que veio numa grande molhada de livros comprados na Wook numa das últimas promoções (não esta do dia das mentiras, mas uma anterior, em que mandei vir uns 5 livros – acho que eram descontos de 50% e só depois de os alinhar na mesa de cabeceira me dei conta de serem todos da Porto Editora). Achei-o interessante no meio de vários thrillers que mandei vir. De vez em quando tenho de mudar o chip, verdade?

Sinopse

Tessa é mãe de duas crianças e esposa de um reputado cirurgião plástico. Apesar de todos os avisos da mãe, decide abandonar a carreira para se dedicar à família e à casa. Tessa parece ter uma vida perfeita.

Valerie é advogada e mãe solteira de Charlie, uma criança de seis anos que nunca conheceu o pai. Depois de algumas desilusões, Valerie desistiu do romance na sua vida e até, de certa forma, das amizades, acreditando que é sempre preferível e mais seguro não esperar demasiado dos outros.

Ainda que vivendo na mesma cidade, as duas personagens parecem ter muito pouco em comum, para além de um incondicional amor pelos filhos. Mas, uma noite, um trágico acidente faz com que as suas vidas se cruzem de uma forma que elas nunca poderiam imaginar.

Foi um livro que li rapidamente, tinha bastante dificuldade em o pousar. Porque me envolvi imediatamente com as personagens, pelas suas fragilidades, em particular com Valerie e o problema surgido com o filho Charlie que é quem está no centro da história.

A escrita é bastante simples e fluída, mas tem momentos bastante intensos, em torno dos problemas do casamento, em torno de traição, em torno das escolhas que fazemos e dos impactos que estas escolhas têm na vida de todos os outros.

A autora não faz grandes juízos de valor sobre as personagens, deixa-nos ficar a pensar no que sentimos em relação a tudo, sendo que podemos tomar um ou outro partido sem nos sentirmos mal com isso. Porque todas as personagens têm coisas boas e coisas más e tomam em algum momento más decisões. Algo que pode acontecer a qualquer um de nós.

É, portanto, um livro cheio de emoções, que nos fala de impulsos, que nos mostra também a importância de valorizar a família e que nos fala ainda da possibilidade de perdoar, que em certas circunstâncias parece ser a ultima coisa que se quer fazer, mas que pode ser realmente a melhor decisão.

É uma história que nos toca no coração e que vos recomendo vivamente!