Esta autora também é daquelas que tem um certo jeito para escrever histórias que nos envolvem rapidamente e que nos fazem avidamente virar páginas, mesmo sem darmos conta.

Fiz uns dias de pausa na leitura devido a cansaço e isso fez-me sentir que foi uma leitura lenta, mas na verdade não foi, porque se contar a velocidade a que o lia quando de facto lhe pegava, até se leu rápido.

Neste livro acompanhamos a história de Sophie Kincaid, escultora de formação, recentemente abandonada pelo "noivo", que nunca foi, pois descobriu que foi para ele apenas um romance de Verão. E vai parar a Edilean para lamber as feridas, e arranja um emprego com o médico da terriola e fica em casa de uma amiga de universidade. Mas a coisa começa logo a correr mal quando é quase atropelada por um desvairado, do qual se vinga despejando-lhe uma cerveja pela cabeça abaixo. Até que descobre, depois de toda a gente lho tentar esconder, que o desvairado é o seu novo patrão.

Patrão esse que se apaixona por ela na primeira vez em que fala com ela ao telefone e mais ainda quando a vê. 

Criam-se toda uma série de peripécias para que ela não descubra quem ele é, porque ele quer conseguir fazer com que ela goste dele, antes de lhe pedir desculpa pelo que se passou.

E vemo-nos ali meio envolvidos num misto de Zorro, com mascarilhas e cavalos à mistura e mais umas aventuras, até que acabam mesmo por se envolver sem ela lhe ver o rosto (esta parte fez-me um bocado de confusão, mas isso sou eu).

Depois quando descobre fica bastante aborrecida e ainda surge o ex-namorado e há mais toda a história sobre o livro roubado à família dele, onde constam os segredos das receitas dos produtos congelados vendidos em todos os supermercados e que os fazem bastante ricos.

Enfim, é uma história engraçada, com personagens muito metediços e intrometidos, típico de localidades muito pequenas, onde toda a gente se conhece e se mete na vida uns dos outros (eu cá detestaria ver-me envolvida naquelas confusões por causa de gente metediça). Mas depois vamos a ver e até são pessoas de bem, que só querem ver os outros felizes e que fazem os possíveis para ajudar.

É uma história romântica, sobre felicidade e recomeços e sobre termos de gostar de nós próprios e sabermos o que queremos antes de qualquer coisa, mesmo que o amor nos apanhe desprevenidos. 

Em alguns momentos senti-me transportada para o ambiente das histórias da Trisha Ashley, o que é sempre bom, porque é aquele ambiente reconfortante, onde nos sentimos em casa.

Mais um bom livro de Jude Deveraux e, apesar de ser o último de uma trilogia, não senti que me estivesse a faltar alguma coisa dos livros anteriores para perceber o contexto desta história.

Muito obrigada, Quinta Essência pelo envio deste livro! Uma historia romântica, bem a condizer com esta altura do ano em que os passarinhos cantam, as flores desabrocham e o amor anda no ar!