Este livro é o 2º da trilogia iniciada com "O Espião Português" que li aqui há uns tempinhos.

Se adorei o primeiro volume, deste não consigo dizer exactamente o mesmo.

Não é que não tenha gostado, mas achei muito mais empolgante o primeiro volume.

Ainda que tenha notado melhorias a nível da escrita do autor, o enredo não me prendeu tanto como o anterior.

Para já este livro foca-se menos no querido André Marques-Smith e mais na China Girl, na sua história, nos seus motivos. Mas ao mesmo tempo chegamos ao fim do livro e, apesar dos sentimentos e da tensão entre André e a moça, ficamos com a sensação de que afinal não a conhecemos bem. Continuam dúvidas a pairar no ar. O que aguça sempre o apetite num livro sobre espionagem.

Mas o livro tornou-se um bocado aborrecido pelo facto de fazer tantos enquadramentos descritivos sobre o volume anterior. Se por um lado isso permite ler este volume sem ler o anterior e ter alguma ideia do estado das coisas, por outro lado senti-me demasiadas vezes a ir ao livro anterior, quase como se o tivesse a ler novamente. 

E isso tirou um bocado o desafio de um novo enredo.

E não gostei muito das frases tão curtas, parece que eram sempre discursos interrompidos e não fluídos.

Lá mais para o final, na altura da Cimeira em Lisboa, a coisa lá animou, e o final deixou-me em choque e ansiosa para ler o último volume.

Onde espero que se consiga finalmente perceber mais sobre algumas personagens misteriosas e saber como é que as coisas terminam.

O que eu quero é ver o André bem, com uma boa profissão e acompanhado de uma moça que goste dele e o trate bem.

E não é nada com esse feeling que se chega à última página.

E agora, André? O que mais te vai acontecer?