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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura Terminada

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Sinopse

Quando Alice e Diogo escolheram a Quinta das Lágrimas para celebrar o casamento, estavam longe de imaginar o horror em que se tornaria o dia mais feliz das suas vidas.

Naquela semana de inverno, com o hotel reservado em exclusivo para noivos, familiares e amigos, os preparativos são concluídos com sucesso. Contudo, na manhã do casamento, os convidados acordam em sobressalto: a noiva desapareceu. Não a encontram em parte nenhuma e rapidamente se dá início a uma busca pelo exterior da Quinta.

O jardim está coberto por um frio gélido e o cadáver de Alice é descoberto em circunstâncias macabras...
A chegada da Polícia Judiciária põe o hotel em alvoroço. Os inspe- tores estabelecem que o homicídio foi cometido por um dos hóspedes, mas as mentiras propagam-se e ampliam-se as suspeitas.
Quem matou Alice?

 

Foi o primeiro livro que li deste autor. Influenciada pelo que ia vendo no Instagram, fui a correr comprar, sem perceber que se calhar devia ter lido primeiro os livros anteriores. Ainda que ache que na verdade são histórias isoladas, de facto existiam algumas nuances em torno do inspector Bruno Saraiva com ligação aos volumes anteriores e que também foram um bocado spoiler.

Ainda assim, gostei deste livro, gostei de a história decorrer num cenário tão bonito como é a Quinta das Lágrimas. Fiquei com vontade de ficar no hotel, mas depois fui cuscar preços e mudei de ideias :)

O palco é montado para uma história de um crime que ocorre no dia de um casamento, sendo a noiva encontrada morta e tudo se passa dentro daquela Quinta, do hotel e, portanto, tem aquele enredo tipo Agatha Christie de enredo fechado em torno de um x de personagens e o puzzle do que aconteceu fica concentrado por ali.

Ou seja, é percebido cedo que alguém de entre os poucos (muito poucos) convidados do casamento, poderá ser o assassino. Resta descobrir quem foi e qual a motivação.

O livro lê-se muito bem, tem uma escrita muito fluída o que o torna num grande page turner.

O Lourenço tem potencial para se tornar um grande autor de policiais, mas pelo que percebi dos outros livros, a fórmula é sempre similar, o que acaba por cansar um leitor habituado a ler policiais e thrillers psicológicos mais vertiginosos.

Ou seja, apesar das várias reviravoltas que vai tendo e do interesse que vai mantendo, depois é um bocado morna a conclusão da motivação criminal e do assassino. E não gostei de a PJ ser tão morna na resolução do crime e ter chegado tarde demais no final. 

Comparando, achei muito mais vertiginoso e interessante o livro que li, por exemplo, do Bruno M. Franco com uma PJ mais dinâmica e muito mais acção e ritmo.

Por essa razão, dei-lhe 3 estrelas no Goodreads. Porque teria gostado de mais impacto nos momentos críticos e achei meio morno.

Mas é um bom livro e temos autor com potencial.