Leitura Terminada
Sinopse
Suécia. Uma bonita casa branca, de dois andares. Dentro, uma família brutalmente assassinada - mãe, pai e duas crianças pequenas, mortos a tiro, em plena luz do dia. E o assassino escapou. Sebastian Bergman, com o Departamento de Investigação Criminal, tenta deslindar o crime, mas, com o principal suspeito morto, está num beco sem saída. Até que descobre que há uma testemunha do crime.
Uma menina, Nicole, viu tudo e fugiu, assustada. Quando a encontram, descobrem que o trauma do que viu a deixou totalmente muda, comunicando apenas através de caneta e papel. Os seus desenhos revelam um facto convincente e inescapável: ela viu o assassino. Bergman fica obcecado com o desafio de romper a parede de silêncio de Nicole. Enquanto isso, o assassino está apostado em garantir que ela fique calada.
Gostei mais deste volume do que do anterior, que foi algo sofrível.
Com este volume, tive muito mais a ânsia de virar páginas, tanto para acompanhar a parte da investigação criminal do caso e chegar às conclusões sobre o assassino e as suas motivações, como para acompanhar o desenvolvimento em torno das personagens da equipa da Riskmord.
Foi muito interessante este elemento da personagem-testemunha, que entra em silêncio devido ao choque e à necessidade de auto-preservação, e a relevância de Bergman nesta investigação como elemento que ajuda a que a criança consiga ir comunicando, de formas diferentes, e a contribuir para ir no encalce do assassino.
A parte da investigação criminal foi muito bem conseguida e foi chocante a revelação sobre as motivações do crime.
Bergman volta a ganhar muita presença e destaque neste volume e consegue entrar nesta ligação com a criança porque de alguma forma ela quebra nele alguns tijolos do muro que construiu à sua volta com a perda da sua família no tsunami. Temos um Bergman ainda muito perturbado, mas um pouco mais humano e menos execrável, ainda que algumas coisas pudessem ser menos éticas e revelar que também Bergman devia fazer terapia.
Vamos também continuar a acompanhar a relação entre Bergman e a sua filha e o final em aberto deixa-nos com vontade de pegar logo no volume seguinte (mas não aconteceu).
Billy torna-se neste volume uma personagem muito estranha e a cena perto do final quase me fez vomitar. Portanto, vamos ver como evolui esta personagem nos volumes seguintes.
Gostei imenso, dei 4 estrelas no Goodreads. Apesar de melhor que o anterior, ainda não estava no nível do volume 2 (O Discípulo)