Sinopse

Sem terem por onde fugir, ou um lugar onde se esconder, nem quem os ouça gritar.

Existe algo demoníaco na floresta. Primeiro, cavalos selvagens foram abatidos. Depois, mulheres e homens inocentes foram caçados e brutalmente assassinados por uma figura sem rosto. Perdidos na escuridão, tentaram fugir e esconder-se.

Em desespero, pediram ajuda, mas não havia ninguém para ouvir os seus gritos. Agora, a inspetora Helen Grace é chamada ao local dos crimes para enfrentar um novo pesadelo. Lá descobre corpos pendurados em árvores e perfurados por setas de besta. O que terá motivado estas execuções? Poderá ser um psicopata?

Ou serão estes corpos alguma espécie de oferenda à natureza?

Para descobrir a verdade por detrás deste caso desafiador e macabro, Helen Grace terá de enfrentar a mais profunda escuridão, numa verdadeira corrida contra o tempo para evitar mais mortes. Incluindo a sua.

Este livro parece ser o último da série Helen Grace. Isto tendo em conta que está para sair um livro novo do Arlidge, mas que é fora desta série.

Neste volume mantém-se a fórmula deste autor que torna os seus livros tão viciantes, capítulos muito curtos, cliff hangers no final dos capítulos, reviravoltas, surpresas, todos os ingredientes para nos manter a virar páginas avidamente.

Em comparação com volumes anteriores achei este mais sinistro no que toca ao cenário onde os crimes iam ocorrendo (no centro de uma densa floresta escura, em vez de um ambiente mais urbano) – o que até se revelou mais complicado para a equipa de investigação, precisamente por sentirem menos à vontade naquele ambiente mais desconhecido. No entanto, em relação aos crimes propriamente ditos, achei menos macabro. A novidade foi mais arma do crime, que era invulgar, mas não tinha descrições excessivas e mórbidas sobre os corpos, até mesmo nas conversas com o médico legista. Foi mais contido nesse ponto.

Senti que neste livro, na parte mais pessoal das personagens, se deu algum foco a Charlie, perturbada ainda com os acontecimentos do volume anterior, e à sua vida familiar. Se calhar até mais do que a Helen Grace. Apesar de mais para o final ter sentido uma Helen mais em paz consigo própria, mais capaz de viver a vida sem o peso do seu passado e de começar a achar que também ela tem direito a ser feliz.

Em relação ao assassino, pois, fui surpreendida, não estava à espera nem de ser aquela pessoa e muito menos de ser aquela a motivação.

Tudo fez sentido, deu para perceber, mas…eu estava à espera de algo completamente diferente. De algo mais maquiavélico, mais perverso…para a execução dos crimes teria feito sentido para mim algo mais dentro desse género. Alguém muito mais perturbado e com motivações mais ligadas a alguém dentro das forças policiais. Mas é uma questão de gosto pessoal.

Depois, não gostei do facto de ter ficado completamente em aberto a situação de Helen com uma personagem com quem ela se começou a envolver. Teria gostado de, no seguimento daquela “redenção” de Helen para consigo própria, a ter visto encaminhar para algo que mostrasse que realmente ia começar a ser mais feliz.

E também achei pouco explicado o abandono de um dos elementos das forças policiais. A não ser que seja para aparecer num futuro volume desta série, não gostei dessa nota tão de passagem.

Ou seja, acho que o livro conclui bem a parte da investigação criminal e das motivações do assassino e o desfecho da situação, mas em relação a algumas personagens gostava de ter visto outra conclusão.

Especialmente por não ter a certeza se a série vai continuar ou não. Se for para continuar, ok, aceito as pontas soltas. Se tiver sido o último volume da série, não gostei dessas pontas soltas, se é que me faço entender.

Dei-lhe 4 estrelas no Goodreads. Não dei 5 estrelas por questões mais de feeling pessoal em relação à história e às personagens. Mas é sem dúvida um livro mais uma vez bem escrito, muito viciante e com um ritmo alucinante! Leiam esta série!

Eu já li a sinopse do novo livro do Arlidge e estou empolgadíssima por ler!