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Curly aos Bocadinhos

Curly aos Bocadinhos

Leitura terminada

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A minha estreia com um um livro de Nora Roberts.

Terminado há pouquinho, porque ontem à noite adormeci a 10 páginas do final. As pestanas pesam muito às vezes...

 

Neste livro acompanhamos a Tenente Eve Dallas e o acompanhamento do caso do estranho assassino que persegue jovens em busca de um retrato mágico que lhes extrai a sua essência e juventude.

Acompanhamos também o apoio amoroso que tem no marido, um casal muito apaixonado e cuja força e união também são importantes na resolução deste caso.

No meio do turbilhão policial, acompanhamos ainda a descoberta da verdadeira história de Roarke, algo emotiva e que nos transporta às idílicas zonas verdejantes da Irlanda.

A autora consegue criar um bom enredo e personagens interessantes e que se interligam todas bem na história.

Confesso que ao início o livro me começou logo a enervar, porque de repente me dei conta (algo que não percebi na sinopse) que a história se passava algures em 2059. E eu, pronto, comecei logo a bufar. Creio que essa parte da história foi pouco conseguida. Uma coisa algo futurista, em que havia coisas como o Auto-Chefe (uma espécie de Bimby mas em bom, que era só fazer o pedido e a maquineta produzia (?), umas "unidades de pulso" em vez de relógios, uns equipamentos tipo telemóvel, mas com câmara, uns computadores com voice command e depois umas vezes descreviam a coisa tipo carros meios voadores (ou dava essa impressão), mas depois afinal havia carros normais que circulavam na estrada e tal. Foi uma tentativa fraquita de coisa futurista.

Achei que ia desanimar com esses pormenores. O que tive de fazer foi abstrair-me desses detalhes e focar-me na parte do enredo policial e das personagens. E foi assim que consegui avançar rapidamente no livro. 

O assassino era bastante perturbado, coitado. Acho que não foi uma total surpresa para mim saber quem era. Ainda que durante algum tempo tenha andado a perguntar-me quem seria. E gostaria que tivesse sido uma personagem assim mais fora da caixa. Senti que o assassino se deixou apanhar demasiado facilmente e, nesse aspecto foi pouco empolgante. 

É, contudo, um livro que nos deixa a pensar no quanto podemos ser observados por um estranho e sofrer às mãos de uma obsessão. 

 

Digamos que gostei do livro, mas preciso de ler mais livros desta autora para perceber até que ponto a sua escrita é realmente boa. Ainda assim foi uma boa estreia. 

Mas sinto que é uma autora que, pelo facto de escrever tantos livros, é capaz de perder um pouco de conteúdo e de capacidade de criar personagens mais elaboradas. É uma história que se lê bem, mas falta um pouco mais de corpo, de profundidade às histórias. Conta-as um bocado a correr. 

 

Agora que penso nisso, acho que já apanhei algumas vezes no Fox Life alguns filmes baseados em livros da Nora Roberts. E são filmes que acho sempre um pouco fraquitos, com péssimos desempenhos e má realização. Ainda que sejam livros que dêm uma boa base para filmes, precisam de um pouco mais de conteúdo e de capacidade de criar empolgamento.

 

Muito obrigada à Saída de Emergência, com a chancela Chá das Cinco por esta oportunidade!!

 

SdE