Começo por dizer que dei 3 estrelas a este livro no Goodreads. O que me deixa um bocadinho triste. Estava à espera de lhe dar umas 4 estrelas gordas ou até 5. Mas, infelizmente, achei este policial um tanto ou quanto mediano, comparando com outros que já li.

A história é interessante, gostei da personagem da Erika Foster, é uma leitura rápida, com capítulos curtos e que cria bons momentos de tensão. E vamos sempre sendo espicaçados e mantidos na curiosidade de saber o que aconteceu e quais as motivações.

A Erika Foster é uma boa investigadora, que funciona muito por instinto e não abandona facilmente as suas crenças. E, como já vem sendo habitual, é mais uma investigadora criminal com um passado perturbado, que tem alguma dificuldade em acatar ordens, que facilmente se coloca em perigo e que se esforça diariamente por lidar com as suas angústias transpondo a sua tristeza para um forte sentido de justiça e de querer dar descanso às vítimas, descobrindo a verdade.

De alguma forma, o polícia principal ter um passado que o atormenta ou ter um feitio de merda começa a ser um cliché já demasiado visto em policiais.

Não dá para serem só brilhantes? 

Bom, não é que eu não tenha gostado do livro. Leu-se, mas foi bastante morno até certa altura, depois ganhou bastante interesse na fase dos interrogatórios, só que o final foi um pouco decepcionante. Não fiquei completamente supreendida com o final nem com o assassino. Mas faltou-me muito mais exploração da personagem do assassino e faltou-me uma mente criminosa mais elaborada. Já para não falar que a motivação me soube a muito pouco, esperava algo de mais forte e consistente. E achei o final um pouco apressado. Parece que andava ali tudo a enrolar e depois resolviam-se coisas importantes em duas linhas de texto.

Considerando que este ano já li thrillers muito interessantes, quer na linha do policial, quer do psicológico, não lhe consigo dar mais estrelas.

Continuo interessada em ler os restantes livros da série com a Erika Foster. Apesar de tudo não desgostei da personagem. Mas continuo a preferir uma Helen Grace. Pode ser que a Erika ainda me venha a surpreender noutros volumes. Contudo, espero que os próximos tenham histórias mais fortes e finais muito mais chocantes e surpreendentes.