Sinopse

Uma vigária pouco convencional tem de exorcizar o passado sombrio de uma aldeia remota, assombrada pela morte e por desaparecimentos misteriosos, no novo thriller explosivo e inquietante da autora best-seller de O Homem de Giz.
Há quinhentos anos, mártires protestantes foram queimados. Há trinta anos, duas adolescentes desapareceram sem deixar rasto. Há algumas semanas, o responsável da paróquia local enforcou-se na nave da igreja.
A reverenda Jack Brooks, mãe solteira de uma filha de quinze anos e dona de uma consciência pesada, chega à pequena aldeia com esperança de um novo começo. Em vez disso, encontra Chapel Croft repleta de conspirações e segredos, e é recebida com um estranho presente de boas-vindas: um kit de exorcismo e um cartão que a avisa: «Nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nem oculto que não venha a conhecer-se.»

Quanto mais Jack e a sua filha, Flo, exploram a localidade e conhecem os seus estranhos habitantes, mais elas são atraídas para as antigas divisões, mistérios e suspeitas. E quando Flo começa a ver imagens de raparigas em chamas, torna-se evidente que há fantasmas que se recusam a ficar enterrados.

5 Estrelas!!

Adorei, adorei!

Depois de O Homem de Giz, tinha gostado dos outros livros de CJ Tudor, mas achei-os ligeiramente inferiores. Este achei-o bem ao nível do primeiro livro que li desta autora.

Uma história bem construída, cheia de momentos arrepiantes para caraças (mau para ler à noite ou no silêncio de uma casa, em que um espirro de alguém nos faz molhar a cueca), com uma óptima conclusão e sem grandes pontas soltas ou situações a não fazerem sentido.

Gostei imenso da Jack e da sua relação com a filha. Eram muito engraçadas uma com a outra, sempre com piadas acutilantes, mas uma relação recheada de muito amor. 

Achei a autora mais madura na sua escrita e com muita capacidade de trazer aquele ambiente sinistro de uma aldeia com um passado estranho e com personagens esquisitas actuais, com mistérios por resolver, com algumas pitadas a roçar ali o sobrenatural e muita coisa sugestionada, de nos deixar os cabelos em pé.

Depois achei graça a uma história com uma reverenda no centro, diferente do usual (mas perfeitamente justificado na religião Anglicana), e de todo aquele ambiente com mistérios, segredos, passado sombrio, sempre empolgante com coisas a acontecer. Adorei a forma como a autora tornou a reverenda humana, cheia de ambiguidades em relação às questões religiosas e mesmo com algum sentido de humor mordaz sobre as mesmas. 

Enfim, a história está bem construída, tem pitadas certas de coisas sinistras, vai tendo várias reviravoltas e tem um final fabulástico!

Não fiquem à espera de um livro de terror ou que a história seja altamente focada na cena do exorcismo. Tem pitadas de coisas diferentes, mas a receita está muito boa e dá-nos um livro suculento! :)

Leiam! Recomendo muito!