Depois de mais um bom livro da Colleen, apetecia-me algo, mas não sabia bem o quê. Vai daí deambulei pela estante e dei conta deste livro da Dorothy por ler já há algum tempo e foi o escolhido.

Como já é normal com alguns livros da Dorothy, são histórias que nunca sabemos bem classificar porque podem agrupar pitadas de vários géneros. Aqui, se calhar podemos chamar um romance policial, porque não é só romance, tem uma componente criminal.

Nesta história conhecemos Saffron, uma mulher que viu a sua vida mudar de um dia para o outro com a morte do marido. Joel foi assassinado e o culpado nunca foi descoberto.

18 meses volvidos, a vida de Saffron recuperou alguma normalidade, até que uma revelação chocante vem abalar a sua relação com a filha de 14 anos. Ao mesmo tempo, começa também a receber cartas misteriosas que lançam novas pistas sobre a morte de Joel.

Portanto vai sendo interessante acompanhar esta dinâmica mãe -filha e o mistério em torno da morte de Joel.

Tinha aqui bons ingredientes como ponto de partida, pelo que me envolvi cedo na história. 

Conseguimos acompanhar as sensações de perda por um ente querido, problemas com adolescentes, numa mistura entre amor, suspense e obsessão. E vamos tendo vislumbres do passado e da relação entre Saffron e Joel e das inseguranças e receios de Saffron relativamente ao futuro.

Contudo, dei a este livro 3 estrelas no Goodreads, porque não foi o meu livro preferido de Dorothy. Não me consegui ligar muito às personagens,achei que a história se enrolou demasiado em alguns momentos, foi previsível noutros, porque cedo se adivinhou o assassino e isso tirou um bocado a pica e, na verdade, não fiquei fã da Saffron enquanto pessoa e da forma como lidava com certas coisas. 

Também estava à espera de ter mais momentos com água na boca dado o título e a alusão à culinária, mas também isso foi meio morno.

Ainda assim, não é que seja um mau livro, é interessante e a escrita de Dorothy consegue cativar, mas faltou-me algo...